Mercado interno vai sustentar crescimento da economia em 2010, conclui BC Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil .
Brasília - O crescimento da economia em 2010 será de 5,8%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (22) pelo Banco Central. Na avaliação do BC, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, será sustentando exclusivamente pelo desempenho da demanda interna.
De acordo com o relatório, o “crescimento anual do PIB deverá refletir a ocorrência de desempenhos favoráveis em todos os setores da economia”. A expansão da atividade agropecuária está estimada em 3,7%.
O setor industrial deverá crescer 7,6% em 2010, com ênfase na alta de 8,8% projetada para a indústria de transformação. A indústria da construção civil deverá crescer 6,4%, “favorecida pelo ambiente de retomada dos investimentos e pela continuidade das obras no âmbito de programas governamentais específicos e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”.
A estimativa de expansão da indústria extrativa mineral ficou em 6,4%, por conta dos “impactos do maior dinamismo da economia mundial sobre os segmentos petróleo e minério de ferro”. A produção e distribuição de eletricidade, gás e água deverá aumentar 4,8%, no ano.
Para o setor de serviços, a estimativa de crescimento é de 5%, o que incorpora as projeções de crescimento para os segmentos de intermediação financeira, 7,2%, favorecido pela continuidade de crescimento do crédito. Também há projeção de crescimento de 6,5% para o comércio e de 6,4% para transporte, armazenagem e correio.
O BC também espera por crescimento de 6,1% no consumo das famílias, “evolução consistente com as perspectivas de continuidade das melhoras no mercado de trabalho e de preservação da trajetória benigna da inflação”.
Na avaliação do BC, os investimentos – Formação Bruto da Capital Fixo – devem apresentar crescimento de 15,8%, influenciados pela recuperação das expectativas e de obras de infraestrutura. A expansão do consumo do governo está projetada em 2,9%. Com isso, a contribuição da demanda interna para o resultado anual do PIB em 2010 ficou em 6,9 ponto percentual.
As exportações e as importações devem apresentar crescimento de 12% e 20,5%, respectivamente, o que refletirá “a retomada gradual da economia mundial e a consolidação de novo ciclo de crescimento na economia brasileira”. Assim, a contribuição do setor externo para o PIB será negativa em 1,1 ponto percentual.'
Tuesday, December 22, 2009
FECHAMENTO DA ECONOMIA BRASILEIRA NO ANO 2009
BC reduz para 0,2% projeção de crescimento da economia em 2009 Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Banco Central (BC) reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, de 0,8% para 0,2%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (22).
De acordo com o BC, a redução “reflete o impacto mais acentuado dos recuos esperados para a agropecuária, de -1,2% para -4,3%, e para a indústria, de -3,3% para -5%”. No setor de serviços, a expectativa é de elevação de 0,1 ponto percentual, para 2,8%.
Segundo o relatório, pela ótica da demanda, estão projetadas contribuições anuais nula e de 0,2 ponto percentual, respectivamente, para as demandas interna e externa – esta apresenta o primeiro resultado positivo desde 2005.
A expectativa da demanda interna reflete as estimativas para o consumo das famílias, 3,8%, do consumo do governo, 3,5% e para a Formação Bruta de Capital Fixo, -9,9%. Por sua vez, “a contribuição do setor externo evidencia os recuos projetados para as exportações, 11,1%, e para as importações, 12,8%”.
O relatório destaca que essa alteração na projeção para o ano incorpora os resultados do terceiro trimestre divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da menor projeção para o ano, no último trimestre as perspectivas do BC “são de que ocorra nova aceleração do crescimento, considerada a comparação com o trimestre anterior”.
Na avaliação do BC esse movimento “será associado ao reequilíbrio dos estoques, que se reduziram por quatro trimestres consecutivos, à continuidade do crescimento do emprego e da renda e aos efeitos defasados da flexibilização das políticas monetária [taxa básica de juros], fiscal e creditícia.
Inflação fica em 4,3% neste ano, projeta BC Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil
Brasília - A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fica em 4,3% neste ano, 0,1 ponto percentual maior do que o valor projetado em setembro. A projeção consta do Relatório Trimestral de Inflação divulgado hoje (22) pelo Banco Central. Ao final de 2010, segundo as estimativas, a inflação subirá para 4,6%, o mesmo patamar em que encerrá 2011. A projeção é feita com base no cenário de referência, em que o BC considera que a taxa básica de juros, a Selic, será mantida em 8,75% ano ano e o dólar permanecerá em R$ 1,75.O BC também divulga a projeção do cenário de mercado, com base na trajetória de estimativas dos analistas para a taxa Selic e a de câmbio. Desta vez, a projeção para 2009 é igual ao cenário de referência (4,3%). Para o final de 2010 e de 2011, as estimativas do cenário de mercado são de 4,5% e 4,3%, respectivamente. O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inflação, que tem como centro 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%, em 2009 e nos próximos dois anos.',
Brasília - O Banco Central (BC) reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, de 0,8% para 0,2%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (22).
De acordo com o BC, a redução “reflete o impacto mais acentuado dos recuos esperados para a agropecuária, de -1,2% para -4,3%, e para a indústria, de -3,3% para -5%”. No setor de serviços, a expectativa é de elevação de 0,1 ponto percentual, para 2,8%.
Segundo o relatório, pela ótica da demanda, estão projetadas contribuições anuais nula e de 0,2 ponto percentual, respectivamente, para as demandas interna e externa – esta apresenta o primeiro resultado positivo desde 2005.
A expectativa da demanda interna reflete as estimativas para o consumo das famílias, 3,8%, do consumo do governo, 3,5% e para a Formação Bruta de Capital Fixo, -9,9%. Por sua vez, “a contribuição do setor externo evidencia os recuos projetados para as exportações, 11,1%, e para as importações, 12,8%”.
O relatório destaca que essa alteração na projeção para o ano incorpora os resultados do terceiro trimestre divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da menor projeção para o ano, no último trimestre as perspectivas do BC “são de que ocorra nova aceleração do crescimento, considerada a comparação com o trimestre anterior”.
Na avaliação do BC esse movimento “será associado ao reequilíbrio dos estoques, que se reduziram por quatro trimestres consecutivos, à continuidade do crescimento do emprego e da renda e aos efeitos defasados da flexibilização das políticas monetária [taxa básica de juros], fiscal e creditícia.
Inflação fica em 4,3% neste ano, projeta BC Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil
Brasília - A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fica em 4,3% neste ano, 0,1 ponto percentual maior do que o valor projetado em setembro. A projeção consta do Relatório Trimestral de Inflação divulgado hoje (22) pelo Banco Central. Ao final de 2010, segundo as estimativas, a inflação subirá para 4,6%, o mesmo patamar em que encerrá 2011. A projeção é feita com base no cenário de referência, em que o BC considera que a taxa básica de juros, a Selic, será mantida em 8,75% ano ano e o dólar permanecerá em R$ 1,75.O BC também divulga a projeção do cenário de mercado, com base na trajetória de estimativas dos analistas para a taxa Selic e a de câmbio. Desta vez, a projeção para 2009 é igual ao cenário de referência (4,3%). Para o final de 2010 e de 2011, as estimativas do cenário de mercado são de 4,5% e 4,3%, respectivamente. O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inflação, que tem como centro 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%, em 2009 e nos próximos dois anos.',
Thursday, July 23, 2009
BRASIL O QUARTO PAIS PARA INVESTIMENTO ESTRANGEIRO
Brasil é o 4º lugar na lista de países preferenciais para investimento estrangeiro direto Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil é O QUARTO PAIS mais atrativo para o Investimento Estrangeiro Direto (IED), segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O país subiu uma posição no ranking e levou a Rússia para o quinto lugar.
De acordo com o relatório, divulgado ontem (22), a China está em primeiro lugar, seguida pelos Estados Unidos e pela Índia. O documento foi produzido com base em pesquisa feita com 241 empresas sobre as perspectivas para o investimento mundial entre 2009 e 2010.
A Unctad prevê para o o próximo ano uma recuperação lenta dos investimentos estrangeiros diretos com retomada substancial em 2011.
O documento da Unctad ressalta que as empresas transnacionais foram fortemente afetadas pela crise financeira internacional. Os setores mais atingidos pela crise foram: automotivo, de metais e químicos. Alimentos, serviços e farmacêuticos foram os menos afetados.
Segundo o relatório, em países em desenvolvimento, a mão-de-obra barata e, em alguns casos, o acesso a recursos naturais são os principais fatores de atração de investimentos estrangeiros diretos.
Em 2008, o IED no Brasil somou US$ 45,1 bilhões, um crescimento de cerca de 30% se comparado ao ano anterior.
Brasília - O Brasil é O QUARTO PAIS mais atrativo para o Investimento Estrangeiro Direto (IED), segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O país subiu uma posição no ranking e levou a Rússia para o quinto lugar.
De acordo com o relatório, divulgado ontem (22), a China está em primeiro lugar, seguida pelos Estados Unidos e pela Índia. O documento foi produzido com base em pesquisa feita com 241 empresas sobre as perspectivas para o investimento mundial entre 2009 e 2010.
A Unctad prevê para o o próximo ano uma recuperação lenta dos investimentos estrangeiros diretos com retomada substancial em 2011.
O documento da Unctad ressalta que as empresas transnacionais foram fortemente afetadas pela crise financeira internacional. Os setores mais atingidos pela crise foram: automotivo, de metais e químicos. Alimentos, serviços e farmacêuticos foram os menos afetados.
Segundo o relatório, em países em desenvolvimento, a mão-de-obra barata e, em alguns casos, o acesso a recursos naturais são os principais fatores de atração de investimentos estrangeiros diretos.
Em 2008, o IED no Brasil somou US$ 45,1 bilhões, um crescimento de cerca de 30% se comparado ao ano anterior.
Saturday, July 18, 2009
RECORD EN LAS RESERVAS BRASIL US$ 209,5 MIL MILLONES
Reservas batem recorde e chegam a US$ 209,5 bi
Investimento estrangeiro retorna ao País e fluxo cambial fica positivo
Renata Veríssimo e Fernando Nakagawa
As reservas internacionais brasileiras bateram novo recorde, totalizando US$ 209,57 bilhões na última quinta-feira, segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O valor mais alto já atingido pelas reservas, até então, havia sido de US$ 209,38 bilhões, em 6 de outubro de 2008.O aumento das reservas foi possível nos últimos meses por causa do retorno dos investidores ao País, na busca por aplicações com boa remuneração. Com o agravamento da crise financeira em setembro do ano passado, o BC teve de abandonar a política de compra de dólares para recomposição das reservas, tendo em vista que os investidores estrangeiros estavam retirando os recursos da economia brasileira para cobrir prejuízos no exterior ou para buscar aplicações mais seguras. Com a volta da confiança no País, o BC pode retomar a compra de dólares. "É claramente uma melhora da posição relativa do Brasil", avaliou o economista da Tendências Consultoria, André Sacconato. Segundo ele, a entrada de dólares é visível e tem ocorrido no que chamou de "contas estruturais". Isso significa que o dinheiro tem chegado ao País para investimentos ou como resultado das exportações brasileiras. No passado, boa parte desses recursos era capital especulativo, que vinha atraído pelas taxas de juros maiores.O BC retomou os leilões de compra de dólar no dia 8 de maio. Desde então, essas intervenções diárias já retiraram US$ 6,2 bilhões do mercado, conforme dado da autoridade monetária até 15 de julho. Nos últimos meses, o fluxo de dólares voltou a ficar positivo. Entre abril e junho, por exemplo, US$ 6 bilhões ingressaram no País e o fluxo cambial no acumulado de 2009 - que estava negativo - voltou para o azul com a entrada de US$ 3,1 bilhões até o dia 10 de julho.A valorização dos ativos que compõem as reservas também fez o montante aumentar. Os quase US$ 210 bilhões são investidos em aplicações de baixíssimo risco, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e o ouro. Em meio à crise, a procura por esses ativos aumentou porque investidores migraram das ações para opções mais seguras, o que elevou o seu valor de mercado e ampliou o rendimento das reservas.Mas a grande concentração de recursos das reservas em Treasuries é considerada um fator de instabilidade. Sacconato lembra que o volume de reservas muda conforme a variação da taxa de juros americana. O economista considera que o BC deve ter uma margem nas reservas para garantir um nível mínimo caso esse fator provoque uma redução no valor. Ele, no entanto, considera que o Brasil está chegando a um "patamar ótimo" de reservas.Logo após o agravamento da crise em setembro do ano passado, o BC passou a usar as reservas para tentar amenizar os efeitos da crise.Foram duas ações para tentar reverter a escassez de dólares no Brasil: venda de dólares no mercado à vista e empréstimo para o financiamento aos exportadores. Ao todo, o BC repassou US$ 39 bilhões das reservas para o mercado financeiro. Mas com a volta da moeda estrangeira ao País, essas intervenções não são mais realizadas porque empresas têm conseguido comprar a moeda no próprio mercado. Diante disso, US$ 20 bilhões já voltaram às reservas.No auge da crise, o BC repassou US$ 14,5 bilhões aos bancos em leilões simples de venda de dólar. Ao mesmo tempo, empréstimos para exportadores colocaram US$ 24,4 bilhões no mercado. Desses recursos, US$ 15,9 bilhões já foram devolvidos ao BC porque o prazo do empréstimo terminou.
Investimento estrangeiro retorna ao País e fluxo cambial fica positivo
Renata Veríssimo e Fernando Nakagawa
As reservas internacionais brasileiras bateram novo recorde, totalizando US$ 209,57 bilhões na última quinta-feira, segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O valor mais alto já atingido pelas reservas, até então, havia sido de US$ 209,38 bilhões, em 6 de outubro de 2008.O aumento das reservas foi possível nos últimos meses por causa do retorno dos investidores ao País, na busca por aplicações com boa remuneração. Com o agravamento da crise financeira em setembro do ano passado, o BC teve de abandonar a política de compra de dólares para recomposição das reservas, tendo em vista que os investidores estrangeiros estavam retirando os recursos da economia brasileira para cobrir prejuízos no exterior ou para buscar aplicações mais seguras. Com a volta da confiança no País, o BC pode retomar a compra de dólares. "É claramente uma melhora da posição relativa do Brasil", avaliou o economista da Tendências Consultoria, André Sacconato. Segundo ele, a entrada de dólares é visível e tem ocorrido no que chamou de "contas estruturais". Isso significa que o dinheiro tem chegado ao País para investimentos ou como resultado das exportações brasileiras. No passado, boa parte desses recursos era capital especulativo, que vinha atraído pelas taxas de juros maiores.O BC retomou os leilões de compra de dólar no dia 8 de maio. Desde então, essas intervenções diárias já retiraram US$ 6,2 bilhões do mercado, conforme dado da autoridade monetária até 15 de julho. Nos últimos meses, o fluxo de dólares voltou a ficar positivo. Entre abril e junho, por exemplo, US$ 6 bilhões ingressaram no País e o fluxo cambial no acumulado de 2009 - que estava negativo - voltou para o azul com a entrada de US$ 3,1 bilhões até o dia 10 de julho.A valorização dos ativos que compõem as reservas também fez o montante aumentar. Os quase US$ 210 bilhões são investidos em aplicações de baixíssimo risco, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e o ouro. Em meio à crise, a procura por esses ativos aumentou porque investidores migraram das ações para opções mais seguras, o que elevou o seu valor de mercado e ampliou o rendimento das reservas.Mas a grande concentração de recursos das reservas em Treasuries é considerada um fator de instabilidade. Sacconato lembra que o volume de reservas muda conforme a variação da taxa de juros americana. O economista considera que o BC deve ter uma margem nas reservas para garantir um nível mínimo caso esse fator provoque uma redução no valor. Ele, no entanto, considera que o Brasil está chegando a um "patamar ótimo" de reservas.Logo após o agravamento da crise em setembro do ano passado, o BC passou a usar as reservas para tentar amenizar os efeitos da crise.Foram duas ações para tentar reverter a escassez de dólares no Brasil: venda de dólares no mercado à vista e empréstimo para o financiamento aos exportadores. Ao todo, o BC repassou US$ 39 bilhões das reservas para o mercado financeiro. Mas com a volta da moeda estrangeira ao País, essas intervenções não são mais realizadas porque empresas têm conseguido comprar a moeda no próprio mercado. Diante disso, US$ 20 bilhões já voltaram às reservas.No auge da crise, o BC repassou US$ 14,5 bilhões aos bancos em leilões simples de venda de dólar. Ao mesmo tempo, empréstimos para exportadores colocaram US$ 24,4 bilhões no mercado. Desses recursos, US$ 15,9 bilhões já foram devolvidos ao BC porque o prazo do empréstimo terminou.
Monday, July 13, 2009
MEJORA LA ECONOMIA BRASILERA
Focus: projeção do PIB anual vai de -0,50% para -0,34%
09:57 13 de Julho de 2009
Por Fernando Nakagawa
Brasília - O mercado financeiro melhorou a estimativa para a contração da economia brasileira em 2009. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, que consulta semanalmente as instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, a mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de -0,50% para -0,34%. A estimativa é melhor que a verificada há quatro semanas, quando o indicador estava em -0,55%.
Para 2010, os analistas mantêm a previsão de recuperação da economia, com aposta de que o PIB deve apresentar expansão de 3,50%. Esse cenário é repetido há 19 semanas.
A retração da economia em 2009 deve ser puxada, na avaliação do mercado, pela produção industrial. Na visão dos analistas, esse setor deve ter contração de 6% este ano, contra a previsão anterior de queda de 5,37%.Essa foi a quarta piora seguida da projeção, que há um mês apontava queda de 4,70%.
Em 2010, no entanto, o setor industrial também deve se recuperar, de acordo com a pesquisa Focus. A previsão de crescimento da indústria, no próximo ano, passou de 4,03% para 4,08%. Há quatro semanas, o indicador estava em 4,03%.
A pesquisa Focus aumentou ainda, pela segunda semana seguida, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que serve de referência oficial de inflação. A mediana das estimativas para o indicador em 2009 passou de 4,42% para 4,50%. Com o aumento, a estimativa fica exatamente no centro da meta de inflação para o ano, de 4,50%. Há um mês, o número estava em 4,39%.
Para o ano que vem, a mediana das previsões para o IPCA subiu de 4,33% para 4,40%. O número estava em 4,30% há quatro semanas. Já a projeção do IPCA para os próximos 12 meses subiu levemente, de 4,10% para 4,11%. Há quatro semanas, analistas esperavam 4,08% para a alta do índice.
No grupo das cinco instituições que mais acertam as projeções da pesquisa - o chamado Top 5 -, a expectativa para o IPCA em 2009 no cenário de médio prazo aumentou de 4,60% para 4,71%. Há um mês, essa previsão estava em 4,52%. Para 2010, a projeção deste grupo aumentou de 4,20% para 4,50%. Há um mês, essa estimativa estava em 4%.
Entre todos os analistas consultados pela pesquisa, a mediana das previsões para o IPCA em julho seguiu em 0,35%. Já para agosto, a estimativa manteve-se em 0,30%. Há um mês, o mercado esperava, respectivamente, altas de 0,34% e 0,30%.
A pesquisa também aponta que a mediana das estimativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para o ano de 2009, caiu de 4,13% para 4,10%. Esse resultado é inferior aos 4,27% verificados há um mês. Para 2010, a estimativa para o IPC da Fipe segue em 4,50% pela 49ª semana seguida.
Outros índices
As projeções do mercado financeiro para o acumulado em 2009 da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), caíram de 1,35% para 0,95%. O novo número esperado é quase a metade do que era previsto há um mês, quando a projeção do indicador estava em 1,82%.
Para a inflação até o fim de 2009 medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), também da FGV, a estimativa do mercado caiu de 0,89% para 0,50%, o que corresponde à 10ª redução seguida. Há um mês, o mercado previa elevação de 1,41% para o índice que reajusta algumas tarifas públicas e a maioria dos contratos de aluguel.
Para o ano que vem, as projeções não mudaram. Para o IGP-DI, o mercado prevê alta de 4,50%, número mantido há 59 semanas. No caso do IGP-M, a estimativa também é de 4,50%, repetida há três pesquisas.
Na pesquisa Focus, os analistas também reduziram ligeiramente a expectativa de aumento dos preços administrados (tarifas públicas) em 2009, de 4,33% para 4,30%. Há um mês, o indicador estava em 4,30%. Para 2010, a previsão caiu de 3,90% para 3,80%, ante os 3,95% de quatro semanas antes.
Dólar
O mercado financeiro elevou ligeiramente a previsão para o valor do dólar no fim do ano. No levantamento realizado pelo Banco Central, a mediana das previsões para o nível da moeda norte-americana no fim de 2009 subiu de R$ 1,99 para R$ 2,00. Há um mês, essa previsão era de R$ 2,00. Para o fim de 2010, a previsão permaneceu em R$ 2,00. Há um mês, era de R$ 2,10.
Juros
No caso da Selic (a taxa básica de juros da economia), o mercado financeiro manteve a projeção de que a taxa encerrará 2009 em 8,75% ao ano. Atualmente, ela está em 9,25% ao ano.
O levantamento mostra ainda que a redução de 0,5 ponto porcentual, para que a Selic chegue aos 8,75% ao ano, deve ocorrer integralmente no encontro de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na visão do mercado, a Selic deve encerrar o mês em 8,75%. Há quatro semanas, a projeção do mercado para o juro no fim de 2009 e no fim de julho era de 9%. No caso de 2010, a medida das estimativas para a Selic permaneceu em 9,25%.
09:57 13 de Julho de 2009
Por Fernando Nakagawa
Brasília - O mercado financeiro melhorou a estimativa para a contração da economia brasileira em 2009. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, que consulta semanalmente as instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, a mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de -0,50% para -0,34%. A estimativa é melhor que a verificada há quatro semanas, quando o indicador estava em -0,55%.
Para 2010, os analistas mantêm a previsão de recuperação da economia, com aposta de que o PIB deve apresentar expansão de 3,50%. Esse cenário é repetido há 19 semanas.
A retração da economia em 2009 deve ser puxada, na avaliação do mercado, pela produção industrial. Na visão dos analistas, esse setor deve ter contração de 6% este ano, contra a previsão anterior de queda de 5,37%.Essa foi a quarta piora seguida da projeção, que há um mês apontava queda de 4,70%.
Em 2010, no entanto, o setor industrial também deve se recuperar, de acordo com a pesquisa Focus. A previsão de crescimento da indústria, no próximo ano, passou de 4,03% para 4,08%. Há quatro semanas, o indicador estava em 4,03%.
A pesquisa Focus aumentou ainda, pela segunda semana seguida, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que serve de referência oficial de inflação. A mediana das estimativas para o indicador em 2009 passou de 4,42% para 4,50%. Com o aumento, a estimativa fica exatamente no centro da meta de inflação para o ano, de 4,50%. Há um mês, o número estava em 4,39%.
Para o ano que vem, a mediana das previsões para o IPCA subiu de 4,33% para 4,40%. O número estava em 4,30% há quatro semanas. Já a projeção do IPCA para os próximos 12 meses subiu levemente, de 4,10% para 4,11%. Há quatro semanas, analistas esperavam 4,08% para a alta do índice.
No grupo das cinco instituições que mais acertam as projeções da pesquisa - o chamado Top 5 -, a expectativa para o IPCA em 2009 no cenário de médio prazo aumentou de 4,60% para 4,71%. Há um mês, essa previsão estava em 4,52%. Para 2010, a projeção deste grupo aumentou de 4,20% para 4,50%. Há um mês, essa estimativa estava em 4%.
Entre todos os analistas consultados pela pesquisa, a mediana das previsões para o IPCA em julho seguiu em 0,35%. Já para agosto, a estimativa manteve-se em 0,30%. Há um mês, o mercado esperava, respectivamente, altas de 0,34% e 0,30%.
A pesquisa também aponta que a mediana das estimativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para o ano de 2009, caiu de 4,13% para 4,10%. Esse resultado é inferior aos 4,27% verificados há um mês. Para 2010, a estimativa para o IPC da Fipe segue em 4,50% pela 49ª semana seguida.
Outros índices
As projeções do mercado financeiro para o acumulado em 2009 da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), caíram de 1,35% para 0,95%. O novo número esperado é quase a metade do que era previsto há um mês, quando a projeção do indicador estava em 1,82%.
Para a inflação até o fim de 2009 medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), também da FGV, a estimativa do mercado caiu de 0,89% para 0,50%, o que corresponde à 10ª redução seguida. Há um mês, o mercado previa elevação de 1,41% para o índice que reajusta algumas tarifas públicas e a maioria dos contratos de aluguel.
Para o ano que vem, as projeções não mudaram. Para o IGP-DI, o mercado prevê alta de 4,50%, número mantido há 59 semanas. No caso do IGP-M, a estimativa também é de 4,50%, repetida há três pesquisas.
Na pesquisa Focus, os analistas também reduziram ligeiramente a expectativa de aumento dos preços administrados (tarifas públicas) em 2009, de 4,33% para 4,30%. Há um mês, o indicador estava em 4,30%. Para 2010, a previsão caiu de 3,90% para 3,80%, ante os 3,95% de quatro semanas antes.
Dólar
O mercado financeiro elevou ligeiramente a previsão para o valor do dólar no fim do ano. No levantamento realizado pelo Banco Central, a mediana das previsões para o nível da moeda norte-americana no fim de 2009 subiu de R$ 1,99 para R$ 2,00. Há um mês, essa previsão era de R$ 2,00. Para o fim de 2010, a previsão permaneceu em R$ 2,00. Há um mês, era de R$ 2,10.
Juros
No caso da Selic (a taxa básica de juros da economia), o mercado financeiro manteve a projeção de que a taxa encerrará 2009 em 8,75% ao ano. Atualmente, ela está em 9,25% ao ano.
O levantamento mostra ainda que a redução de 0,5 ponto porcentual, para que a Selic chegue aos 8,75% ao ano, deve ocorrer integralmente no encontro de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na visão do mercado, a Selic deve encerrar o mês em 8,75%. Há quatro semanas, a projeção do mercado para o juro no fim de 2009 e no fim de julho era de 9%. No caso de 2010, a medida das estimativas para a Selic permaneceu em 9,25%.
APLICACIONES DE LAS TRANSNACIONALES EN BRASIL LLEGA A 11 MILLARDOS HASTA MAYO
Investimento estrangeiro é o 2º maior da década
Enquanto o investimento geral da economia recua, aplicações de multinacionais no País já superam US$ 11 bi,Márcia De Chiara e Paulo Justus
O grande potencial do mercado consumidor brasileiro virou alvo do Investimento Estrangeiro Direto (IED), enquanto o investimento total na economia do País encolhe. Entre janeiro e maio deste ano, os estrangeiros aplicaram aqui US$ 11,2 bilhões na ampliação da capacidade das fábricas, no comércio, na agricultura e nos serviços. Especial: "Dólar, o fim de uma era?""É a segunda maior cifra de IED da década para o período", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. Ele destaca que os recursos equivalem ao volume total que entrou no País nos cinco primeiros meses de 1999, um ano de privatizações que atraiu grandes quantias de capital externo.A perspectiva para 2009 é de que o IED atinja US$ 25 bilhões, no levantamento com o mercado financeiro feito pelo Banco Central (BC). Essa cifra deve ficar abaixo do recorde de US$ 45 bilhões alcançado em 2008. No entanto, se a projeção para 2009 se confirmar, o investimento estrangeiro deste ano será o sexto maior desde 1947, quando o BC iniciou a coleta de dados, e o quarto mais robusto desta década, apesar da crise.O que se vê no mês a mês é uma forte reação nos investimentos estrangeiros. Em janeiro, por exemplo, a entrada de IED estava 60% abaixo da registrada no mesmo mês de 2008. Essa diferença caiu para menos de 20% no acumulado até maio. "Se esse ritmo continuar, o IED poderá superar US$ 25 bilhões este ano", prevê Lima.No início do ano, houve uma "parada tática" no investimento estrangeiro porque as multinacionais remeteram dinheiro às matrizes, que estavam em situação difícil por causa da crise global. Passada a fase mais aguda da crise, agora essas companhias retomaram os investimentos no País em busca do potencial do mercado brasileiro. "As multinacionais estão olhando para o longo prazo, já que as margens de rentabilidade estão cada vez mais apertadas nos mercados desenvolvidos." Animada com o potencial do mercado brasileiro, a coreana LG, por exemplo, começou a investir na produção de notebooks no País em meados do ano passado na fábrica de Taubaté (SP). Inicialmente, a produção era de 3 mil unidades no mês de junho, volume que saltou para 15 mil em dezembro. "Nossa previsão é fechar este ano com 200 mil notebooks fabricados. Isso vai colocar o mercado brasileiro como o segundo maior para a companhia no mundo, atrás apenas da Coreia do Sul", diz o gerente de produtos de notebooks da empresa, Fernando Fraga.Também a italiana Pirelli, fabricante de pneus, elegeu o Brasil como o principal destino de seus investimentos até 2011. A empresa vai aplicar US$ 200 milhões na ampliação da capacidade das três fábricas que tem no País e em pesquisa e desenvolvimento. "Até poucos anos atrás, as duas grandes economias da América Latina eram Brasil e México. Hoje é claro que o Brasil assumiu a liderança", diz o presidente mundial da Pirelli Pneus, Francesco Gori.Até mesmo entre as empresas mexicanas o Brasil virou um polo de atração de investimentos. Diante da forte ligação comercial com os EUA, o epicentro da crise, as companhias mexicanas estão direcionando investimentos para o País. "Elas estão empolgadas porque os efeitos da crise no Brasil não se têm mostrado tão pesados quanto em outros países", afirma Patricio Mendizábal, presidente da Associação Empresarial Mexicana no Brasil e da Mabe, fabricante mexicana de eletrodomésticos.Neste mês, a Mabe comprou a operação brasileira da BSH Continental por US$ 35 milhões. Além desses recursos, a companhia vai investir aqui US$ 30 milhões em produtos e US$ 35 milhões nas fábricas.
Enquanto o investimento geral da economia recua, aplicações de multinacionais no País já superam US$ 11 bi,Márcia De Chiara e Paulo Justus
O grande potencial do mercado consumidor brasileiro virou alvo do Investimento Estrangeiro Direto (IED), enquanto o investimento total na economia do País encolhe. Entre janeiro e maio deste ano, os estrangeiros aplicaram aqui US$ 11,2 bilhões na ampliação da capacidade das fábricas, no comércio, na agricultura e nos serviços. Especial: "Dólar, o fim de uma era?""É a segunda maior cifra de IED da década para o período", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. Ele destaca que os recursos equivalem ao volume total que entrou no País nos cinco primeiros meses de 1999, um ano de privatizações que atraiu grandes quantias de capital externo.A perspectiva para 2009 é de que o IED atinja US$ 25 bilhões, no levantamento com o mercado financeiro feito pelo Banco Central (BC). Essa cifra deve ficar abaixo do recorde de US$ 45 bilhões alcançado em 2008. No entanto, se a projeção para 2009 se confirmar, o investimento estrangeiro deste ano será o sexto maior desde 1947, quando o BC iniciou a coleta de dados, e o quarto mais robusto desta década, apesar da crise.O que se vê no mês a mês é uma forte reação nos investimentos estrangeiros. Em janeiro, por exemplo, a entrada de IED estava 60% abaixo da registrada no mesmo mês de 2008. Essa diferença caiu para menos de 20% no acumulado até maio. "Se esse ritmo continuar, o IED poderá superar US$ 25 bilhões este ano", prevê Lima.No início do ano, houve uma "parada tática" no investimento estrangeiro porque as multinacionais remeteram dinheiro às matrizes, que estavam em situação difícil por causa da crise global. Passada a fase mais aguda da crise, agora essas companhias retomaram os investimentos no País em busca do potencial do mercado brasileiro. "As multinacionais estão olhando para o longo prazo, já que as margens de rentabilidade estão cada vez mais apertadas nos mercados desenvolvidos." Animada com o potencial do mercado brasileiro, a coreana LG, por exemplo, começou a investir na produção de notebooks no País em meados do ano passado na fábrica de Taubaté (SP). Inicialmente, a produção era de 3 mil unidades no mês de junho, volume que saltou para 15 mil em dezembro. "Nossa previsão é fechar este ano com 200 mil notebooks fabricados. Isso vai colocar o mercado brasileiro como o segundo maior para a companhia no mundo, atrás apenas da Coreia do Sul", diz o gerente de produtos de notebooks da empresa, Fernando Fraga.Também a italiana Pirelli, fabricante de pneus, elegeu o Brasil como o principal destino de seus investimentos até 2011. A empresa vai aplicar US$ 200 milhões na ampliação da capacidade das três fábricas que tem no País e em pesquisa e desenvolvimento. "Até poucos anos atrás, as duas grandes economias da América Latina eram Brasil e México. Hoje é claro que o Brasil assumiu a liderança", diz o presidente mundial da Pirelli Pneus, Francesco Gori.Até mesmo entre as empresas mexicanas o Brasil virou um polo de atração de investimentos. Diante da forte ligação comercial com os EUA, o epicentro da crise, as companhias mexicanas estão direcionando investimentos para o País. "Elas estão empolgadas porque os efeitos da crise no Brasil não se têm mostrado tão pesados quanto em outros países", afirma Patricio Mendizábal, presidente da Associação Empresarial Mexicana no Brasil e da Mabe, fabricante mexicana de eletrodomésticos.Neste mês, a Mabe comprou a operação brasileira da BSH Continental por US$ 35 milhões. Além desses recursos, a companhia vai investir aqui US$ 30 milhões em produtos e US$ 35 milhões nas fábricas.
Thursday, July 9, 2009
AS RESERVAS DO BRASIL CHEGARAM A US$ 208,4 BILHOES EN JUNHO
As reservas do país chegaram a US$ 208,4 bilhões em junho, nível superior ao pico de US$ 207,5 bilhões de antes da crise
As reservas cambiais brasileiras chegaram a US$ 208,4 bilhões em junho. Esse nível já é superior ao pico de US$ 207,5 bilhões verificado em setembro, antes que as turbulências internacionais atingissem o Brasil. Anteontem, as reservas somavam US$ 208,9 bilhões. A recomposição decorreu mais da valorização dos ativos em que as divisas estão aplicadas (como os títulos americanos) do que propriamente das compras do Banco Central, que ainda não restituiu ao estoque de reservas tudo o que injetou de dólares no mercado. Há, ainda, uma margem de US$ 30 bilhões para o BC restabelecer o que foi gasto durante os piores dias da crise, considerando os dólares que irrigaram o mercado à vista e a posição comprada do BC na BM&F antes da crise, que hoje está zerada.
Isso não significa que a autoridade monetária tenha compromisso de recomprar US$ 30 bilhões. A recompra dependerá das condições de mercado e do que o governo entender que é o montante ideal das reservas cambiais. Permanece a orientação geral de comprar apenas as sobras do mercado de câmbio, que nos últimos dias têm sido relativamente pequenas.
O custo principal da acumulação de divisas continua a ser a diferença entre os juros internos e externos. Hoje, a Selic está em 9,25% ao ano, bem menos do que os 13,75% ao ano vigentes em fins de 2008, o que representa um custo menor. Mas o BC também está recebendo menos na aplicação das reservas. Em maio, por exemplo, recebeu somente US$ 474 milhões a título de remuneração das reservas, 23,3% menos que os US$ 618 milhões de maio de 2008.
Os custos financeiros são apenas um lado da equação. O outro são os benefícios, representados, sobretudo, pela resistência da economia brasileira a choques externos.
No último trimestre, o balanço de pagamentos apresentou melhora expressiva. Em março, o BC estimava que faltariam US$ 6,3 bilhões para fechar as contas externas do ano (entre as entradas e saídas no mercado). Em junho, o cálculo é de uma sobra de US$ 6,9 bilhões, numa conta que pode se mostrar conservadora.
As reservas cambiais brasileiras chegaram a US$ 208,4 bilhões em junho. Esse nível já é superior ao pico de US$ 207,5 bilhões verificado em setembro, antes que as turbulências internacionais atingissem o Brasil. Anteontem, as reservas somavam US$ 208,9 bilhões. A recomposição decorreu mais da valorização dos ativos em que as divisas estão aplicadas (como os títulos americanos) do que propriamente das compras do Banco Central, que ainda não restituiu ao estoque de reservas tudo o que injetou de dólares no mercado. Há, ainda, uma margem de US$ 30 bilhões para o BC restabelecer o que foi gasto durante os piores dias da crise, considerando os dólares que irrigaram o mercado à vista e a posição comprada do BC na BM&F antes da crise, que hoje está zerada.
Isso não significa que a autoridade monetária tenha compromisso de recomprar US$ 30 bilhões. A recompra dependerá das condições de mercado e do que o governo entender que é o montante ideal das reservas cambiais. Permanece a orientação geral de comprar apenas as sobras do mercado de câmbio, que nos últimos dias têm sido relativamente pequenas.
O custo principal da acumulação de divisas continua a ser a diferença entre os juros internos e externos. Hoje, a Selic está em 9,25% ao ano, bem menos do que os 13,75% ao ano vigentes em fins de 2008, o que representa um custo menor. Mas o BC também está recebendo menos na aplicação das reservas. Em maio, por exemplo, recebeu somente US$ 474 milhões a título de remuneração das reservas, 23,3% menos que os US$ 618 milhões de maio de 2008.
Os custos financeiros são apenas um lado da equação. O outro são os benefícios, representados, sobretudo, pela resistência da economia brasileira a choques externos.
No último trimestre, o balanço de pagamentos apresentou melhora expressiva. Em março, o BC estimava que faltariam US$ 6,3 bilhões para fechar as contas externas do ano (entre as entradas e saídas no mercado). Em junho, o cálculo é de uma sobra de US$ 6,9 bilhões, numa conta que pode se mostrar conservadora.
Sunday, June 28, 2009
PLAN REAL - CUMPLEAÑOS DE 15 AÑOS
O aniversário de 15 anos do Plano Real, dia 1º de julho, marca o sucesso na luta pela estabilidade dos preços no País. O combate à inflação, no entanto, não acabou e ainda exige reformas, segundo o professor de economia Heron do Carmo, da Universidade de São Paulo (USP), especialista no acompanhamento de preços. Ele diz que o principal problema relacionado à inflação atual é a indexação ainda existente na economia, uma herança dos tempos de reajustes constantes nos preços. De acordo com estimativa do economista, esse fator é responsável por 15% da inflação brasileira hoje.Por meio da indexação, as contas de telefone, de luz e os contratos de aluguel, por exemplo, são reajustados anualmente pelos índices de inflação. Os aluguéis são atrelados ao Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por sofrer influência de preços das matérias-primas (commodities), o IGP-M repassa impactos de altas em outros produtos para o sistema todo. "Isso perturba e dá uma grande instabilidade porque repassa um choque de preços externo para o sistema interno", diz do Carmo.Para o economista da FGV Projetos, Fernando Blumenschein, avançar na redução da indexação envolve reformas em cada um desses setores que têm os preços indexados. "São avanços mais difíceis. Para avançar nos preços de energia elétrica seria preciso uma reforma de todo o sistema do setor elétrico. Não é uma coisa que se possa fazer sem custos", diz. Há ainda uma dificuldade política para combater essa forma de reajuste porque ela implica perda de arrecadação. "Se nós pegarmos o total de arrecadação dos Estados com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços), mais de 50% tem origem em combustíveis, energia elétrica e telefonia. Por isso é complicadíssimo se fazer uma redução do preço de gasolina, por exemplo", diz Carmo
Friday, May 29, 2009
BRASIL LA COMPETENCIA CON PRODUCTOS IMPORTADOS
Importações ameaçam a indústria nacional
Brasília, 29 de Maio de 2009 - A competição com produtos importados é uma das maiores preocupações da indústria brasileira. A recente depreciação do dólar agravou este quadro e "acendeu um sinal amarelo" para as empresas, segundo Flávio Castelo Branco, economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com sondagem da entidade realizada junto a 1.307 empresas em abril, os insumos importados detêm 12% de participação de toda oferta industrial brasileira. A pesquisa mostra também que 54% das empresas industriais utilizam itens importados em sua produção. Em 2005, este percentual era de 39%.
Segundo Castelo Branco, há o receio de que possa ocorrer competição desleal, pois ainda há altos estoques mundiais. O mercado brasileiro registrou uma retração menor que o de outros países e pode se transformar em alvo prioritário para a vendas destes estoques.A pressão externa pode agravar o desempenho do setor industrial, uma vez que 12% das empresas consultadas pela CNI pretendem aumentar o volume de matérias primas importadas em suas linhas de produção. As estimativas de desempenho da produção industrial apontam um quadro desfavorável para 2009. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em uma projeção considerada otimista, espera uma queda de 5% no nível de atividade neste ano. Este seria o pior desempenho para a indústria paulista desde 2003.
Brasília, 29 de Maio de 2009 - A competição com produtos importados é uma das maiores preocupações da indústria brasileira. A recente depreciação do dólar agravou este quadro e "acendeu um sinal amarelo" para as empresas, segundo Flávio Castelo Branco, economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com sondagem da entidade realizada junto a 1.307 empresas em abril, os insumos importados detêm 12% de participação de toda oferta industrial brasileira. A pesquisa mostra também que 54% das empresas industriais utilizam itens importados em sua produção. Em 2005, este percentual era de 39%.
Segundo Castelo Branco, há o receio de que possa ocorrer competição desleal, pois ainda há altos estoques mundiais. O mercado brasileiro registrou uma retração menor que o de outros países e pode se transformar em alvo prioritário para a vendas destes estoques.A pressão externa pode agravar o desempenho do setor industrial, uma vez que 12% das empresas consultadas pela CNI pretendem aumentar o volume de matérias primas importadas em suas linhas de produção. As estimativas de desempenho da produção industrial apontam um quadro desfavorável para 2009. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em uma projeção considerada otimista, espera uma queda de 5% no nível de atividade neste ano. Este seria o pior desempenho para a indústria paulista desde 2003.
RESERVAS INTERNACIONAIS SOBEM PARA 205 BILHOES
BC: Reservas internacionais sobem para US$ 205,093 bilhões
SÃO PAULO, 29 de maio de 2009 - As reservas brasileiras internacionais subiram em US$ 48 milhões ontem no conceito de liquidez internacional, segundo o Banco Central (BC). Com isso, o total das reservas brutas passou de US$ 205,045 bilhões para US$ 205,093 bilhões. (Elaine Cristina Adriano - InvestNews)
SÃO PAULO, 29 de maio de 2009 - As reservas brasileiras internacionais subiram em US$ 48 milhões ontem no conceito de liquidez internacional, segundo o Banco Central (BC). Com isso, o total das reservas brutas passou de US$ 205,045 bilhões para US$ 205,093 bilhões. (Elaine Cristina Adriano - InvestNews)
QUEDA DE LAS EXPORTACIONES BRASILERAS
Indústria teme queda de exportações e concorrência dos importados Mylena Fiori Repórter da Agência Brasil
Brasília - O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, divulga a Sondagem Especial sobre Comércio Exterior feita de 1º a 27 de abril Brasília - As indústrias brasileiras estão preocupadas tanto com a queda das exportações quanto com a concorrência de produtos importados no mercado doméstico. Os temores foram identificados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Sondagem Especial sobre Comércio Exterior, realizada em abril, com 1.307 empresas de todos os setores. “A crise levou ao estreitamento do comércio mundial. Esse é o duplo impacto: Vamos perder mercado tanto externo quanto doméstico com a situação de crise e as condições de competitividade dos produtos brasileiros”, avaliou o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.”Isso dificultará a retomada da atividade”, avaliou. Segundo previsão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em 2009, haverá uma retração de 5% na produção industrial em relação ao ano passado e uma queda de 1% no Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país.O estudo da CNI mostra que 66% das empresas exportadoras brasileiras foram afetadas pela crise econômica mundial - para 84% delas, o principal impacto foi a queda na demanda. O encarecimento do crédito foi apontado como grande impacto da crise por 7% das indústrias, enquanto 6% se queixaram da valorização do real diante do dólar, sendo que a cotação estava em torno de R$ 2,30 no período pesquisado (contra R$ 2,02 hoje).
Para Castelo Branco, o governo deveria estar alerta para evitar uma apreciação ainda maior do câmbio. “Havia expectativa de que a mudança de patamar do câmbio levaria a melhores condições de competitividade dos produtos brasileiros e que seria aproveitada durante a fase de recuperação da economia mundial. Isso não está se mostrando verdadeiro, a valorização afeta negativamente e é motivo de grande preocupação”, afirmou o economista. Ele sugere queda na taxa de juros e maior atividade do Banco Central na compra de moeda estrangeira, além de medidas de natureza fiscal e tributária.
Independentemente da questão cambial, a sondagem da CNI indica que 48% das empresas exportadoras esperam redução da participação das vendas externas no faturamento bruto de 2009 Para tentar driblar os efeitos da queda na demanda internacional, 60% das empresas afetadas pretendem adotar a estratégia de busca de novos mercados. Segundo Castelo Branco, a recente missão empresarial que acompanhou visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Turquia é um exemplo disso.
Para ele, outra a frente de atuação para minimizar os efeitos da crise internacional é reduzir custos e aumentar produtividade – é isso o que pretendem fazer 51% das empresas afetadas. Outras estratégias são exportação de novos produtos, investimento na qualidade e no design dos produtos, redução da margem de lucro e investimentos em marketing.
Quando à competição no mercado interno, 53% das indústrias pesquisadas enfrentam concorrência de produtos importados e 33% delas acreditam no acirramento da competição. No caso de grandes empresas, o percentual sobe para 70%, e os setores mais vulneráveis à concorrência dos importados são equipamentos hospitalares e de precisão (95%), farmacêuticos (82%) e material elétrico e de comunicação (81%).
A expectativa de invasão de importados, segundo Castelo Branco, deve-se ao ambiente internacional de maior oferta de produtos a partir da retração dos mercados dos países avançados. “Isso, a despeito da desvalorização em relação a 2008. Possivelmente, no câmbio atual, a expectativa seria de uma penetração até mais intensa”, ressaltou.. ','').replace('','') -->
Brasília - O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, divulga a Sondagem Especial sobre Comércio Exterior feita de 1º a 27 de abril Brasília - As indústrias brasileiras estão preocupadas tanto com a queda das exportações quanto com a concorrência de produtos importados no mercado doméstico. Os temores foram identificados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Sondagem Especial sobre Comércio Exterior, realizada em abril, com 1.307 empresas de todos os setores. “A crise levou ao estreitamento do comércio mundial. Esse é o duplo impacto: Vamos perder mercado tanto externo quanto doméstico com a situação de crise e as condições de competitividade dos produtos brasileiros”, avaliou o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.”Isso dificultará a retomada da atividade”, avaliou. Segundo previsão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em 2009, haverá uma retração de 5% na produção industrial em relação ao ano passado e uma queda de 1% no Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país.O estudo da CNI mostra que 66% das empresas exportadoras brasileiras foram afetadas pela crise econômica mundial - para 84% delas, o principal impacto foi a queda na demanda. O encarecimento do crédito foi apontado como grande impacto da crise por 7% das indústrias, enquanto 6% se queixaram da valorização do real diante do dólar, sendo que a cotação estava em torno de R$ 2,30 no período pesquisado (contra R$ 2,02 hoje).
Para Castelo Branco, o governo deveria estar alerta para evitar uma apreciação ainda maior do câmbio. “Havia expectativa de que a mudança de patamar do câmbio levaria a melhores condições de competitividade dos produtos brasileiros e que seria aproveitada durante a fase de recuperação da economia mundial. Isso não está se mostrando verdadeiro, a valorização afeta negativamente e é motivo de grande preocupação”, afirmou o economista. Ele sugere queda na taxa de juros e maior atividade do Banco Central na compra de moeda estrangeira, além de medidas de natureza fiscal e tributária.
Independentemente da questão cambial, a sondagem da CNI indica que 48% das empresas exportadoras esperam redução da participação das vendas externas no faturamento bruto de 2009 Para tentar driblar os efeitos da queda na demanda internacional, 60% das empresas afetadas pretendem adotar a estratégia de busca de novos mercados. Segundo Castelo Branco, a recente missão empresarial que acompanhou visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Turquia é um exemplo disso.
Para ele, outra a frente de atuação para minimizar os efeitos da crise internacional é reduzir custos e aumentar produtividade – é isso o que pretendem fazer 51% das empresas afetadas. Outras estratégias são exportação de novos produtos, investimento na qualidade e no design dos produtos, redução da margem de lucro e investimentos em marketing.
Quando à competição no mercado interno, 53% das indústrias pesquisadas enfrentam concorrência de produtos importados e 33% delas acreditam no acirramento da competição. No caso de grandes empresas, o percentual sobe para 70%, e os setores mais vulneráveis à concorrência dos importados são equipamentos hospitalares e de precisão (95%), farmacêuticos (82%) e material elétrico e de comunicação (81%).
A expectativa de invasão de importados, segundo Castelo Branco, deve-se ao ambiente internacional de maior oferta de produtos a partir da retração dos mercados dos países avançados. “Isso, a despeito da desvalorização em relação a 2008. Possivelmente, no câmbio atual, a expectativa seria de uma penetração até mais intensa”, ressaltou.. ','').replace('','') -->
INDICE DE CONFIANZA DA INDUSTRIA BRASILERA SUBE (FGV)
Confiança da indústria na economia volta a crescer, constata pesquisa Marli Moreira Repórter da Agência Brasil (29 de Mayo) 2009.
São Paulo - Pelo quinto mês consecutivo, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) na economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aumentou e fechou maio em 89,6 pontos. O resultado é 6% superior ao de abril (84,5) e, segundo a nota técnica da FGV, “confirma a tendência de recuperação gradual do ritmo de atividade industrial após o forte declínio ocorrido ao final do ano passado”.
Foi a primeira vez neste ano que o resultado da sondagem ficou mais próximo da média histórica (99,1 pontos) depois de ter recuado para 74,7 pontos em dezembro do ano passado, informa o comunicado. A pesquisa foi feita com 1.075 empresas que empregam mais de mil trabalhadores, têm faturamento em torno de R$ 540 bilhões e com uma participação de 23,5% nas exportações.
A nota informa que, em maio, melhoraram tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) teve aumento de 7,6%, passando de 86,5 para 93,1 pontos, diante de uma média história de 99,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) aumentou 4,4%, passando de 82,5 para 86,1 pontos.
O indicador sobre a satisfação com a situação dos negócios teve alta de 12,2%, com a pontuação passando de 77,1 para 86,5. De acordo com a FGV, o otimismo demonstrado pelos empresários com os próximos meses foi maior em comparação com o resultado das pesquisas realizadas desde outubro do ano passado. Das l.075 empresas ouvidas, 25,9% acreditam em melhora ante 18% da sondagem anterior. O número dos que preveem piora caiu de 28,1% para 27,1%.
São Paulo - Pelo quinto mês consecutivo, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) na economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aumentou e fechou maio em 89,6 pontos. O resultado é 6% superior ao de abril (84,5) e, segundo a nota técnica da FGV, “confirma a tendência de recuperação gradual do ritmo de atividade industrial após o forte declínio ocorrido ao final do ano passado”.
Foi a primeira vez neste ano que o resultado da sondagem ficou mais próximo da média histórica (99,1 pontos) depois de ter recuado para 74,7 pontos em dezembro do ano passado, informa o comunicado. A pesquisa foi feita com 1.075 empresas que empregam mais de mil trabalhadores, têm faturamento em torno de R$ 540 bilhões e com uma participação de 23,5% nas exportações.
A nota informa que, em maio, melhoraram tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) teve aumento de 7,6%, passando de 86,5 para 93,1 pontos, diante de uma média história de 99,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) aumentou 4,4%, passando de 82,5 para 86,1 pontos.
O indicador sobre a satisfação com a situação dos negócios teve alta de 12,2%, com a pontuação passando de 77,1 para 86,5. De acordo com a FGV, o otimismo demonstrado pelos empresários com os próximos meses foi maior em comparação com o resultado das pesquisas realizadas desde outubro do ano passado. Das l.075 empresas ouvidas, 25,9% acreditam em melhora ante 18% da sondagem anterior. O número dos que preveem piora caiu de 28,1% para 27,1%.
Tuesday, May 26, 2009
BRASIL Y LA ECONOMIA MUNDIAL
Brasil y la Economía Mundial Contemporánea_(Art. pagwebembajada) ________________________________________________________________________________
Por José Tavares de Araújo Jr. para la publicación Brasil en Foco
El contraste entre la declinación acelerada de los costos de información y la relativa estabilidad de los costos de transporte ha sido una característica central del progreso tecnológico en las últimas tres décadas. Este contraste alimenta progresivamente las tendencias simultáneas dirigidas a la globalización de los mercados y la regionalización de las estructuras productivas que marcaron la economía mundial en un pasado reciente. Estas tendencias, a su vez, redefinieron los perfiles de inserción internacional de las economías nacionales y las prioridades de la agenda multilateral de comercio.
Los nuevos patrones de competencia internacional acentuaron la importancia de la prestación de servicios, de la innovación tecnológica y de la inversión directa en el extranjero como fuentes de soporte del desempeño exportador de las economías nacionales. Tales patrones redujeron la eficacia de los instrumentos convencionales de política comercial, como tarifas, cuotas y salvaguardias; al mismo tiempo en que introdujeron nuevos temas en la agenda multilateral de comercio, tales como el uso de reglamentaciones internas para proteger las industrias de la frontera tecnológica y las prácticas anticompetitivas de alcance internacional.
Desde el punto de vista de las economías nacionales, la búsqueda de eficiencia productiva, el estímulo a la innovación y la mejora de las condiciones de inserción internacional de las empresas nacionales se tornaron partes complementarias de un reto común. Para el Gobierno, ello implica no sólo la convergencia de las políticas industriales, tecnológicas y de comercio exterior, sino también la coherencia de tales políticas con otras acciones del Gobierno respecto a los planes macroeconómicos y de la regulación de las condiciones de competencia en los mercados nacionales.
Un desafío adicional implícito en el escenario contemporáneo reside en el hecho de que la Organización Mundial del Comercio (OMC) no dispone aún de los instrumentos de regulación necesarios para enfrentar los patrones de competencias vigentes. Aunque la reunión ministerial de Doha (Qatar), realizada en noviembre de 2001 haya ratificado el consenso de la comunidad internacional con relación a la necesidad de fortalecer la OMC, en la práctica tal consenso significó únicamente que los países miembros se comprometieron a seguir adelante con la rueda de negociaciones, pero no proyecta ninguna previsión optimista a lo que se refiere a los resultados de esta iniciativa en un futuro cercano, dada la magnitud de los desafíos que la OMC enfrenta actualmente.
Un tema que ilustra muy bien las presentes limitaciones de la OMC es el de la política de competencia, que empezó a desempeñar un rol central en el plan internacional, no sólo en el sentido de combatir los carteles y supervisar la conducta de las corporaciones transnacionales, sino principalmente con el objetivo de regular los conflictos provenientes de la protección a las industrias de alta tecnología. El debate sobre estos temas en la OMC ha sido intenso desde diciembre de 1996, cuando fue creado el Grupo de Trabajo sobre la Interacción entre Comercio y Política de Competencia. Luego de dos años, cerca de 170 documentos gubernamentales fueron sometidos al grupo, abarcando una agenda significativa que, de hecho, fue mucho más allá de las relaciones entre comercio y competencia. En lo que se refiere a la participación activa de prácticamente todos los miembros de la OMC que disponen de leyes de competencia, ese debate ha sido limitado por dos tipos de restricciones. Por un lado, cualquier acuerdo multilateral sobre reglas de competencia sólo tendrá algún significado a medida en que todos los miembros de la OMC, o por lo menos su gran mayoría, estén capacitados para aplicar aquellas normas en sus respectivos territorios. Por otro lado, la OMC es una institución que fue diseñada para tratar esencialmente de los actos de gobiernos, mientras el foco principal de la política de competencia es la conducta de los agentes económicos.
En suma, es poco probable que las principales debilidades de la OMC sean superadas en un futuro cercano. Sin embargo, la actuación de Brasil en aquel forum durante la década de los años 90 demostró que aún así – y principalmente luego del reciente brote de presiones proteccionistas en los Estados Unidos – interesa a los países en desarrollo promover el sistema multilateral de comercio. Polémicas como Embraer / Bombardier y la controversia sobre patentes farmacéuticas ya se tornaron símbolos de situaciones en las cuales las estrategias negociadoras bien fundamentadas logran preservar los intereses nacionales legítimos. Además de dar mayor credibilidad a la OMC y a la postura defendida por Brasil en las negociaciones en curso, estos casos también se revelaron instrumentales para fomentar el diálogo bilateral entre los diversos aliados importantes, como Japón, China, India, Australia y Sudáfrica.
Además de promover a la OMC, otro tema prioritario de la política comercial brasileña es la reconstrucción del MERCOSUR, que ha desempeñado un papel estratégico en la defensa de los intereses brasileños en el ámbito multilateral, en las negociaciones sobre la creación de un área de Libre Comercio de las Américas (ALCA) y en el diálogo con la Unión Europea. El MERCOSUR es importante por razones de geografía económica: los patrones contemporáneos de competencia internacional no constituyen anomalías efímeras, sino que fueron engendrados gradualmente a lo largo de varias décadas como consecuencia de la dicotomía anteriormente mencionada, entre los costos de la información y del transporte. Por lo tanto, a menos que los patrones contemporáneos de competencia sean redefinidos por otra revolución tecnológica, las metas de la integración regional seguirán siendo prioridades para Brasil.
Por José Tavares de Araújo Jr. para la publicación Brasil en Foco
El contraste entre la declinación acelerada de los costos de información y la relativa estabilidad de los costos de transporte ha sido una característica central del progreso tecnológico en las últimas tres décadas. Este contraste alimenta progresivamente las tendencias simultáneas dirigidas a la globalización de los mercados y la regionalización de las estructuras productivas que marcaron la economía mundial en un pasado reciente. Estas tendencias, a su vez, redefinieron los perfiles de inserción internacional de las economías nacionales y las prioridades de la agenda multilateral de comercio.
Los nuevos patrones de competencia internacional acentuaron la importancia de la prestación de servicios, de la innovación tecnológica y de la inversión directa en el extranjero como fuentes de soporte del desempeño exportador de las economías nacionales. Tales patrones redujeron la eficacia de los instrumentos convencionales de política comercial, como tarifas, cuotas y salvaguardias; al mismo tiempo en que introdujeron nuevos temas en la agenda multilateral de comercio, tales como el uso de reglamentaciones internas para proteger las industrias de la frontera tecnológica y las prácticas anticompetitivas de alcance internacional.
Desde el punto de vista de las economías nacionales, la búsqueda de eficiencia productiva, el estímulo a la innovación y la mejora de las condiciones de inserción internacional de las empresas nacionales se tornaron partes complementarias de un reto común. Para el Gobierno, ello implica no sólo la convergencia de las políticas industriales, tecnológicas y de comercio exterior, sino también la coherencia de tales políticas con otras acciones del Gobierno respecto a los planes macroeconómicos y de la regulación de las condiciones de competencia en los mercados nacionales.
Un desafío adicional implícito en el escenario contemporáneo reside en el hecho de que la Organización Mundial del Comercio (OMC) no dispone aún de los instrumentos de regulación necesarios para enfrentar los patrones de competencias vigentes. Aunque la reunión ministerial de Doha (Qatar), realizada en noviembre de 2001 haya ratificado el consenso de la comunidad internacional con relación a la necesidad de fortalecer la OMC, en la práctica tal consenso significó únicamente que los países miembros se comprometieron a seguir adelante con la rueda de negociaciones, pero no proyecta ninguna previsión optimista a lo que se refiere a los resultados de esta iniciativa en un futuro cercano, dada la magnitud de los desafíos que la OMC enfrenta actualmente.
Un tema que ilustra muy bien las presentes limitaciones de la OMC es el de la política de competencia, que empezó a desempeñar un rol central en el plan internacional, no sólo en el sentido de combatir los carteles y supervisar la conducta de las corporaciones transnacionales, sino principalmente con el objetivo de regular los conflictos provenientes de la protección a las industrias de alta tecnología. El debate sobre estos temas en la OMC ha sido intenso desde diciembre de 1996, cuando fue creado el Grupo de Trabajo sobre la Interacción entre Comercio y Política de Competencia. Luego de dos años, cerca de 170 documentos gubernamentales fueron sometidos al grupo, abarcando una agenda significativa que, de hecho, fue mucho más allá de las relaciones entre comercio y competencia. En lo que se refiere a la participación activa de prácticamente todos los miembros de la OMC que disponen de leyes de competencia, ese debate ha sido limitado por dos tipos de restricciones. Por un lado, cualquier acuerdo multilateral sobre reglas de competencia sólo tendrá algún significado a medida en que todos los miembros de la OMC, o por lo menos su gran mayoría, estén capacitados para aplicar aquellas normas en sus respectivos territorios. Por otro lado, la OMC es una institución que fue diseñada para tratar esencialmente de los actos de gobiernos, mientras el foco principal de la política de competencia es la conducta de los agentes económicos.
En suma, es poco probable que las principales debilidades de la OMC sean superadas en un futuro cercano. Sin embargo, la actuación de Brasil en aquel forum durante la década de los años 90 demostró que aún así – y principalmente luego del reciente brote de presiones proteccionistas en los Estados Unidos – interesa a los países en desarrollo promover el sistema multilateral de comercio. Polémicas como Embraer / Bombardier y la controversia sobre patentes farmacéuticas ya se tornaron símbolos de situaciones en las cuales las estrategias negociadoras bien fundamentadas logran preservar los intereses nacionales legítimos. Además de dar mayor credibilidad a la OMC y a la postura defendida por Brasil en las negociaciones en curso, estos casos también se revelaron instrumentales para fomentar el diálogo bilateral entre los diversos aliados importantes, como Japón, China, India, Australia y Sudáfrica.
Además de promover a la OMC, otro tema prioritario de la política comercial brasileña es la reconstrucción del MERCOSUR, que ha desempeñado un papel estratégico en la defensa de los intereses brasileños en el ámbito multilateral, en las negociaciones sobre la creación de un área de Libre Comercio de las Américas (ALCA) y en el diálogo con la Unión Europea. El MERCOSUR es importante por razones de geografía económica: los patrones contemporáneos de competencia internacional no constituyen anomalías efímeras, sino que fueron engendrados gradualmente a lo largo de varias décadas como consecuencia de la dicotomía anteriormente mencionada, entre los costos de la información y del transporte. Por lo tanto, a menos que los patrones contemporáneos de competencia sean redefinidos por otra revolución tecnológica, las metas de la integración regional seguirán siendo prioridades para Brasil.
DESPUES DE 18 MESES - SUPERAVIT DE CUENTA CORRIENTE EN BRASIL
Contas do país com o exterior têm resultado positivo depois de 18 meses de déficit Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil
Brasília - As transações correntes (todas as operações do Brasil com o exterior) foram superavitárias em US$ 146 milhões em abril e déficit de US$ 4,874 bilhões no acumulado do ano. As informações foram divulgadas hoje (26), pelo Banco Central. O resultado positivo no mês passado foi o primeiro depois de 18 meses consecutivos de défícit.
Em abril de 2008, houve défícit de US$ 3,044 bilhões e no acumulado do ano de US$ 13,304 bilhões.
A balança comercial (exportações e importações) registrou superávit de US$ 3,712 bilhões em abril e de US$ 6,722 bilhões de janeiro a abril deste ano, contra US$ 4,498 bilhões registrado no mesmo período de 2008. Em abril do ano passado, o superávit comercial foi de US$ 5,097 bilhões.
A conta de serviços e rendas (juros, lucros e dividendos e viagens internacionais) ficou negativa em US$ 3,832 bilhões em abril e em US$ 12,702 bilhões no acumulado do ano. Nos mesmos períodos do ano passado os valores negativos foram maiores: 5,097 bilhões e US$ 19,105 bilhões, respectivamente.
As transferências unilaterais tiveram resultado líquido positivo de US$ 265 milhões em abril e em US$ 1,106 bilhão no acumulado do ano.
Brasília - As transações correntes (todas as operações do Brasil com o exterior) foram superavitárias em US$ 146 milhões em abril e déficit de US$ 4,874 bilhões no acumulado do ano. As informações foram divulgadas hoje (26), pelo Banco Central. O resultado positivo no mês passado foi o primeiro depois de 18 meses consecutivos de défícit.
Em abril de 2008, houve défícit de US$ 3,044 bilhões e no acumulado do ano de US$ 13,304 bilhões.
A balança comercial (exportações e importações) registrou superávit de US$ 3,712 bilhões em abril e de US$ 6,722 bilhões de janeiro a abril deste ano, contra US$ 4,498 bilhões registrado no mesmo período de 2008. Em abril do ano passado, o superávit comercial foi de US$ 5,097 bilhões.
A conta de serviços e rendas (juros, lucros e dividendos e viagens internacionais) ficou negativa em US$ 3,832 bilhões em abril e em US$ 12,702 bilhões no acumulado do ano. Nos mesmos períodos do ano passado os valores negativos foram maiores: 5,097 bilhões e US$ 19,105 bilhões, respectivamente.
As transferências unilaterais tiveram resultado líquido positivo de US$ 265 milhões em abril e em US$ 1,106 bilhão no acumulado do ano.
Monday, May 25, 2009
O BRASIL NO ANO 2020
O Brasil em 2020
Em nosso aniversário de 11 anos, lançamos um olhar esperançoso e realista para o futuro do país. Na década que vem, seremos mais ricos, mais adultos e – se conseguirmos remover os obstáculos ao desenvolvimento – mais felizes
David Cohen
Onze anos é uma idade extraordinária. Uma explosão de hormônios inicia o processo de crescimento acelerado da adolescência. A formação de neurônios, que até então era caótica, começa a ser ordenada, e a camada de mielina que os envolve, responsável pelo transporte das informações, engrossa. Nessa época, esculpem-se os caminhos do raciocínio elaborado que marcará a vida adulta. E essas transformações vão tornar a pessoa mais rápida, inteligente, criativa, inovadora, idealista. Nós, de ÉPOCA, gostamos de acreditar que usamos todas essas qualidades para construir cada edição. Sabemos, é claro, que uma revista não é uma pessoa. Mas ela é feita de pessoas. Nesta semana, como qualquer criança de 11 anos, estamos eufóricos com nossa festa de aniversário – e ao mesmo tempo não conseguimos conter a expectativa pelo futuro que vislumbramos. Esses dois sentimentos, satisfação e esperança, nos guiaram a preparar um mapa das grandes transformações por que passaremos no país.
Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles, imprevisível. Uma década é um período longo o suficiente para derrubar certezas absolutas (ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova York). Mas é também um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes – dez anos antes da popularização da internet já era possível imaginar como ela mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos detectáveis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de 2020.
O primeiro deles será a mudança populacional brasileira. Nos anos 1960 e 1970, os estudiosos se preocupavam com a “bomba demográfica”: as altíssimas taxas de natalidade, de seis filhos por mulher, criavam uma pressão social que atrasava o progresso do país pela exigência de investimentos pesados em cuidados com a infância. Esse problema sumiu, quase por encanto. A urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e os novos métodos anticoncepcionais fizeram a taxa de natalidade declinar, até o atual índice de 1,8 filho por mulher. A mudança do perfil demográfico (leia o quadro da próxima página) dá uma janela de oportunidade ao Brasil. Pela primeira vez, teremos mais gente no mercado de trabalho que fora dele. Mais trabalhadores que dependentes. Mais produtores que consumidores de riqueza. A janela se fechará a partir da década seguinte, com o aumento do número de idosos. Esta década é, portanto, aquela em que temos as melhores condições para resolver os problemas estruturais do país (o que o Brasil precisa fazer para crescer mais e melhor). É uma tarefa hercúlea. Mas, como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Se cada presidente deixar um conjunto de obras estruturantes para o sucessor, o país dará um salto de qualidade nos próximos 20 anos”.
As mudanças populacionais incluem certa redistribuição regional. O Sul e o Sudeste já deixaram de atrair gente do país inteiro, e as cidades médias (de 100 mil a 500 mil habitantes) vêm crescendo a taxas maiores que as grandes. É possível, ainda, que o maior país católico do mundo tenha maioria protestante.
Do ponto de vista econômico, o Brasil também está bem situado. Não à toa somos considerados o mais bem arrumado entre os países do grupo Bric, à frente de China, Índia e Rússia (leia entrevista com Jim O’Neill, o criador do conceito). Espera-se que os Brics ganhem peso econômico em 2020 e respondam pela maior parte da economia mundial em 2050. Já na próxima década o PIB brasileiro (soma de todas as riquezas produzidas pelo país) deverá pular para US$ 2,6 trilhões, segundo previsão do banco de investimentos Goldman Sachs. É quase o dobro do atual. A participação do Brasil no PIB mundial passará de 2,5% para 4%. Teremos ultrapassado a Itália. A riqueza extra deve melhorar a vida dos brasileiros, mas ela sozinha não garantirá um padrão de vida de país desenvolvido. Como diz o economista Paulo Guedes, não queremos o pesadelo de um PIB gigantesco com uma população miserável. Queremos a “formação de uma enorme classe média, criando extraordinário mercado de consumo de massa pela contínua elevação da renda per capita”. Para chegarmos a isso, é preciso resolver os gargalos da economia (uma síntese de nossos desafios) e prevenir as ameaças futuras, como o rombo da Previdência Social. “O Brasil era o país do futuro. Não é mais. O futuro já está aqui. Nosso problema não é mais de subdesenvolvimento, é de injustiça”, diz o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Também no campo econômico vivemos uma janela de oportunidade. Hoje, o Brasil é uma potência do agronegócio e das commodities graças aos recursos naturais e à mão de obra relativamente barata. A partir de 2020, é possível que a África reúna essas condições. Precisamos estar mais bem preparados para competir em outro nível: da produção de conhecimento. “O Brasil precisa buscar um novo patamar de geração de riqueza através da inovação tecnológica”, diz James Wright, diretor do Programa de Estudos do Futuro (Profuturo), da Universidade de São Paulo. Precisamos de mais cientistas e técnicos. Precisamos, sobretudo, investir em educação. Teremos, nesta década, menos crianças entrando na idade escolar. Em 2020, haverá entre 10 milhões e 13 milhões de matrículas a menos no ensino fundamental. Os recursos hoje gastos com esse contingente podem ser aplicados em tecnologia, aumento da carga horária e treinamento de professores. Ainda será pouco. Para dar o salto de que o Brasil precisa, é necessário reservar para a educação no mínimo 5% do PIB – hoje gastamos apenas 3,7%.
Além de crescer mais, precisamos decidir crescer de forma mais sustentável. O Brasil começará a sentir, a partir de 2020, os efeitos do aquecimento global. As ameaças vão da desertificação de grandes áreas ao aparecimento de mais ciclones e furacões. O futuro exigirá de nós um esforço de adaptação. Não apenas ao clima, mas às mudanças sociais que despontam. Haverá empregos diferentes, e muitos de nós precisarão trabalhar até idades mais avançadas. Teremos carros melhores e menos poluentes, mas o trânsito não vai melhorar. Teremos uma redução dos níveis de violência, principalmente porque haverá menos jovens na idade mais propícia ao crime, mas essa tendência oscilará e só se confirmará totalmente a partir dos anos 2030. Viveremos mais, e gastaremos mais com saúde. Os casamentos ocorrerão mais tarde, as famílias serão menores e haverá 5 milhões de mulheres a mais que homens. Usaremos a tecnologia de forma diferente, compraremos produtos maravilhosos, cultivaremos a fama e consumiremos cultura de outras formas. Mas continuaremos sendo brasileiros no que isso tem de mais essencial. E, após sediar a Copa do Mundo de 2014, estaremos nos preparando para o oitavo ou nono título de campeões mundiais – três ou quatro à frente da Itália.
Em nosso aniversário de 11 anos, lançamos um olhar esperançoso e realista para o futuro do país. Na década que vem, seremos mais ricos, mais adultos e – se conseguirmos remover os obstáculos ao desenvolvimento – mais felizes
David Cohen
Onze anos é uma idade extraordinária. Uma explosão de hormônios inicia o processo de crescimento acelerado da adolescência. A formação de neurônios, que até então era caótica, começa a ser ordenada, e a camada de mielina que os envolve, responsável pelo transporte das informações, engrossa. Nessa época, esculpem-se os caminhos do raciocínio elaborado que marcará a vida adulta. E essas transformações vão tornar a pessoa mais rápida, inteligente, criativa, inovadora, idealista. Nós, de ÉPOCA, gostamos de acreditar que usamos todas essas qualidades para construir cada edição. Sabemos, é claro, que uma revista não é uma pessoa. Mas ela é feita de pessoas. Nesta semana, como qualquer criança de 11 anos, estamos eufóricos com nossa festa de aniversário – e ao mesmo tempo não conseguimos conter a expectativa pelo futuro que vislumbramos. Esses dois sentimentos, satisfação e esperança, nos guiaram a preparar um mapa das grandes transformações por que passaremos no país.
Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles, imprevisível. Uma década é um período longo o suficiente para derrubar certezas absolutas (ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova York). Mas é também um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes – dez anos antes da popularização da internet já era possível imaginar como ela mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos detectáveis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de 2020.
O primeiro deles será a mudança populacional brasileira. Nos anos 1960 e 1970, os estudiosos se preocupavam com a “bomba demográfica”: as altíssimas taxas de natalidade, de seis filhos por mulher, criavam uma pressão social que atrasava o progresso do país pela exigência de investimentos pesados em cuidados com a infância. Esse problema sumiu, quase por encanto. A urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e os novos métodos anticoncepcionais fizeram a taxa de natalidade declinar, até o atual índice de 1,8 filho por mulher. A mudança do perfil demográfico (leia o quadro da próxima página) dá uma janela de oportunidade ao Brasil. Pela primeira vez, teremos mais gente no mercado de trabalho que fora dele. Mais trabalhadores que dependentes. Mais produtores que consumidores de riqueza. A janela se fechará a partir da década seguinte, com o aumento do número de idosos. Esta década é, portanto, aquela em que temos as melhores condições para resolver os problemas estruturais do país (o que o Brasil precisa fazer para crescer mais e melhor). É uma tarefa hercúlea. Mas, como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Se cada presidente deixar um conjunto de obras estruturantes para o sucessor, o país dará um salto de qualidade nos próximos 20 anos”.
As mudanças populacionais incluem certa redistribuição regional. O Sul e o Sudeste já deixaram de atrair gente do país inteiro, e as cidades médias (de 100 mil a 500 mil habitantes) vêm crescendo a taxas maiores que as grandes. É possível, ainda, que o maior país católico do mundo tenha maioria protestante.
Do ponto de vista econômico, o Brasil também está bem situado. Não à toa somos considerados o mais bem arrumado entre os países do grupo Bric, à frente de China, Índia e Rússia (leia entrevista com Jim O’Neill, o criador do conceito). Espera-se que os Brics ganhem peso econômico em 2020 e respondam pela maior parte da economia mundial em 2050. Já na próxima década o PIB brasileiro (soma de todas as riquezas produzidas pelo país) deverá pular para US$ 2,6 trilhões, segundo previsão do banco de investimentos Goldman Sachs. É quase o dobro do atual. A participação do Brasil no PIB mundial passará de 2,5% para 4%. Teremos ultrapassado a Itália. A riqueza extra deve melhorar a vida dos brasileiros, mas ela sozinha não garantirá um padrão de vida de país desenvolvido. Como diz o economista Paulo Guedes, não queremos o pesadelo de um PIB gigantesco com uma população miserável. Queremos a “formação de uma enorme classe média, criando extraordinário mercado de consumo de massa pela contínua elevação da renda per capita”. Para chegarmos a isso, é preciso resolver os gargalos da economia (uma síntese de nossos desafios) e prevenir as ameaças futuras, como o rombo da Previdência Social. “O Brasil era o país do futuro. Não é mais. O futuro já está aqui. Nosso problema não é mais de subdesenvolvimento, é de injustiça”, diz o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Também no campo econômico vivemos uma janela de oportunidade. Hoje, o Brasil é uma potência do agronegócio e das commodities graças aos recursos naturais e à mão de obra relativamente barata. A partir de 2020, é possível que a África reúna essas condições. Precisamos estar mais bem preparados para competir em outro nível: da produção de conhecimento. “O Brasil precisa buscar um novo patamar de geração de riqueza através da inovação tecnológica”, diz James Wright, diretor do Programa de Estudos do Futuro (Profuturo), da Universidade de São Paulo. Precisamos de mais cientistas e técnicos. Precisamos, sobretudo, investir em educação. Teremos, nesta década, menos crianças entrando na idade escolar. Em 2020, haverá entre 10 milhões e 13 milhões de matrículas a menos no ensino fundamental. Os recursos hoje gastos com esse contingente podem ser aplicados em tecnologia, aumento da carga horária e treinamento de professores. Ainda será pouco. Para dar o salto de que o Brasil precisa, é necessário reservar para a educação no mínimo 5% do PIB – hoje gastamos apenas 3,7%.
Além de crescer mais, precisamos decidir crescer de forma mais sustentável. O Brasil começará a sentir, a partir de 2020, os efeitos do aquecimento global. As ameaças vão da desertificação de grandes áreas ao aparecimento de mais ciclones e furacões. O futuro exigirá de nós um esforço de adaptação. Não apenas ao clima, mas às mudanças sociais que despontam. Haverá empregos diferentes, e muitos de nós precisarão trabalhar até idades mais avançadas. Teremos carros melhores e menos poluentes, mas o trânsito não vai melhorar. Teremos uma redução dos níveis de violência, principalmente porque haverá menos jovens na idade mais propícia ao crime, mas essa tendência oscilará e só se confirmará totalmente a partir dos anos 2030. Viveremos mais, e gastaremos mais com saúde. Os casamentos ocorrerão mais tarde, as famílias serão menores e haverá 5 milhões de mulheres a mais que homens. Usaremos a tecnologia de forma diferente, compraremos produtos maravilhosos, cultivaremos a fama e consumiremos cultura de outras formas. Mas continuaremos sendo brasileiros no que isso tem de mais essencial. E, após sediar a Copa do Mundo de 2014, estaremos nos preparando para o oitavo ou nono título de campeões mundiais – três ou quatro à frente da Itália.
EXPORTACIONES DE MANUFATURAS DE BRASIL DEVEN CAER 35% ESTE AÑO
Estimativa feita pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) indica que as exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados devem cair 35% em 2009 na comparação com o registrado em 2008 (de US$ 119,8 bilhões para US$ 78 bilhões), informa Denyse Godoy. Se confirmada, será a maior queda desde 1980, começo da série histórica do Ministério do Desenvolvimento
Economia
Indústria paulista traça cenário ruim para 2009
25 de maio de 2009
As exportações brasileiras deverão sofrer uma redução inédita neste ano. De acordo com estimativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a queda deverá ser de cerca de 35% em relação a 2008. Com isso, a exportação brasileira somaria cerca de 78 bilhões de dólares (no ano passado, o país exportou 119,8 bilhões). Seria a primeira queda desde 1999 e a maior redução já registrada pelo governo, que mantém esses registros desde 1980.
"A principal explicação para a baixa está no encolhimento do mercado consumidor. Fortemente atingidos pela crise, nossos principais parceiros comerciais, EUA, Europa e América Latina, passaram a comprar menos", disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. Participaram do levantamento as 78 maiores indústrias exportadoras paulistas.
Os representantes da indústria citam a desvalorização do dólar frente ao real como uma das principais causas dos problemas enfrentados pelos exportadores. Com produtos brasileiros mais caros no exterior, as empresas do país perderam espaço lá fora. "Isso não se recupera do dia para a noite", disse à Folha o consultor Júlio Gomes de Almeida, do Iedi. "O câmbio não é a única dificuldade, porém. O impacto poderia ser minimizado se tivéssemos uma melhor infraestrutura."
Economia
Indústria paulista traça cenário ruim para 2009
25 de maio de 2009
As exportações brasileiras deverão sofrer uma redução inédita neste ano. De acordo com estimativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a queda deverá ser de cerca de 35% em relação a 2008. Com isso, a exportação brasileira somaria cerca de 78 bilhões de dólares (no ano passado, o país exportou 119,8 bilhões). Seria a primeira queda desde 1999 e a maior redução já registrada pelo governo, que mantém esses registros desde 1980.
"A principal explicação para a baixa está no encolhimento do mercado consumidor. Fortemente atingidos pela crise, nossos principais parceiros comerciais, EUA, Europa e América Latina, passaram a comprar menos", disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. Participaram do levantamento as 78 maiores indústrias exportadoras paulistas.
Os representantes da indústria citam a desvalorização do dólar frente ao real como uma das principais causas dos problemas enfrentados pelos exportadores. Com produtos brasileiros mais caros no exterior, as empresas do país perderam espaço lá fora. "Isso não se recupera do dia para a noite", disse à Folha o consultor Júlio Gomes de Almeida, do Iedi. "O câmbio não é a única dificuldade, porém. O impacto poderia ser minimizado se tivéssemos uma melhor infraestrutura."
Sunday, May 24, 2009
REDUÇÃO DO INVESTIMENTO NA INDUSTRIA
Indústria reduz investimento em 26%
Levantamento da Fiesp constata corte de R$ 25 bi até maio, sem incluir os R$ 10,5 bi (US$ 5,2 bi) da Vale
Renée Pereira
Os sinais de recuperação da economia brasileira ainda não reacenderam a confiança dos investidores para desengavetar projetos. Pelo contrário. Se em janeiro a expectativa de investimento da indústria já havia sido cortada em R$ 20 bilhões, em maio o volume foi reduzido em mais R$ 5 bilhões. Isso representa uma queda de 26% em relação ao valor previsto em dezembro de 2008, de R$ 102,5 bilhões, conforme levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com 1.204 empresas.Na prática, a decisão vai reduzir o potencial de crescimento da economia, especialmente, no médio prazo. Menos investimentos significam menos empregos futuros, menos renda e menos consumo, explicam economistas. Eles destacam que hoje o País ainda está sendo beneficiado por projetos iniciados no passado, que estão ocupando mão de obra e elevando o Produto Interno Bruto (PIB). Mas a decisão de suspender investimentos agora vai impactar não apenas este ano como os demais, já que se tratam de obras de longa maturação. Na lista de investidores que resolveram frear os projetos estão grandes companhias, como Usiminas, Gerdau, Suzano, Dow Química e Vale - esta anunciou na quinta-feira redução de US$ 5,2 bilhões em investimentos (o valor, equivalente a R$ 10,54 bilhões, não consta no levantamento da Fiesp).As pequenas e médias empresas também entraram na onda de adiar investimentos para 2009, até que o cenário fique mais claro. "Como no mercado financeiro, o setor produtivo também vive o chamado efeito manada", observou o economista Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP.Nos últimos quatro anos, o investimento foi principal motor do crescimento. Em 2008, até setembro, atingiu 20,4% do PIB. Mas, com a forte retração do último trimestre, fechou o ano em 19,3%, ainda um dos níveis mais altos desde 1994. Para este ano, a expectativa é voltar a níveis próximos de 2007, quando representava 17,5% do PIB. "A taxa só não vai cair mais porque o PIB vai diminuir", diz o analista da Gávea Investimentos, Armando Castelar.Além da demanda mais fraca, um dos fatores que pesaram na decisão das empresas de cortar investimentos foi a restrição do crédito, que praticamente desapareceu do mercado no primeiro trimestre do ano, diz o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz. Exemplo disso é que 70% dos investimentos mantidos em 2009 serão feitos com recursos próprios, segundo a Fiesp. O movimento já foi percebido pelo diretor comercial do Grupo Bener, Paulo Lerner, que vende máquinas e equipamentos. "As empresas ainda interessadas em comprar novas máquinas estão pagando à vista. Outras estão sendo financiadas por nós", diz ele, cujas vendas caíram 60%, comparado a 2008.Além de garantias elevadas, o custo dos empréstimos oferecidos pelos bancos não tem animado o setor produtivo. "Os juros estão muito altos, impossíveis de tornar qualquer investimento viável. Só estamos pegando dinheiro no banco para capital de giro", afirma Renato Maurício de Paula, diretor financeiro da companhia, que emprega 300 funcionários no polo calçadista de Franca (SP). Os planos de investimentos da companhia estão suspensos este ano até mesmo em inovação e tecnologia. "Precisamos investir, mas hoje não temos segurança na política cambial, monetária e tributária. O governo não tem feito nada para ajudar o setor de manufaturados."Mesma crítica faz o presidente da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro Cachoeira, Aguinaldo Diniz Filho. Com quatro unidades em Minas Gerais, a empresa foi obrigada a se adequar a partir do quarto trimestre de 2008, cortando o número de funcionários e congelando investimentos. "Vamos esperar o cenário ficar mais claro."A preocupação é que a paralisia nos investimentos, considerados a parte nobre do crescimento econômico, crie um hiato entre a indústria brasileira e a de outros emergentes, como a China. Roriz destaca que, enquanto o Brasil reduziu o investimento em inovação e tecnologia, a China aumentou o volume destinado a essas áreas.
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Levantamento da Fiesp constata corte de R$ 25 bi até maio, sem incluir os R$ 10,5 bi (US$ 5,2 bi) da Vale
Renée Pereira
Os sinais de recuperação da economia brasileira ainda não reacenderam a confiança dos investidores para desengavetar projetos. Pelo contrário. Se em janeiro a expectativa de investimento da indústria já havia sido cortada em R$ 20 bilhões, em maio o volume foi reduzido em mais R$ 5 bilhões. Isso representa uma queda de 26% em relação ao valor previsto em dezembro de 2008, de R$ 102,5 bilhões, conforme levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com 1.204 empresas.Na prática, a decisão vai reduzir o potencial de crescimento da economia, especialmente, no médio prazo. Menos investimentos significam menos empregos futuros, menos renda e menos consumo, explicam economistas. Eles destacam que hoje o País ainda está sendo beneficiado por projetos iniciados no passado, que estão ocupando mão de obra e elevando o Produto Interno Bruto (PIB). Mas a decisão de suspender investimentos agora vai impactar não apenas este ano como os demais, já que se tratam de obras de longa maturação. Na lista de investidores que resolveram frear os projetos estão grandes companhias, como Usiminas, Gerdau, Suzano, Dow Química e Vale - esta anunciou na quinta-feira redução de US$ 5,2 bilhões em investimentos (o valor, equivalente a R$ 10,54 bilhões, não consta no levantamento da Fiesp).As pequenas e médias empresas também entraram na onda de adiar investimentos para 2009, até que o cenário fique mais claro. "Como no mercado financeiro, o setor produtivo também vive o chamado efeito manada", observou o economista Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP.Nos últimos quatro anos, o investimento foi principal motor do crescimento. Em 2008, até setembro, atingiu 20,4% do PIB. Mas, com a forte retração do último trimestre, fechou o ano em 19,3%, ainda um dos níveis mais altos desde 1994. Para este ano, a expectativa é voltar a níveis próximos de 2007, quando representava 17,5% do PIB. "A taxa só não vai cair mais porque o PIB vai diminuir", diz o analista da Gávea Investimentos, Armando Castelar.Além da demanda mais fraca, um dos fatores que pesaram na decisão das empresas de cortar investimentos foi a restrição do crédito, que praticamente desapareceu do mercado no primeiro trimestre do ano, diz o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz. Exemplo disso é que 70% dos investimentos mantidos em 2009 serão feitos com recursos próprios, segundo a Fiesp. O movimento já foi percebido pelo diretor comercial do Grupo Bener, Paulo Lerner, que vende máquinas e equipamentos. "As empresas ainda interessadas em comprar novas máquinas estão pagando à vista. Outras estão sendo financiadas por nós", diz ele, cujas vendas caíram 60%, comparado a 2008.Além de garantias elevadas, o custo dos empréstimos oferecidos pelos bancos não tem animado o setor produtivo. "Os juros estão muito altos, impossíveis de tornar qualquer investimento viável. Só estamos pegando dinheiro no banco para capital de giro", afirma Renato Maurício de Paula, diretor financeiro da companhia, que emprega 300 funcionários no polo calçadista de Franca (SP). Os planos de investimentos da companhia estão suspensos este ano até mesmo em inovação e tecnologia. "Precisamos investir, mas hoje não temos segurança na política cambial, monetária e tributária. O governo não tem feito nada para ajudar o setor de manufaturados."Mesma crítica faz o presidente da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro Cachoeira, Aguinaldo Diniz Filho. Com quatro unidades em Minas Gerais, a empresa foi obrigada a se adequar a partir do quarto trimestre de 2008, cortando o número de funcionários e congelando investimentos. "Vamos esperar o cenário ficar mais claro."A preocupação é que a paralisia nos investimentos, considerados a parte nobre do crescimento econômico, crie um hiato entre a indústria brasileira e a de outros emergentes, como a China. Roriz destaca que, enquanto o Brasil reduziu o investimento em inovação e tecnologia, a China aumentou o volume destinado a essas áreas.
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Friday, May 22, 2009
AGRONEGOCIOS BRASIL
AGRONEGÓCIO: Unger destaca potencial de crescimento do Brasil
SÃO PAULO, 22 de maio de 2009 - No encerramento do 5º Congresso Brasileiro de Soja, em Goiânia, hoje (22), o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, destacou a agricultura, considerada por ele a principal atividade produtiva do país, como o enorme potencial de crescimento do Brasil, e fez comparações com os demais componentes do chamado BRIC: Rússia, Índia e China.
'Ao contrário de China e Rússia, temos uma democracia, falha, mas temos. Ao contrário da Índia, temos unidade nacional. Ao contrário dos três, não temos inimigos, e gozamos de uma simpatia universal', disse o ministro.
Segundo ele, o que falta para o país é traduzir essas 'enormes vantagens' e um 'caminho nacional'. Umas das formas pregadas por Mangabeira é usar o poder do Estado para 'instrumentalizar', em suas palavras, o empreendedorismo e a criatividade da sociedade brasileira.
Em relação ao Mercosul, o ministro disse a grande fragilidade do bloco econômico é que não foi organizado em torno de uma estratégia comum de desenvolvimento. Ao contrário da União Europeia, na opinião de Mangabeira, os países membros do Mercosul não sabem qual o modelo e a estratégia a ser seguida em conjunto.
'O Mercosul é um corpo sem espírito', comentou Mangabeira.
As informações são da Agência Brasil. (Redação - InvestNews
SÃO PAULO, 22 de maio de 2009 - No encerramento do 5º Congresso Brasileiro de Soja, em Goiânia, hoje (22), o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, destacou a agricultura, considerada por ele a principal atividade produtiva do país, como o enorme potencial de crescimento do Brasil, e fez comparações com os demais componentes do chamado BRIC: Rússia, Índia e China.
'Ao contrário de China e Rússia, temos uma democracia, falha, mas temos. Ao contrário da Índia, temos unidade nacional. Ao contrário dos três, não temos inimigos, e gozamos de uma simpatia universal', disse o ministro.
Segundo ele, o que falta para o país é traduzir essas 'enormes vantagens' e um 'caminho nacional'. Umas das formas pregadas por Mangabeira é usar o poder do Estado para 'instrumentalizar', em suas palavras, o empreendedorismo e a criatividade da sociedade brasileira.
Em relação ao Mercosul, o ministro disse a grande fragilidade do bloco econômico é que não foi organizado em torno de uma estratégia comum de desenvolvimento. Ao contrário da União Europeia, na opinião de Mangabeira, os países membros do Mercosul não sabem qual o modelo e a estratégia a ser seguida em conjunto.
'O Mercosul é um corpo sem espírito', comentou Mangabeira.
As informações são da Agência Brasil. (Redação - InvestNews
ALTA DEL REAL ES REFLEJO DE CONFIANZA
Para Mantega, alta do real é reflexo da confiança
SÃO PAULO, 22 de maio de 2009 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a valorização recente do real é preocupante, mas, por outro lado, mostra que o Brasil é atraente para os investidores estrangeiros, que diante dos primeiros sinais de melhora na crise mundial optaram por apostar no país. Ele disse ainda que o governo não discutiu uma eventual mudança na meta de inflação de 2011, mas que, no momento, não vê necessidade de um movimento nesse sentido. "A valorização do câmbio resulta do entusiasmo dos investidores com o Brasil, porque o Brasil oferece condições mais estáveis e seguras e as facilidades necessárias, (mas) a valorização atrapalha o setor produtor, exportador e de agricultura, e de fato é fator de preocupação", afirmou ele a jornalistas após evento em São Paulo. "Mas devemos olhar pelo lado positivo, há mais investidores externos interessados no Brasil", disse. Questionado sobre como o governo poderia resolver essa questão, ele apenas afirmou que o Banco Central já está realizando leilões de compra de dólar no mercado. Mantega disse que o crédito ainda não está em um patamar ideal e seu custo segue alto, mas que já houve uma melhora desde os picos da crise. "Tanto é verdade que na primeira melhora que ocorreu lá fora já houve um forte fluxo de capitais para o Brasil", disse ele, citando ainda o patamar elevados das reservas como razões para a solidez da economia. Mantega disse ainda que o governo quer reduzir o spread bancário, tanto dos bancos estatais como dos privados e que "vamos fazer isso nos próximos meses". (Redação - Agência JB Online)
SÃO PAULO, 22 de maio de 2009 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a valorização recente do real é preocupante, mas, por outro lado, mostra que o Brasil é atraente para os investidores estrangeiros, que diante dos primeiros sinais de melhora na crise mundial optaram por apostar no país. Ele disse ainda que o governo não discutiu uma eventual mudança na meta de inflação de 2011, mas que, no momento, não vê necessidade de um movimento nesse sentido. "A valorização do câmbio resulta do entusiasmo dos investidores com o Brasil, porque o Brasil oferece condições mais estáveis e seguras e as facilidades necessárias, (mas) a valorização atrapalha o setor produtor, exportador e de agricultura, e de fato é fator de preocupação", afirmou ele a jornalistas após evento em São Paulo. "Mas devemos olhar pelo lado positivo, há mais investidores externos interessados no Brasil", disse. Questionado sobre como o governo poderia resolver essa questão, ele apenas afirmou que o Banco Central já está realizando leilões de compra de dólar no mercado. Mantega disse que o crédito ainda não está em um patamar ideal e seu custo segue alto, mas que já houve uma melhora desde os picos da crise. "Tanto é verdade que na primeira melhora que ocorreu lá fora já houve um forte fluxo de capitais para o Brasil", disse ele, citando ainda o patamar elevados das reservas como razões para a solidez da economia. Mantega disse ainda que o governo quer reduzir o spread bancário, tanto dos bancos estatais como dos privados e que "vamos fazer isso nos próximos meses". (Redação - Agência JB Online)
Wednesday, May 20, 2009
PRODUCCION DE ACERO CAE 20% EN ABRIL
Produção mundial de aço cai mais de 20% em abril
SÃO PAULO, 20 de maio de 2009 - A produção mundial de aço em abril foi de 89 milhões de toneladas métricas, uma redução de 23,6% na comparação com abril de 2008, informou a a World Steel Association, associação que engloba os produtores e vendedores de aço.
Nos quatro primeiros meses do ano, a produção totalizou 354 milhões de toneladas métricas, 22,7% a menos que no mesmo período do ano passado. A recessão mundial afetou todas as regiões do planeta.
No continente americano, a produção em abril caiu 53,4% nos Estados Unidos (a 3,9 milhões de toneladas métricas) e 40,7% no Brasil (1,7 milhão).
Na Ásia, a contração foi de 3,9% na China (43,4 milhões), 43,6% no Japão (5,7) e 10,5% na Coreia do Sul (4,1).
A União Europeia (UE) registrou queda de 48,6% (a 9,5 milhões de toneladas métricas). Na Rússia e nas antigas repúblicas soviéticas a queda foi de 30,1% (a 7,4 milhões de toneladas métricas).
A World Steel Association representa 180 países, responsáveis por 85% da produção mundial.
(Redação com agências internacionais - InvestNews)
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SÃO PAULO, 20 de maio de 2009 - A produção mundial de aço em abril foi de 89 milhões de toneladas métricas, uma redução de 23,6% na comparação com abril de 2008, informou a a World Steel Association, associação que engloba os produtores e vendedores de aço.
Nos quatro primeiros meses do ano, a produção totalizou 354 milhões de toneladas métricas, 22,7% a menos que no mesmo período do ano passado. A recessão mundial afetou todas as regiões do planeta.
No continente americano, a produção em abril caiu 53,4% nos Estados Unidos (a 3,9 milhões de toneladas métricas) e 40,7% no Brasil (1,7 milhão).
Na Ásia, a contração foi de 3,9% na China (43,4 milhões), 43,6% no Japão (5,7) e 10,5% na Coreia do Sul (4,1).
A União Europeia (UE) registrou queda de 48,6% (a 9,5 milhões de toneladas métricas). Na Rússia e nas antigas repúblicas soviéticas a queda foi de 30,1% (a 7,4 milhões de toneladas métricas).
A World Steel Association representa 180 países, responsáveis por 85% da produção mundial.
(Redação com agências internacionais - InvestNews)
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Monday, May 11, 2009
EL COMERCIO DE BRASIL CON AMERICA LATINA CAE A 30 % HASTA ABRIL
Comércio do Brasil com a AL recua 30% até abril
Brasília, 11 de Maio de 2009 - O Brasil registrou fortes perdas no comércio com os parceiros da América Latina e Caribe, onde o governo tem trabalhado para aumentar as vendas nos últimos anos. A corrente de comércio caiu mais de 30% entre janeiro e abril, na comparação com igual período do ano passado. O valor gerado por compras e vendas entre as partes somou US$ 15,5 bilhões, resultado de exportações de US$ 9,25 bilhões e importações de US$ 6,255 bilhões. O superávit comercial com a região caiu 40%, de US$ 5,33 bilhões para US$ 3 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, atribui a queda das vendas dos produtos brasileiros ao bloco à perda de mercado para os chineses. "O Brasil tem sido generoso com os países vizinhos", diz.
A4(Gazeta Mercantil/1ª Página - Pág. 1)(Viviane Monteiro)
Brasília, 11 de Maio de 2009 - O Brasil registrou fortes perdas no comércio com os parceiros da América Latina e Caribe, onde o governo tem trabalhado para aumentar as vendas nos últimos anos. A corrente de comércio caiu mais de 30% entre janeiro e abril, na comparação com igual período do ano passado. O valor gerado por compras e vendas entre as partes somou US$ 15,5 bilhões, resultado de exportações de US$ 9,25 bilhões e importações de US$ 6,255 bilhões. O superávit comercial com a região caiu 40%, de US$ 5,33 bilhões para US$ 3 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, atribui a queda das vendas dos produtos brasileiros ao bloco à perda de mercado para os chineses. "O Brasil tem sido generoso com os países vizinhos", diz.
A4(Gazeta Mercantil/1ª Página - Pág. 1)(Viviane Monteiro)
Saturday, May 9, 2009
AUMENTO DEL NIVEL DE EMPLEO BRASIL
Com a divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do
MTE, observa-se melhoria no emprego formal no Brasil, apesar de haver quedas concentradas em determinados setores e regiões. O aumento geral líquido de quase 35 mil postos de trabalho pelo regime CLT no mês de março constitui dado positivo, após crescimento modesto em fevereiro e quedas de novembro de 2008 a janeiro deste ano.
Nota-se também que a diminuição do total acumulado de empregos nos últimos doze
meses vem sendo mitigada.
Com relação aos setores econômicos, notase a continuidade das demissões na indústria
de transformação, enquanto outras atividades, em especial os serviços e o comércio, vêm possibilitando a reversão no saldo negativo nos últimos meses. A indústria de transformação caiu pela quinta vez consecutiva desde novembro de 2008 e tem explicado a maior parte do desempenho recente do emprego formal (ver Painel no.
21). O subsetor que mais influenciou a queda de quase 36 mil empregos da indústria em março foi o metalúrgico, que perdeu quase 12 mil postos líquidos de trabalho. A reversão verificada nos últimos dois meses, por sua vez, pode ser atribuída principalmente aos setores de comércio, cujo saldo negativo vem diminuindo consideravelmente, e de serviços, cujo saldo positivo vem mantendo-se alto. Nos serviços, o subsetor mais influente foi o de educação, que gerou quase 19 mil empregos.
Do ponto de vista regional, a diminuição dos postos de trabalho se deu de maneira mais acentuada no Nordeste, com baixa de mais de 40 mil postos de trabalho. Houve também queda no Norte, mas o nível de emprego aumentou em todas as outras regiões, sobretudo no Sudeste, onde foram gerados mais de 50 mil empregos.
MTE, observa-se melhoria no emprego formal no Brasil, apesar de haver quedas concentradas em determinados setores e regiões. O aumento geral líquido de quase 35 mil postos de trabalho pelo regime CLT no mês de março constitui dado positivo, após crescimento modesto em fevereiro e quedas de novembro de 2008 a janeiro deste ano.
Nota-se também que a diminuição do total acumulado de empregos nos últimos doze
meses vem sendo mitigada.
Com relação aos setores econômicos, notase a continuidade das demissões na indústria
de transformação, enquanto outras atividades, em especial os serviços e o comércio, vêm possibilitando a reversão no saldo negativo nos últimos meses. A indústria de transformação caiu pela quinta vez consecutiva desde novembro de 2008 e tem explicado a maior parte do desempenho recente do emprego formal (ver Painel no.
21). O subsetor que mais influenciou a queda de quase 36 mil empregos da indústria em março foi o metalúrgico, que perdeu quase 12 mil postos líquidos de trabalho. A reversão verificada nos últimos dois meses, por sua vez, pode ser atribuída principalmente aos setores de comércio, cujo saldo negativo vem diminuindo consideravelmente, e de serviços, cujo saldo positivo vem mantendo-se alto. Nos serviços, o subsetor mais influente foi o de educação, que gerou quase 19 mil empregos.
Do ponto de vista regional, a diminuição dos postos de trabalho se deu de maneira mais acentuada no Nordeste, com baixa de mais de 40 mil postos de trabalho. Houve também queda no Norte, mas o nível de emprego aumentou em todas as outras regiões, sobretudo no Sudeste, onde foram gerados mais de 50 mil empregos.
RECUPERACION DE LA ECONOMIA BRASILERA
Os indicadores de volume de vendas, publicados na Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, mostram sinais de recuperação da economia na série com ajuste sazonal.
Enquanto o nível de produção da indústria ainda se encontrava abaixo do pico verificado
no ano passado (ver Painel no. 23), as vendas no varejo ultrapassaram, em fevereiro de 2009, o nível mais alto de 2008, o que deve incentivar a retomada da produção. Explicam esse desempenho positivo o reajuste do salário mínimo, a inflação declinante, a redução de IPI para
automóveis e a sustentação da renda apesar da crise.
O índice de volume de vendas no varejo, que teve declínio moderado após o recrudescimento da crise em setembro do ano passado, alcançou 151 em fevereiro, obtendo 3,3% de aumento nesse mês com relação a dezembro de 2008. O índice para as vendas de veículos elevou-se significativamente com a redução do IPI em dezembro e chegou a 180 em fevereiro, um aumento de 20% ante novembro, o que ainda está, no entanto, abaixo do nível de setembro de 2008. O índice de vendas de materiais de construção, em queda desde julho de 2008, foi de 109 em fevereiro, crescendo 3,8% com relação a janeiro de 2009.
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA De acordo com os dados publicados pela Anfavea, verificou-se novo aumento na produção de veículos automotores em março com respeito a fevereiro de 2009. Mesmo que se observe recuo em comparação com o ano anterior, momento de grande quecimento da economia, esse setor vem demonstrando significativa recuperação.
O aumento da produção em março frente a fevereiro foi generalizado, com destaque para o
forte desempenho dos veículos leves. O volume de veículos leves, estimulado pelo
crescimento das vendas, alcançou 260 mil unidades em março, aumento de 35% com relação a fevereiro de 2009. O patamar de março é cerca de 5% inferior ao de outubro de 2008, quando a crise se tornou mais forte. Os outros tipos de veículos desse setor, por seu turno, também tiveram recuperação considerável em março, com aumento no volume de máquinas agrícolas (27,9%), de caminhões (22,7%) e de ônibus (12,6%).
Enquanto o nível de produção da indústria ainda se encontrava abaixo do pico verificado
no ano passado (ver Painel no. 23), as vendas no varejo ultrapassaram, em fevereiro de 2009, o nível mais alto de 2008, o que deve incentivar a retomada da produção. Explicam esse desempenho positivo o reajuste do salário mínimo, a inflação declinante, a redução de IPI para
automóveis e a sustentação da renda apesar da crise.
O índice de volume de vendas no varejo, que teve declínio moderado após o recrudescimento da crise em setembro do ano passado, alcançou 151 em fevereiro, obtendo 3,3% de aumento nesse mês com relação a dezembro de 2008. O índice para as vendas de veículos elevou-se significativamente com a redução do IPI em dezembro e chegou a 180 em fevereiro, um aumento de 20% ante novembro, o que ainda está, no entanto, abaixo do nível de setembro de 2008. O índice de vendas de materiais de construção, em queda desde julho de 2008, foi de 109 em fevereiro, crescendo 3,8% com relação a janeiro de 2009.
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA De acordo com os dados publicados pela Anfavea, verificou-se novo aumento na produção de veículos automotores em março com respeito a fevereiro de 2009. Mesmo que se observe recuo em comparação com o ano anterior, momento de grande quecimento da economia, esse setor vem demonstrando significativa recuperação.
O aumento da produção em março frente a fevereiro foi generalizado, com destaque para o
forte desempenho dos veículos leves. O volume de veículos leves, estimulado pelo
crescimento das vendas, alcançou 260 mil unidades em março, aumento de 35% com relação a fevereiro de 2009. O patamar de março é cerca de 5% inferior ao de outubro de 2008, quando a crise se tornou mais forte. Os outros tipos de veículos desse setor, por seu turno, também tiveram recuperação considerável em março, com aumento no volume de máquinas agrícolas (27,9%), de caminhões (22,7%) e de ônibus (12,6%).
Wednesday, May 6, 2009
PREVISAO DE RECUPERACAO PARA SEGUNDO SEMESTRE
Economistas preveem recuperação da economia no segundo semestre
PIB deve voltar a crescer nos próximos trimestres e registrar expansão 'saudável' em 2010, dizem analistas.
- A economia brasileira deverá começar a se recuperar a partir do segundo semestre e, em 2010, apresentar crescimento "saudável", disseram nesta quarta-feira os economistas Gustavo Loyola e Luiz Carlos Mendonça de Barros, em palestra na Associação Comercial de São Paulo. "Acho que no terceiro trimestre já teremos um PIB (Produto Interno Bruto) positivo no Brasil", disse Mendonça de Barros, sócio-diretor da Quest Investimentos e ex-ministro das Comunicações. Apesar de prever retração de 1,5% no PIB de 2009, provocada principalmente pela redução nos investimentos e queda nas exportações de manufaturados desde o agravamento da crise mundial, Mendonça de Barros se diz otimista com a economia brasileira e aposta em uma recuperação gradual ao longo dos próximos trimestres. Para 2010, o economista prevê crescimento entre 2% e 2,5%. O consumo interno, a massa salarial ainda em crescimento e a retomada gradual do crédito são elementos importantes na recuperação, disse Mendonça de Barros. "O nosso crescimento neste ano vem todo do consumo. Mas o ajuste da produção industrial para exportação e para investimento é maior do que o crescimento do PIB via consumo. Na hora em que esse ajuste na indústria se estabilizar, o PIB volta a ser positivo", disse. Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, é mais otimista. Ele prevê estabilização já neste segundo trimestre, e uma recuperação maior no PIB do terceiro e do quarto trimestres deste ano. Sua previsão é de que o Brasil feche 2009 com crescimento próximo de zero e, em 2010, registre expansão entre 3% e 3,5%. Estados Unidos Segundo os economistas, esse desempenho é prova de que o Brasil está menos vulnerável do que em períodos anteriores e deve sair mais forte desta crise. Mendonça de Barros disse que o Brasil "passou no teste da crise" comresultados satisfatórios e e hoje está "mais forte e confiante". No entanto, o desempenho da economia brasileira nos próximos meses ainda depende muito do que acontecer no resto do mundo e, em especial, nos Estados Unidos. Mendonça de Barros afirmou que a aparente recuperação registrada recentemente é fruto de uma intervenção "muito forte" do governo americano na economia. "Agora é preciso ver se vai pegar no tranco", disse. Para Loyola, "a crise ainda não terminou". "O que se questiona agora é até quando os estímulos fiscais e monetários serão suficientes para as economias do G7 (grupo formado pelas sete maiores economias do mundo) voltarem a crescer no ano que vem", disse. De acordo com Mendonça de Barros, o mundo terá de se ajustar à diminuição do nível de consumo dos americano. Esse consumo alavancou várias economias, inclusive a chinesa. A China é apontado pelos dois economistas como um dos motores que poderão ajudar a superação da crise. "A China ainda mostra sinais de robustez, dever crescer entre 6,5% e 7% neste ano, e mantém a demanda internacional por commodities", disse Loyola. Para o diretor da Tendências, a força das exportações de commodities é um dos fatores que ajudaram o Brasil a enfrentar a crise. Loyola disse que o Brasil tem um comércio bem diversificado, tanto em termos de produtos quanto de mercados, e não é dependente das exportações para nenhum país em particular. "As exportações brasileiras caíram, mas estão sustentadas pela exportação de commodities", disse Mendonça de Barros. Mesmo no caso de um agravamento da crise internacional, os economistas acreditam que o Brasil está mais preparado. "Se a crise se agravar internacionalmente, o Brasil terá suas condições de crescimento prejudicadas. Mas isso não significa que o Brasil vai parar", disse Loyola. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
PIB deve voltar a crescer nos próximos trimestres e registrar expansão 'saudável' em 2010, dizem analistas.
- A economia brasileira deverá começar a se recuperar a partir do segundo semestre e, em 2010, apresentar crescimento "saudável", disseram nesta quarta-feira os economistas Gustavo Loyola e Luiz Carlos Mendonça de Barros, em palestra na Associação Comercial de São Paulo. "Acho que no terceiro trimestre já teremos um PIB (Produto Interno Bruto) positivo no Brasil", disse Mendonça de Barros, sócio-diretor da Quest Investimentos e ex-ministro das Comunicações. Apesar de prever retração de 1,5% no PIB de 2009, provocada principalmente pela redução nos investimentos e queda nas exportações de manufaturados desde o agravamento da crise mundial, Mendonça de Barros se diz otimista com a economia brasileira e aposta em uma recuperação gradual ao longo dos próximos trimestres. Para 2010, o economista prevê crescimento entre 2% e 2,5%. O consumo interno, a massa salarial ainda em crescimento e a retomada gradual do crédito são elementos importantes na recuperação, disse Mendonça de Barros. "O nosso crescimento neste ano vem todo do consumo. Mas o ajuste da produção industrial para exportação e para investimento é maior do que o crescimento do PIB via consumo. Na hora em que esse ajuste na indústria se estabilizar, o PIB volta a ser positivo", disse. Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, é mais otimista. Ele prevê estabilização já neste segundo trimestre, e uma recuperação maior no PIB do terceiro e do quarto trimestres deste ano. Sua previsão é de que o Brasil feche 2009 com crescimento próximo de zero e, em 2010, registre expansão entre 3% e 3,5%. Estados Unidos Segundo os economistas, esse desempenho é prova de que o Brasil está menos vulnerável do que em períodos anteriores e deve sair mais forte desta crise. Mendonça de Barros disse que o Brasil "passou no teste da crise" comresultados satisfatórios e e hoje está "mais forte e confiante". No entanto, o desempenho da economia brasileira nos próximos meses ainda depende muito do que acontecer no resto do mundo e, em especial, nos Estados Unidos. Mendonça de Barros afirmou que a aparente recuperação registrada recentemente é fruto de uma intervenção "muito forte" do governo americano na economia. "Agora é preciso ver se vai pegar no tranco", disse. Para Loyola, "a crise ainda não terminou". "O que se questiona agora é até quando os estímulos fiscais e monetários serão suficientes para as economias do G7 (grupo formado pelas sete maiores economias do mundo) voltarem a crescer no ano que vem", disse. De acordo com Mendonça de Barros, o mundo terá de se ajustar à diminuição do nível de consumo dos americano. Esse consumo alavancou várias economias, inclusive a chinesa. A China é apontado pelos dois economistas como um dos motores que poderão ajudar a superação da crise. "A China ainda mostra sinais de robustez, dever crescer entre 6,5% e 7% neste ano, e mantém a demanda internacional por commodities", disse Loyola. Para o diretor da Tendências, a força das exportações de commodities é um dos fatores que ajudaram o Brasil a enfrentar a crise. Loyola disse que o Brasil tem um comércio bem diversificado, tanto em termos de produtos quanto de mercados, e não é dependente das exportações para nenhum país em particular. "As exportações brasileiras caíram, mas estão sustentadas pela exportação de commodities", disse Mendonça de Barros. Mesmo no caso de um agravamento da crise internacional, os economistas acreditam que o Brasil está mais preparado. "Se a crise se agravar internacionalmente, o Brasil terá suas condições de crescimento prejudicadas. Mas isso não significa que o Brasil vai parar", disse Loyola. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Friday, May 1, 2009
ECONOMIA BRASIL REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS
Economia3. Juros caem e poupança já paga mais que fundosO Banco Central anunciou ontem a redução da taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto porcentual, para 10,25% ao ano. Com esse corte, a Selic chegou ao menor nível de sua série histórica, iniciada em 1996, e fez com que o Brasil deixasse a incômoda posição de líder no ranking das maiores taxas de juros reais do mundo – com 5,8%, ficaremos atrás da China (6,6%) e da Hungria (6,4%). O Globo (íntegra para assinantes) mostra que a redução da Selic torna a caderneta de poupança ainda mais atraente para o pequeno investidor. Segundo cálculos do matemático José Dutra Sobrinho, o rendimento da poupança deve ficar em 0,58% ao mês, nível superior aos de fundos de renda fixa com taxa de administração de 1,5% ao ano ou superior.
Monday, April 20, 2009
BRASIL: EXPORTACOES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Brasil exporta US$ 1,4 bi e fica em quinto lugar
São Paulo, 17 de Abril de 2009 - O Brasil terá de manter um ritmo de aprimoramento contínuo se quiser concorrer no mercado de terceirização no exterior de serviços de tecnologia da informação (TI) e de processos de negócios (como recursos humanos, logística ou call centers) - também conhecido pelo termo em inglês de "information technology and business process offshore outsourcing" (ITO-BPO).
Tal esforço tem um sentido estratégico, pois esse mercado cresce a taxas vigorosas. Só entre 2004 e 2008, a média anual composta de sua expansão no mundo foi de 40%, ante os 3% de crescimento registrados nos mercados domésticos para esses serviços no mesmo período.
Em 2008 esse mar de oportunidades de exportação de serviços somou nos cinco continentes US$ 70 bilhões. A fatia captada para o Brasil foi de US$ 1,4 bilhão, ante os US$ 41 bilhões da Índia, US$ 3 bilhões da China e US$ 2,9 bilhões do México. E esse bolo tende a crescer. As estimativas para a captação de serviços terceirizados de TI no exterior dão conta de um mercado de US$ 101 bilhões em 2010.
Essas são algumas das conclusões do estudo da consultoria internacional AT Kearney, encomendado pelo governo federal por meio de vários órgãos, como o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior (MDIC), o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as Agências Brasileiras de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), numa parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Seus resultados foram apresentados, ontem, em Brasília. O documento final foi apontado como um importante instrumento para orientar ações do governo federal e da iniciativa privada para superar os gargalos nacionais e ampliar a participação do Brasil frente a outros destinos.
Entre os quais a carga fiscal é desencorajadora. Impostos sobre a folha somam até 53,1% dos recursos pagos aos salários, ante médias de 29,3% na Argentina, 31,4%, no México; 35%, na China; e 16,8% na Índia. Outro aspecto que encarece são os salários brasileiros, mais altos que em outras partes do Terceiro Mundo. De acordo com o estudo, as melhores chances do País dizem respeito a um posicionamento de destino diferenciado, especializado em nichos de mercado para grandes clientes de setores que exigem grande especialização. Exemplos nesse sentido são os setores financeiro e governamental. Segundo o estudo, o sofisticado mercado interno brasileiro tem fôlego e especialização, ainda, para dar conta das demandas de setores como varejo, manufatura, comunicações e serviços. AT Kearney avalia que os potenciais compradores desses serviços estão nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Ainda assim, em comparação com a Índia, o País tem muito campo para crescer: o mercado das maiores cinco empresas indianas é 2,6 vezes maior que suas equivalentes brasileiras; e 7,6 vezes maior no que tange ao faturamento de serviços exportados. Ou seja, o desenvolvimento de empresas nacionais deveria ser o foco para garantir ao Brasil mais músculos em termos de capacidade e escala.
São Paulo, 17 de Abril de 2009 - O Brasil terá de manter um ritmo de aprimoramento contínuo se quiser concorrer no mercado de terceirização no exterior de serviços de tecnologia da informação (TI) e de processos de negócios (como recursos humanos, logística ou call centers) - também conhecido pelo termo em inglês de "information technology and business process offshore outsourcing" (ITO-BPO).
Tal esforço tem um sentido estratégico, pois esse mercado cresce a taxas vigorosas. Só entre 2004 e 2008, a média anual composta de sua expansão no mundo foi de 40%, ante os 3% de crescimento registrados nos mercados domésticos para esses serviços no mesmo período.
Em 2008 esse mar de oportunidades de exportação de serviços somou nos cinco continentes US$ 70 bilhões. A fatia captada para o Brasil foi de US$ 1,4 bilhão, ante os US$ 41 bilhões da Índia, US$ 3 bilhões da China e US$ 2,9 bilhões do México. E esse bolo tende a crescer. As estimativas para a captação de serviços terceirizados de TI no exterior dão conta de um mercado de US$ 101 bilhões em 2010.
Essas são algumas das conclusões do estudo da consultoria internacional AT Kearney, encomendado pelo governo federal por meio de vários órgãos, como o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior (MDIC), o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as Agências Brasileiras de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), numa parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Seus resultados foram apresentados, ontem, em Brasília. O documento final foi apontado como um importante instrumento para orientar ações do governo federal e da iniciativa privada para superar os gargalos nacionais e ampliar a participação do Brasil frente a outros destinos.
Entre os quais a carga fiscal é desencorajadora. Impostos sobre a folha somam até 53,1% dos recursos pagos aos salários, ante médias de 29,3% na Argentina, 31,4%, no México; 35%, na China; e 16,8% na Índia. Outro aspecto que encarece são os salários brasileiros, mais altos que em outras partes do Terceiro Mundo. De acordo com o estudo, as melhores chances do País dizem respeito a um posicionamento de destino diferenciado, especializado em nichos de mercado para grandes clientes de setores que exigem grande especialização. Exemplos nesse sentido são os setores financeiro e governamental. Segundo o estudo, o sofisticado mercado interno brasileiro tem fôlego e especialização, ainda, para dar conta das demandas de setores como varejo, manufatura, comunicações e serviços. AT Kearney avalia que os potenciais compradores desses serviços estão nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Ainda assim, em comparação com a Índia, o País tem muito campo para crescer: o mercado das maiores cinco empresas indianas é 2,6 vezes maior que suas equivalentes brasileiras; e 7,6 vezes maior no que tange ao faturamento de serviços exportados. Ou seja, o desenvolvimento de empresas nacionais deveria ser o foco para garantir ao Brasil mais músculos em termos de capacidade e escala.
RITMO DO PAC , SO 28%
Ritmo do PAC não reflete o discurso de Lula
Presidente quer investimento público contra crise, mas até agora seu governo só gastou 28% do que podia ,Renée Pereira,Tamanho do texto? A A A A
O desempenho do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está longe de refletir o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa da ampliação dos investimentos públicos para enfrentar a crise mundial. Nos dois primeiros anos de existência do PAC, o governo federal conseguiu gastar apenas 28% do orçamento destinado aos projetos. Agora, se quiserem cumprir o cronograma previsto e inaugurar as obras até 2010, ano da eleição do substituto de Lula, os ministérios terão de gastar mais de R$ 37 bilhões em apenas um ano, o dobro da soma das execuções de 2007 e 2008, segundo cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).Os primeiros números do ano, no entanto, não apontam para este caminho. Até 31 de março, o governo havia gasto apenas 4% dos recursos disponíveis. Se forem excluídos os valores de restos a pagar (empenhados em anos anteriores, mas não desembolsados), a execução cai perigosamente para 0,8% do orçamento atual. Nesse ritmo, especialistas calculam que apenas metade das obras do PAC, que dependem de recursos do governo, será concluída até o ano que vem."O que podemos concluir é que há muita propaganda e nenhuma gestão para acelerar os investimentos", afirma o professor de avaliação de empresas do Ibmec São Paulo, Eduardo Padilha, especialista em infraestrutura.A crítica é que, apesar de haver recursos disponíveis para os investimentos, o dinheiro não chega na ponta final. Exemplo disso é que uma prática que deveria ser exceção acabou virando regra no Brasil. Trata-se dos restos a pagar. Segundo os dados da CNI, o País iniciou o ano com mais de R$ 18 bilhões referentes a recursos de orçamentos passados que não foram pagos até hoje. No início de 2008, esse número estava em R$ 12,8 bilhões. "O crescimento dessa conta é um reflexo da morosidade das obras no Brasil, já que é a última etapa da execução orçamentária", diz o especialista em contas públicas, Raul Velloso.Ele explica que o motivo de tanta lentidão está na estrutura ultrapassada da gestão pública. Não faltam problemas para reduzir a velocidade das obras. Entre elas estão as dificuldades no licenciamento ambiental dos projetos e as paralisações do Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades no processo.No último relatório do órgão, de 2008, havia 11 empreendimentos do PAC com recomendação de paralisação das obras e 10 com retenção cautelar.Há ainda questões como projetos executivos mal elaborados, que precisam de revisão no meio do caminho, além de falta de mão de obra qualificada para conduzir os projetos com eficiência. A soma de todos esses entraves resulta na morosidade da execução orçamentária, afirma o vice-presidente da CNI, José de Freitas Mascarenhas.O efeito disso é que alguns projetos ficam anos em obras por causa da descontinuidade do processo. O cronograma da avenida perimetral da margem direita do Porto de Santos, essencial para melhorar a operação no maior complexo portuário da América Latina, era para estar pronto em junho de 2008. Depois de tantas paralisações e revisões, a expectativa agora é concluir a construção em dezembro deste ano.Também no setor portuário, o programa nacional de dragagem para elevar o aprofundamento dos canais brasileiros está com o cronograma original bastante comprometido e dificilmente será cumprido.Vários portos não tinham o projeto básico elaborado nem licença ambiental para o lançamento do edital de licitação. Os serviços de dragagem, que vão custar R$ 1,5 bilhão, estavam previstos para terminar entre o último trimestre deste ano e o primeiro semestre de 2010. Mas alguns ainda nem tem o edital publicado.No setor rodoviário, obras em dois trechos da BR-101, no Nordeste, estavam com suspeitas de irregularidades. Até o último balanço do PAC, o problema não havia sido solucionado. Segundo especialistas, esse tipo de pendência acaba desviando o foco dos ministérios no esforço de melhorar a infraestrutura do País. Mas muitas vezes o problema está na qualidade dos projetos, que dão margens a erros. "O que o Brasil precisa é de projetos de engenharia de qualidade, que faça uma definição virtual do empreendimento, que permita um planejamento adequado para a construção", destaca o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi. Na avaliação dele, hoje o PAC apenas anda onde há capacidade organizada para gastar. "Sem isso, o gasto se transforma em desperdício."A opinião é compartilhada pelo presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Luiz Fernando Santos Reis. Para ele, se o governo quer usar os investimentos de infraestrutura para combater os efeitos da crise, será necessário mudar a máquina pública.Mas isso, reconhecem os especialistas, não é algo que se consegue fazer do dia para o outro. "Para melhorar a gestão, o governo precisa fazer uma reengenharia das equipes e novos entendimentos com TCU e Ministério Público", completa o Mascarenhas, do CNI.
Presidente quer investimento público contra crise, mas até agora seu governo só gastou 28% do que podia ,Renée Pereira,Tamanho do texto? A A A A
O desempenho do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está longe de refletir o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa da ampliação dos investimentos públicos para enfrentar a crise mundial. Nos dois primeiros anos de existência do PAC, o governo federal conseguiu gastar apenas 28% do orçamento destinado aos projetos. Agora, se quiserem cumprir o cronograma previsto e inaugurar as obras até 2010, ano da eleição do substituto de Lula, os ministérios terão de gastar mais de R$ 37 bilhões em apenas um ano, o dobro da soma das execuções de 2007 e 2008, segundo cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).Os primeiros números do ano, no entanto, não apontam para este caminho. Até 31 de março, o governo havia gasto apenas 4% dos recursos disponíveis. Se forem excluídos os valores de restos a pagar (empenhados em anos anteriores, mas não desembolsados), a execução cai perigosamente para 0,8% do orçamento atual. Nesse ritmo, especialistas calculam que apenas metade das obras do PAC, que dependem de recursos do governo, será concluída até o ano que vem."O que podemos concluir é que há muita propaganda e nenhuma gestão para acelerar os investimentos", afirma o professor de avaliação de empresas do Ibmec São Paulo, Eduardo Padilha, especialista em infraestrutura.A crítica é que, apesar de haver recursos disponíveis para os investimentos, o dinheiro não chega na ponta final. Exemplo disso é que uma prática que deveria ser exceção acabou virando regra no Brasil. Trata-se dos restos a pagar. Segundo os dados da CNI, o País iniciou o ano com mais de R$ 18 bilhões referentes a recursos de orçamentos passados que não foram pagos até hoje. No início de 2008, esse número estava em R$ 12,8 bilhões. "O crescimento dessa conta é um reflexo da morosidade das obras no Brasil, já que é a última etapa da execução orçamentária", diz o especialista em contas públicas, Raul Velloso.Ele explica que o motivo de tanta lentidão está na estrutura ultrapassada da gestão pública. Não faltam problemas para reduzir a velocidade das obras. Entre elas estão as dificuldades no licenciamento ambiental dos projetos e as paralisações do Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades no processo.No último relatório do órgão, de 2008, havia 11 empreendimentos do PAC com recomendação de paralisação das obras e 10 com retenção cautelar.Há ainda questões como projetos executivos mal elaborados, que precisam de revisão no meio do caminho, além de falta de mão de obra qualificada para conduzir os projetos com eficiência. A soma de todos esses entraves resulta na morosidade da execução orçamentária, afirma o vice-presidente da CNI, José de Freitas Mascarenhas.O efeito disso é que alguns projetos ficam anos em obras por causa da descontinuidade do processo. O cronograma da avenida perimetral da margem direita do Porto de Santos, essencial para melhorar a operação no maior complexo portuário da América Latina, era para estar pronto em junho de 2008. Depois de tantas paralisações e revisões, a expectativa agora é concluir a construção em dezembro deste ano.Também no setor portuário, o programa nacional de dragagem para elevar o aprofundamento dos canais brasileiros está com o cronograma original bastante comprometido e dificilmente será cumprido.Vários portos não tinham o projeto básico elaborado nem licença ambiental para o lançamento do edital de licitação. Os serviços de dragagem, que vão custar R$ 1,5 bilhão, estavam previstos para terminar entre o último trimestre deste ano e o primeiro semestre de 2010. Mas alguns ainda nem tem o edital publicado.No setor rodoviário, obras em dois trechos da BR-101, no Nordeste, estavam com suspeitas de irregularidades. Até o último balanço do PAC, o problema não havia sido solucionado. Segundo especialistas, esse tipo de pendência acaba desviando o foco dos ministérios no esforço de melhorar a infraestrutura do País. Mas muitas vezes o problema está na qualidade dos projetos, que dão margens a erros. "O que o Brasil precisa é de projetos de engenharia de qualidade, que faça uma definição virtual do empreendimento, que permita um planejamento adequado para a construção", destaca o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi. Na avaliação dele, hoje o PAC apenas anda onde há capacidade organizada para gastar. "Sem isso, o gasto se transforma em desperdício."A opinião é compartilhada pelo presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Luiz Fernando Santos Reis. Para ele, se o governo quer usar os investimentos de infraestrutura para combater os efeitos da crise, será necessário mudar a máquina pública.Mas isso, reconhecem os especialistas, não é algo que se consegue fazer do dia para o outro. "Para melhorar a gestão, o governo precisa fazer uma reengenharia das equipes e novos entendimentos com TCU e Ministério Público", completa o Mascarenhas, do CNI.
Sunday, April 19, 2009
NUEVAS FRONTERAS PARA INVERSIONES
New Frontiers for Attracting Investment: Asia and the Middle East
• Lord Brennan • Luiz Fernando Furlan • Javier Santiso• Alessandro TeixeiraChaired by • Kellie Meiman ,Thursday 16 April11.00-12.00
“The era of OECD countries being the centre of the universe is over,” said Kellie Meiman, Managing Director, McLarty Associates, USA, the session moderator. The boom in trade and investment between Latin America, Asia and the Middle East is likely to continue despite the crisis, panellists agreed.
• There is a “historical window of opportunity” for foreign direct investment from Asia and the Middle East into Latin America, said Alessandro Teixeira, President, World Association of Investment Promotion Agencies (WAIPA), Switzerland. Even if global FDI drops 20-30% in 2009, FDI from Asia and Middle East into Latin America will remain strong. “There are brilliant opportunities, not just for mergers and acquisitions, but also for strategic alliances,” Teixeira said.
• “The boom in South-South relations is a major historical shift which the crisis will not stop,” said Javier Santiso, Director and Chief Development Economist, Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), Paris. Santiso added that the shift is not simply in terms of booming trade and investment among different emerging markets, but it also consists of a “major cognitive shift”. He noted that the Bank of China has issued currency swap lines over the past year not just to other Asian countries, but also to Argentina, while many emerging markets have proved to be less volatile destinations for investment than some OECD countries.
• If Latin America is to take advantage of the opportunity offered by investors from Asia and the Middle East, then it must improve infrastructure, education and its legal framework. “You need clear laws on how you can acquire land in foreign countries for long-term use,” said Lord Brennan, Member of the Board, Matrix Chambers, United Kingdom. Latin American schools need to start teaching Asian languages. “Young people in the region must learn that South-South is the future,” Brennan said. Infrastructure projects in the region may prove interesting to international investors, he added, including sovereign wealth funds, which have been increasingly taking a long-term investment perspective.
• The economic reforms and growth opportunities of Latin American countries should be made better known abroad, through summits, conferences and missions. “We have plenty of opportunities in the region, but most countries do not know of them,” said Luiz Fernando Furlan, President, Foundation for a Sustainable Amazon, Brazil.
• Although Latin America’s need for capital, Asia’s need for natural resources and the Middle East’s need for a stable food supply make the three regions complementary economic blocs, opportunities go beyond these three factors. Latin American companies are increasingly investing abroad, while Asian and Middle Eastern companies are investing in services and technology in Latin America. Furlan noted that the positive experiences of several Latin American countries with clean energy projects might also provide an opportunity for further trade with Asia.
• Lord Brennan • Luiz Fernando Furlan • Javier Santiso• Alessandro TeixeiraChaired by • Kellie Meiman ,Thursday 16 April11.00-12.00
“The era of OECD countries being the centre of the universe is over,” said Kellie Meiman, Managing Director, McLarty Associates, USA, the session moderator. The boom in trade and investment between Latin America, Asia and the Middle East is likely to continue despite the crisis, panellists agreed.
• There is a “historical window of opportunity” for foreign direct investment from Asia and the Middle East into Latin America, said Alessandro Teixeira, President, World Association of Investment Promotion Agencies (WAIPA), Switzerland. Even if global FDI drops 20-30% in 2009, FDI from Asia and Middle East into Latin America will remain strong. “There are brilliant opportunities, not just for mergers and acquisitions, but also for strategic alliances,” Teixeira said.
• “The boom in South-South relations is a major historical shift which the crisis will not stop,” said Javier Santiso, Director and Chief Development Economist, Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), Paris. Santiso added that the shift is not simply in terms of booming trade and investment among different emerging markets, but it also consists of a “major cognitive shift”. He noted that the Bank of China has issued currency swap lines over the past year not just to other Asian countries, but also to Argentina, while many emerging markets have proved to be less volatile destinations for investment than some OECD countries.
• If Latin America is to take advantage of the opportunity offered by investors from Asia and the Middle East, then it must improve infrastructure, education and its legal framework. “You need clear laws on how you can acquire land in foreign countries for long-term use,” said Lord Brennan, Member of the Board, Matrix Chambers, United Kingdom. Latin American schools need to start teaching Asian languages. “Young people in the region must learn that South-South is the future,” Brennan said. Infrastructure projects in the region may prove interesting to international investors, he added, including sovereign wealth funds, which have been increasingly taking a long-term investment perspective.
• The economic reforms and growth opportunities of Latin American countries should be made better known abroad, through summits, conferences and missions. “We have plenty of opportunities in the region, but most countries do not know of them,” said Luiz Fernando Furlan, President, Foundation for a Sustainable Amazon, Brazil.
• Although Latin America’s need for capital, Asia’s need for natural resources and the Middle East’s need for a stable food supply make the three regions complementary economic blocs, opportunities go beyond these three factors. Latin American companies are increasingly investing abroad, while Asian and Middle Eastern companies are investing in services and technology in Latin America. Furlan noted that the positive experiences of several Latin American countries with clean energy projects might also provide an opportunity for further trade with Asia.
MEDIDAS ANTICRISES BRASIL
Veja as medidas já anunciadas no Brasil para combater os efeitos da crise
da Folha Online
O governo já anunciou uma série de medidas para evitar uma piora no sistema financeiro e nos setores atingidos pelos efeitos da crise. Veja as principais: 2009 ,17 de abril
O Ministério da Fazenda ampliou a lista de materiais de construção que terão isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) nos próximos três meses. A nova lista inclui mais seis tipos de produtos, entre eles impermeabilizantes, revestimentos cerâmicos, cadeados e registros de gaveta. A isenção vale até 16 de julho.
Além disso, foi reduzido o IPI da linha branca --geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos. as alíquotas do IPI vão de 15% para 5% para as geladeiras, de 5% ou 4% para 0% nos fogões, de 20% para 10% para as máquinas de lavar, e de 10% para 0% para os tanquinhos.
* 16 de abril
O CMN (Conselho Monetário Nacional) anunciou a liberação de mais R$ 12,6 bilhões em crédito para as empresas do agronegócio. A maior parte do dinheiro, R$ 10 bilhões, será para uma linha que deve atender principalmente frigoríficos e empresas do setor de aves, suínos e carnes bovinas.
CMN também anunciou a criação de uma linha de crédito de R$ 2,3 bilhões para estocagem da produção de álcool durante a safra deste ano. O objetivo do governo é evitar as variações de preços que ocorrem entre o período de produção e a entressafra.
*15 de abril
O governo anunciou que reduzirá o aperto fiscal deste ano ao menor patamar desde o início do programa de contenção da dívida pública, há dez anos. O objetivo é ter mais dinheiro para investir em momentos de crise, uma vez que a arrecadação de impostos caiu com as desonerações fiscais anunciadas. Além disso, a Petrobras, maior empresa estatal, foi liberada da obrigação de controlar gastos e poderá ampliar seus investimentos em R$ 15,5 bilhões. *
13 de abril
Os 5.564 prefeitos vão receber um reforço de até R$1 bilhão para compensar as perdas nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) por conta da queda da arrecadação. O governo prevê que esse é o tamanho do impacto da crise financeira internacional para os municípios. *
30 de março
O governo federal anunciou a prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para o setor automotivo por mais três meses (até junho), mas com a contrapartida da manutenção dos empregos pelas montadoras. Também estendeu o benefício para s motocicletas e para materiais de construção (muitos produtos tiveram a alíquota zerada).
O governo, por decreto, ampliou a lista dos setores considerados prioritários na área da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) --têm isenção de IR (Imposto de Renda) de pessoas jurídicas. *
26 de março
O governo criou um sistema de garantias para aumentar os recursos para bancos médios e pequenos. A medida deve representar uma injeção de pelo menos R$ 40 bilhões.
O FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que hoje garante os depósitos até R$ 60 mil por CPF (pessoa física) ou CNPJ (empresas), vai garantir agora um novo tipo de CDB (Certificado de Depósito Bancário). O total de depósito a prazo de cada correntista contra a mesma instituição poderá ser garantido até o valor máximo de R$ 20 milhões.
Além disso, o Banco Central prorrogou de 31 de março para 30 de junho o prazo pelo qual os grandes bancos poderão descontar do depósito compulsório a prazo as compras de carteiras de crédito e outros ativos dos bancos de menor porte.
*
10 de março
O Conselho Nacional de Previdência Social ampliou o limite de empréstimo do consignado para aposentados. O beneficiário poderá voltar a comprometer até 30% da sua renda com empréstimos com desconto em folha. O limite é o mesmo que estava em vigor até maio do ano passado, quando o Conselho dividiu o percentual em duas partes: 20% para empréstimos consignados e 10% para uso no cartão de crédito consignado.
*
22 de janeiro
Governo anunciou recursos adicionais para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 100 bilhões para os anos de 2009 e 2010. Esse dinheiro virá por meio do caixa do governo e das captações feitas no exterior pelo Tesouro Nacional.
O dinheiro ficará disponível para o banco, que irá sacar conforme necessário. Serão priorizados investimentos na área de gás e energia, bens de capital e infraestrutura, entre outros setores. Também vão garantir os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e da Petrobras.
da Folha Online
O governo já anunciou uma série de medidas para evitar uma piora no sistema financeiro e nos setores atingidos pelos efeitos da crise. Veja as principais: 2009 ,17 de abril
O Ministério da Fazenda ampliou a lista de materiais de construção que terão isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) nos próximos três meses. A nova lista inclui mais seis tipos de produtos, entre eles impermeabilizantes, revestimentos cerâmicos, cadeados e registros de gaveta. A isenção vale até 16 de julho.
Além disso, foi reduzido o IPI da linha branca --geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos. as alíquotas do IPI vão de 15% para 5% para as geladeiras, de 5% ou 4% para 0% nos fogões, de 20% para 10% para as máquinas de lavar, e de 10% para 0% para os tanquinhos.
* 16 de abril
O CMN (Conselho Monetário Nacional) anunciou a liberação de mais R$ 12,6 bilhões em crédito para as empresas do agronegócio. A maior parte do dinheiro, R$ 10 bilhões, será para uma linha que deve atender principalmente frigoríficos e empresas do setor de aves, suínos e carnes bovinas.
CMN também anunciou a criação de uma linha de crédito de R$ 2,3 bilhões para estocagem da produção de álcool durante a safra deste ano. O objetivo do governo é evitar as variações de preços que ocorrem entre o período de produção e a entressafra.
*15 de abril
O governo anunciou que reduzirá o aperto fiscal deste ano ao menor patamar desde o início do programa de contenção da dívida pública, há dez anos. O objetivo é ter mais dinheiro para investir em momentos de crise, uma vez que a arrecadação de impostos caiu com as desonerações fiscais anunciadas. Além disso, a Petrobras, maior empresa estatal, foi liberada da obrigação de controlar gastos e poderá ampliar seus investimentos em R$ 15,5 bilhões. *
13 de abril
Os 5.564 prefeitos vão receber um reforço de até R$1 bilhão para compensar as perdas nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) por conta da queda da arrecadação. O governo prevê que esse é o tamanho do impacto da crise financeira internacional para os municípios. *
30 de março
O governo federal anunciou a prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para o setor automotivo por mais três meses (até junho), mas com a contrapartida da manutenção dos empregos pelas montadoras. Também estendeu o benefício para s motocicletas e para materiais de construção (muitos produtos tiveram a alíquota zerada).
O governo, por decreto, ampliou a lista dos setores considerados prioritários na área da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) --têm isenção de IR (Imposto de Renda) de pessoas jurídicas. *
26 de março
O governo criou um sistema de garantias para aumentar os recursos para bancos médios e pequenos. A medida deve representar uma injeção de pelo menos R$ 40 bilhões.
O FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que hoje garante os depósitos até R$ 60 mil por CPF (pessoa física) ou CNPJ (empresas), vai garantir agora um novo tipo de CDB (Certificado de Depósito Bancário). O total de depósito a prazo de cada correntista contra a mesma instituição poderá ser garantido até o valor máximo de R$ 20 milhões.
Além disso, o Banco Central prorrogou de 31 de março para 30 de junho o prazo pelo qual os grandes bancos poderão descontar do depósito compulsório a prazo as compras de carteiras de crédito e outros ativos dos bancos de menor porte.
*
10 de março
O Conselho Nacional de Previdência Social ampliou o limite de empréstimo do consignado para aposentados. O beneficiário poderá voltar a comprometer até 30% da sua renda com empréstimos com desconto em folha. O limite é o mesmo que estava em vigor até maio do ano passado, quando o Conselho dividiu o percentual em duas partes: 20% para empréstimos consignados e 10% para uso no cartão de crédito consignado.
*
22 de janeiro
Governo anunciou recursos adicionais para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 100 bilhões para os anos de 2009 e 2010. Esse dinheiro virá por meio do caixa do governo e das captações feitas no exterior pelo Tesouro Nacional.
O dinheiro ficará disponível para o banco, que irá sacar conforme necessário. Serão priorizados investimentos na área de gás e energia, bens de capital e infraestrutura, entre outros setores. Também vão garantir os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e da Petrobras.
Saturday, April 18, 2009
Food Security for Latin America’s Future
• Marc Alan Clouse • Domingo Lastra • Nikhil da Victoria Lobo • David WilliamsModerated by • Elizabeth Farina
Thursday 16 April09.00-10.45 Moderator Elizabeth Farina, Professor and Vice-Chair, Department of Economics, University of São Paulo, Brazil, sketched out five major points on food security in Latin America:
• The debate must involve not just farmers but all members of the supply chain, including the providers of raw materials such as seeds and fertilizers, food processors, trading companies, wholesalers and retailers• Sustainability is not just restricted to agriculture but also dependent on the reduction of waste• One size does not fit all – there are different solutions for different parts of the problem• New and innovative technology is indispensable• More dialogue is needed among governments, the private sector and civil society
Marc Alan Clouse, President, Kraft Foods Brazil, Brazil, shared some statistics, noting that 70% of the 1 billion people suffering from food insecurity are involved in the process of producing food. He backed Farina’s final point and said it arguably should be the first. “This is an issue that can’t be solved by any one group or organization. But it is critical enough that it needs to be high on the agenda for all of us. Solutions have to be found on how we are going to work together as a collective group,” he said.
All panellists agreed that consumers are much more knowledgeable and active than in the past and that they now play a crucial role in the decision-making process. Nikhil da Victoria Lobo, Head, Public Sector Americas, Swiss Re Financial Services Corporation, USA, said: “Consumers are making better and more educated decisions on what they consume and how they consume it.”
David Williams, Regional Director, Latin America and the Caribbean, TechnoServe, Peru, said more must be done to bring small and subsistence farmers into the supply chain. By doing that, farmers and their communities grow thanks to an increase in income, while traders, wholesalers, retailers and consumers also benefit by receiving their produce. He spoke of small farmers’ “untapped potential” and called on all sectors to help them join the supply chain. “Smallhold farmers are very important in being able to flexibly supply different markets, and smallholder farming is an incredibly important part of food distribution in the region,” Williams said. “What is required is a change in mentality to see what smallholder farming could be rather than what it is today.”
The panellists answered a question from the floor on technology, specifically GM foods. All agreed that GM foods cannot be discounted and that they could have a role to play in resolving the question of food insecurity. “I think we will live with and without GMOs, but I think they have a role and we will have to address the questions that come with them, such as higher yields and higher crops and more biomass,” said Domingo Lastra, President, Archer Daniels Midland, South America, Brazil. “To be able to handle all those higher yields, we will need to process them and transport them, and I don’t think we are ready for that.” Williams agreed the question of GMOs was still at an early stage, but said that, although it may not be the answer to everything, it is a useful tool in helping small farmers and in areas such as the environment and sustainability.
A question on water also provoked debate and agreement that, with water becoming scarcer, companies and government will have to take innovative measures. Lastra suggested that arid agricultural areas such as parts of Chile and Mexico and north-eastern Brazil could serve as reference points. He warned that water will one day be so important that it is traded as a commodity. “I think that, in the future, we will talk about water credits and water trade,” he said.
Clouse said that environmental sustainability is no longer just about social responsibility, but is now present on the balance sheet. He called it a “competitive necessity” and pointed out as evidence that his company rates his performance on five environmental variables such as water. “That need to be hardwired
• Marc Alan Clouse • Domingo Lastra • Nikhil da Victoria Lobo • David WilliamsModerated by • Elizabeth Farina
Thursday 16 April09.00-10.45 Moderator Elizabeth Farina, Professor and Vice-Chair, Department of Economics, University of São Paulo, Brazil, sketched out five major points on food security in Latin America:
• The debate must involve not just farmers but all members of the supply chain, including the providers of raw materials such as seeds and fertilizers, food processors, trading companies, wholesalers and retailers• Sustainability is not just restricted to agriculture but also dependent on the reduction of waste• One size does not fit all – there are different solutions for different parts of the problem• New and innovative technology is indispensable• More dialogue is needed among governments, the private sector and civil society
Marc Alan Clouse, President, Kraft Foods Brazil, Brazil, shared some statistics, noting that 70% of the 1 billion people suffering from food insecurity are involved in the process of producing food. He backed Farina’s final point and said it arguably should be the first. “This is an issue that can’t be solved by any one group or organization. But it is critical enough that it needs to be high on the agenda for all of us. Solutions have to be found on how we are going to work together as a collective group,” he said.
All panellists agreed that consumers are much more knowledgeable and active than in the past and that they now play a crucial role in the decision-making process. Nikhil da Victoria Lobo, Head, Public Sector Americas, Swiss Re Financial Services Corporation, USA, said: “Consumers are making better and more educated decisions on what they consume and how they consume it.”
David Williams, Regional Director, Latin America and the Caribbean, TechnoServe, Peru, said more must be done to bring small and subsistence farmers into the supply chain. By doing that, farmers and their communities grow thanks to an increase in income, while traders, wholesalers, retailers and consumers also benefit by receiving their produce. He spoke of small farmers’ “untapped potential” and called on all sectors to help them join the supply chain. “Smallhold farmers are very important in being able to flexibly supply different markets, and smallholder farming is an incredibly important part of food distribution in the region,” Williams said. “What is required is a change in mentality to see what smallholder farming could be rather than what it is today.”
The panellists answered a question from the floor on technology, specifically GM foods. All agreed that GM foods cannot be discounted and that they could have a role to play in resolving the question of food insecurity. “I think we will live with and without GMOs, but I think they have a role and we will have to address the questions that come with them, such as higher yields and higher crops and more biomass,” said Domingo Lastra, President, Archer Daniels Midland, South America, Brazil. “To be able to handle all those higher yields, we will need to process them and transport them, and I don’t think we are ready for that.” Williams agreed the question of GMOs was still at an early stage, but said that, although it may not be the answer to everything, it is a useful tool in helping small farmers and in areas such as the environment and sustainability.
A question on water also provoked debate and agreement that, with water becoming scarcer, companies and government will have to take innovative measures. Lastra suggested that arid agricultural areas such as parts of Chile and Mexico and north-eastern Brazil could serve as reference points. He warned that water will one day be so important that it is traded as a commodity. “I think that, in the future, we will talk about water credits and water trade,” he said.
Clouse said that environmental sustainability is no longer just about social responsibility, but is now present on the balance sheet. He called it a “competitive necessity” and pointed out as evidence that his company rates his performance on five environmental variables such as water. “That need to be hardwired
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