Friday, May 29, 2009

BRASIL LA COMPETENCIA CON PRODUCTOS IMPORTADOS

Importações ameaçam a indústria nacional
Brasília, 29 de Maio de 2009 - A competição com produtos importados é uma das maiores preocupações da indústria brasileira. A recente depreciação do dólar agravou este quadro e "acendeu um sinal amarelo" para as empresas, segundo Flávio Castelo Branco, economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com sondagem da entidade realizada junto a 1.307 empresas em abril, os insumos importados detêm 12% de participação de toda oferta industrial brasileira. A pesquisa mostra também que 54% das empresas industriais utilizam itens importados em sua produção. Em 2005, este percentual era de 39%.
Segundo Castelo Branco, há o receio de que possa ocorrer competição desleal, pois ainda há altos estoques mundiais. O mercado brasileiro registrou uma retração menor que o de outros países e pode se transformar em alvo prioritário para a vendas destes estoques.A pressão externa pode agravar o desempenho do setor industrial, uma vez que 12% das empresas consultadas pela CNI pretendem aumentar o volume de matérias primas importadas em suas linhas de produção. As estimativas de desempenho da produção industrial apontam um quadro desfavorável para 2009. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em uma projeção considerada otimista, espera uma queda de 5% no nível de atividade neste ano. Este seria o pior desempenho para a indústria paulista desde 2003.

RESERVAS INTERNACIONAIS SOBEM PARA 205 BILHOES

BC: Reservas internacionais sobem para US$ 205,093 bilhões
SÃO PAULO, 29 de maio de 2009 - As reservas brasileiras internacionais subiram em US$ 48 milhões ontem no conceito de liquidez internacional, segundo o Banco Central (BC). Com isso, o total das reservas brutas passou de US$ 205,045 bilhões para US$ 205,093 bilhões. (Elaine Cristina Adriano - InvestNews)

QUEDA DE LAS EXPORTACIONES BRASILERAS

Indústria teme queda de exportações e concorrência dos importados Mylena Fiori Repórter da Agência Brasil
Brasília - O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, divulga a Sondagem Especial sobre Comércio Exterior feita de 1º a 27 de abril Brasília - As indústrias brasileiras estão preocupadas tanto com a queda das exportações quanto com a concorrência de produtos importados no mercado doméstico. Os temores foram identificados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Sondagem Especial sobre Comércio Exterior, realizada em abril, com 1.307 empresas de todos os setores. “A crise levou ao estreitamento do comércio mundial. Esse é o duplo impacto: Vamos perder mercado tanto externo quanto doméstico com a situação de crise e as condições de competitividade dos produtos brasileiros”, avaliou o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.”Isso dificultará a retomada da atividade”, avaliou. Segundo previsão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em 2009, haverá uma retração de 5% na produção industrial em relação ao ano passado e uma queda de 1% no Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país.O estudo da CNI mostra que 66% das empresas exportadoras brasileiras foram afetadas pela crise econômica mundial - para 84% delas, o principal impacto foi a queda na demanda. O encarecimento do crédito foi apontado como grande impacto da crise por 7% das indústrias, enquanto 6% se queixaram da valorização do real diante do dólar, sendo que a cotação estava em torno de R$ 2,30 no período pesquisado (contra R$ 2,02 hoje).
Para Castelo Branco, o governo deveria estar alerta para evitar uma apreciação ainda maior do câmbio. “Havia expectativa de que a mudança de patamar do câmbio levaria a melhores condições de competitividade dos produtos brasileiros e que seria aproveitada durante a fase de recuperação da economia mundial. Isso não está se mostrando verdadeiro, a valorização afeta negativamente e é motivo de grande preocupação”, afirmou o economista. Ele sugere queda na taxa de juros e maior atividade do Banco Central na compra de moeda estrangeira, além de medidas de natureza fiscal e tributária.
Independentemente da questão cambial, a sondagem da CNI indica que 48% das empresas exportadoras esperam redução da participação das vendas externas no faturamento bruto de 2009 Para tentar driblar os efeitos da queda na demanda internacional, 60% das empresas afetadas pretendem adotar a estratégia de busca de novos mercados. Segundo Castelo Branco, a recente missão empresarial que acompanhou visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Turquia é um exemplo disso.
Para ele, outra a frente de atuação para minimizar os efeitos da crise internacional é reduzir custos e aumentar produtividade – é isso o que pretendem fazer 51% das empresas afetadas. Outras estratégias são exportação de novos produtos, investimento na qualidade e no design dos produtos, redução da margem de lucro e investimentos em marketing.
Quando à competição no mercado interno, 53% das indústrias pesquisadas enfrentam concorrência de produtos importados e 33% delas acreditam no acirramento da competição. No caso de grandes empresas, o percentual sobe para 70%, e os setores mais vulneráveis à concorrência dos importados são equipamentos hospitalares e de precisão (95%), farmacêuticos (82%) e material elétrico e de comunicação (81%).
A expectativa de invasão de importados, segundo Castelo Branco, deve-se ao ambiente internacional de maior oferta de produtos a partir da retração dos mercados dos países avançados. “Isso, a despeito da desvalorização em relação a 2008. Possivelmente, no câmbio atual, a expectativa seria de uma penetração até mais intensa”, ressaltou.. ','').replace('','') -->

INDICE DE CONFIANZA DA INDUSTRIA BRASILERA SUBE (FGV)

Confiança da indústria na economia volta a crescer, constata pesquisa Marli Moreira Repórter da Agência Brasil (29 de Mayo) 2009.
São Paulo - Pelo quinto mês consecutivo, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) na economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aumentou e fechou maio em 89,6 pontos. O resultado é 6% superior ao de abril (84,5) e, segundo a nota técnica da FGV, “confirma a tendência de recuperação gradual do ritmo de atividade industrial após o forte declínio ocorrido ao final do ano passado”.
Foi a primeira vez neste ano que o resultado da sondagem ficou mais próximo da média histórica (99,1 pontos) depois de ter recuado para 74,7 pontos em dezembro do ano passado, informa o comunicado. A pesquisa foi feita com 1.075 empresas que empregam mais de mil trabalhadores, têm faturamento em torno de R$ 540 bilhões e com uma participação de 23,5% nas exportações.
A nota informa que, em maio, melhoraram tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) teve aumento de 7,6%, passando de 86,5 para 93,1 pontos, diante de uma média história de 99,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) aumentou 4,4%, passando de 82,5 para 86,1 pontos.
O indicador sobre a satisfação com a situação dos negócios teve alta de 12,2%, com a pontuação passando de 77,1 para 86,5. De acordo com a FGV, o otimismo demonstrado pelos empresários com os próximos meses foi maior em comparação com o resultado das pesquisas realizadas desde outubro do ano passado. Das l.075 empresas ouvidas, 25,9% acreditam em melhora ante 18% da sondagem anterior. O número dos que preveem piora caiu de 28,1% para 27,1%.

Tuesday, May 26, 2009

BRASIL Y LA ECONOMIA MUNDIAL

Brasil y la Economía Mundial Contemporánea_(Art. pagwebembajada) ________________________________________________________________________________
Por José Tavares de Araújo Jr. para la publicación Brasil en Foco
El contraste entre la declinación acelerada de los costos de información y la relativa estabilidad de los costos de transporte ha sido una característica central del progreso tecnológico en las últimas tres décadas. Este contraste alimenta progresivamente las tendencias simultáneas dirigidas a la globalización de los mercados y la regionalización de las estructuras productivas que marcaron la economía mundial en un pasado reciente. Estas tendencias, a su vez, redefinieron los perfiles de inserción internacional de las economías nacionales y las prioridades de la agenda multilateral de comercio.
Los nuevos patrones de competencia internacional acentuaron la importancia de la prestación de servicios, de la innovación tecnológica y de la inversión directa en el extranjero como fuentes de soporte del desempeño exportador de las economías nacionales. Tales patrones redujeron la eficacia de los instrumentos convencionales de política comercial, como tarifas, cuotas y salvaguardias; al mismo tiempo en que introdujeron nuevos temas en la agenda multilateral de comercio, tales como el uso de reglamentaciones internas para proteger las industrias de la frontera tecnológica y las prácticas anticompetitivas de alcance internacional.
Desde el punto de vista de las economías nacionales, la búsqueda de eficiencia productiva, el estímulo a la innovación y la mejora de las condiciones de inserción internacional de las empresas nacionales se tornaron partes complementarias de un reto común. Para el Gobierno, ello implica no sólo la convergencia de las políticas industriales, tecnológicas y de comercio exterior, sino también la coherencia de tales políticas con otras acciones del Gobierno respecto a los planes macroeconómicos y de la regulación de las condiciones de competencia en los mercados nacionales.
Un desafío adicional implícito en el escenario contemporáneo reside en el hecho de que la Organización Mundial del Comercio (OMC) no dispone aún de los instrumentos de regulación necesarios para enfrentar los patrones de competencias vigentes. Aunque la reunión ministerial de Doha (Qatar), realizada en noviembre de 2001 haya ratificado el consenso de la comunidad internacional con relación a la necesidad de fortalecer la OMC, en la práctica tal consenso significó únicamente que los países miembros se comprometieron a seguir adelante con la rueda de negociaciones, pero no proyecta ninguna previsión optimista a lo que se refiere a los resultados de esta iniciativa en un futuro cercano, dada la magnitud de los desafíos que la OMC enfrenta actualmente.
Un tema que ilustra muy bien las presentes limitaciones de la OMC es el de la política de competencia, que empezó a desempeñar un rol central en el plan internacional, no sólo en el sentido de combatir los carteles y supervisar la conducta de las corporaciones transnacionales, sino principalmente con el objetivo de regular los conflictos provenientes de la protección a las industrias de alta tecnología. El debate sobre estos temas en la OMC ha sido intenso desde diciembre de 1996, cuando fue creado el Grupo de Trabajo sobre la Interacción entre Comercio y Política de Competencia. Luego de dos años, cerca de 170 documentos gubernamentales fueron sometidos al grupo, abarcando una agenda significativa que, de hecho, fue mucho más allá de las relaciones entre comercio y competencia. En lo que se refiere a la participación activa de prácticamente todos los miembros de la OMC que disponen de leyes de competencia, ese debate ha sido limitado por dos tipos de restricciones. Por un lado, cualquier acuerdo multilateral sobre reglas de competencia sólo tendrá algún significado a medida en que todos los miembros de la OMC, o por lo menos su gran mayoría, estén capacitados para aplicar aquellas normas en sus respectivos territorios. Por otro lado, la OMC es una institución que fue diseñada para tratar esencialmente de los actos de gobiernos, mientras el foco principal de la política de competencia es la conducta de los agentes económicos.
En suma, es poco probable que las principales debilidades de la OMC sean superadas en un futuro cercano. Sin embargo, la actuación de Brasil en aquel forum durante la década de los años 90 demostró que aún así – y principalmente luego del reciente brote de presiones proteccionistas en los Estados Unidos – interesa a los países en desarrollo promover el sistema multilateral de comercio. Polémicas como Embraer / Bombardier y la controversia sobre patentes farmacéuticas ya se tornaron símbolos de situaciones en las cuales las estrategias negociadoras bien fundamentadas logran preservar los intereses nacionales legítimos. Además de dar mayor credibilidad a la OMC y a la postura defendida por Brasil en las negociaciones en curso, estos casos también se revelaron instrumentales para fomentar el diálogo bilateral entre los diversos aliados importantes, como Japón, China, India, Australia y Sudáfrica.
Además de promover a la OMC, otro tema prioritario de la política comercial brasileña es la reconstrucción del MERCOSUR, que ha desempeñado un papel estratégico en la defensa de los intereses brasileños en el ámbito multilateral, en las negociaciones sobre la creación de un área de Libre Comercio de las Américas (ALCA) y en el diálogo con la Unión Europea. El MERCOSUR es importante por razones de geografía económica: los patrones contemporáneos de competencia internacional no constituyen anomalías efímeras, sino que fueron engendrados gradualmente a lo largo de varias décadas como consecuencia de la dicotomía anteriormente mencionada, entre los costos de la información y del transporte. Por lo tanto, a menos que los patrones contemporáneos de competencia sean redefinidos por otra revolución tecnológica, las metas de la integración regional seguirán siendo prioridades para Brasil.

DESPUES DE 18 MESES - SUPERAVIT DE CUENTA CORRIENTE EN BRASIL

Contas do país com o exterior têm resultado positivo depois de 18 meses de déficit Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil
Brasília - As transações correntes (todas as operações do Brasil com o exterior) foram superavitárias em US$ 146 milhões em abril e déficit de US$ 4,874 bilhões no acumulado do ano. As informações foram divulgadas hoje (26), pelo Banco Central. O resultado positivo no mês passado foi o primeiro depois de 18 meses consecutivos de défícit.
Em abril de 2008, houve défícit de US$ 3,044 bilhões e no acumulado do ano de US$ 13,304 bilhões.
A balança comercial (exportações e importações) registrou superávit de US$ 3,712 bilhões em abril e de US$ 6,722 bilhões de janeiro a abril deste ano, contra US$ 4,498 bilhões registrado no mesmo período de 2008. Em abril do ano passado, o superávit comercial foi de US$ 5,097 bilhões.
A conta de serviços e rendas (juros, lucros e dividendos e viagens internacionais) ficou negativa em US$ 3,832 bilhões em abril e em US$ 12,702 bilhões no acumulado do ano. Nos mesmos períodos do ano passado os valores negativos foram maiores: 5,097 bilhões e US$ 19,105 bilhões, respectivamente.
As transferências unilaterais tiveram resultado líquido positivo de US$ 265 milhões em abril e em US$ 1,106 bilhão no acumulado do ano.

Monday, May 25, 2009

O BRASIL NO ANO 2020

O Brasil em 2020
Em nosso aniversário de 11 anos, lançamos um olhar esperançoso e realista para o futuro do país. Na década que vem, seremos mais ricos, mais adultos e – se conseguirmos remover os obstáculos ao desenvolvimento – mais felizes
David Cohen
Onze anos é uma idade extraordinária. Uma explosão de hormônios inicia o processo de crescimento acelerado da adolescência. A formação de neurônios, que até então era caótica, começa a ser ordenada, e a camada de mielina que os envolve, responsável pelo transporte das informações, engrossa. Nessa época, esculpem-se os caminhos do raciocínio elaborado que marcará a vida adulta. E essas transformações vão tornar a pessoa mais rápida, inteligente, criativa, inovadora, idealista. Nós, de ÉPOCA, gostamos de acreditar que usamos todas essas qualidades para construir cada edição. Sabemos, é claro, que uma revista não é uma pessoa. Mas ela é feita de pessoas. Nesta semana, como qualquer criança de 11 anos, estamos eufóricos com nossa festa de aniversário – e ao mesmo tempo não conseguimos conter a expectativa pelo futuro que vislumbramos. Esses dois sentimentos, satisfação e esperança, nos guiaram a preparar um mapa das grandes transformações por que passaremos no país.
Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles, imprevisível. Uma década é um período longo o suficiente para derrubar certezas absolutas (ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova York). Mas é também um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes – dez anos antes da popularização da internet já era possível imaginar como ela mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos detectáveis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de 2020.
O primeiro deles será a mudança populacional brasileira. Nos anos 1960 e 1970, os estudiosos se preocupavam com a “bomba demográfica”: as altíssimas taxas de natalidade, de seis filhos por mulher, criavam uma pressão social que atrasava o progresso do país pela exigência de investimentos pesados em cuidados com a infância. Esse problema sumiu, quase por encanto. A urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e os novos métodos anticoncepcionais fizeram a taxa de natalidade declinar, até o atual índice de 1,8 filho por mulher. A mudança do perfil demográfico (leia o quadro da próxima página) dá uma janela de oportunidade ao Brasil. Pela primeira vez, teremos mais gente no mercado de trabalho que fora dele. Mais trabalhadores que dependentes. Mais produtores que consumidores de riqueza. A janela se fechará a partir da década seguinte, com o aumento do número de idosos. Esta década é, portanto, aquela em que temos as melhores condições para resolver os problemas estruturais do país (o que o Brasil precisa fazer para crescer mais e melhor). É uma tarefa hercúlea. Mas, como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Se cada presidente deixar um conjunto de obras estruturantes para o sucessor, o país dará um salto de qualidade nos próximos 20 anos”.
As mudanças populacionais incluem certa redistribuição regional. O Sul e o Sudeste já deixaram de atrair gente do país inteiro, e as cidades médias (de 100 mil a 500 mil habitantes) vêm crescendo a taxas maiores que as grandes. É possível, ainda, que o maior país católico do mundo tenha maioria protestante.
Do ponto de vista econômico, o Brasil também está bem situado. Não à toa somos considerados o mais bem arrumado entre os países do grupo Bric, à frente de China, Índia e Rússia (leia entrevista com Jim O’Neill, o criador do conceito). Espera-se que os Brics ganhem peso econômico em 2020 e respondam pela maior parte da economia mundial em 2050. Já na próxima década o PIB brasileiro (soma de todas as riquezas produzidas pelo país) deverá pular para US$ 2,6 trilhões, segundo previsão do banco de investimentos Goldman Sachs. É quase o dobro do atual. A participação do Brasil no PIB mundial passará de 2,5% para 4%. Teremos ultrapassado a Itália. A riqueza extra deve melhorar a vida dos brasileiros, mas ela sozinha não garantirá um padrão de vida de país desenvolvido. Como diz o economista Paulo Guedes, não queremos o pesadelo de um PIB gigantesco com uma população miserável. Queremos a “formação de uma enorme classe média, criando extraordinário mercado de consumo de massa pela contínua elevação da renda per capita”. Para chegarmos a isso, é preciso resolver os gargalos da economia (uma síntese de nossos desafios) e prevenir as ameaças futuras, como o rombo da Previdência Social. “O Brasil era o país do futuro. Não é mais. O futuro já está aqui. Nosso problema não é mais de subdesenvolvimento, é de injustiça”, diz o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Também no campo econômico vivemos uma janela de oportunidade. Hoje, o Brasil é uma potência do agronegócio e das commodities graças aos recursos naturais e à mão de obra relativamente barata. A partir de 2020, é possível que a África reúna essas condições. Precisamos estar mais bem preparados para competir em outro nível: da produção de conhecimento. “O Brasil precisa buscar um novo patamar de geração de riqueza através da inovação tecnológica”, diz James Wright, diretor do Programa de Estudos do Futuro (Profuturo), da Universidade de São Paulo. Precisamos de mais cientistas e técnicos. Precisamos, sobretudo, investir em educação. Teremos, nesta década, menos crianças entrando na idade escolar. Em 2020, haverá entre 10 milhões e 13 milhões de matrículas a menos no ensino fundamental. Os recursos hoje gastos com esse contingente podem ser aplicados em tecnologia, aumento da carga horária e treinamento de professores. Ainda será pouco. Para dar o salto de que o Brasil precisa, é necessário reservar para a educação no mínimo 5% do PIB – hoje gastamos apenas 3,7%.
Além de crescer mais, precisamos decidir crescer de forma mais sustentável. O Brasil começará a sentir, a partir de 2020, os efeitos do aquecimento global. As ameaças vão da desertificação de grandes áreas ao aparecimento de mais ciclones e furacões. O futuro exigirá de nós um esforço de adaptação. Não apenas ao clima, mas às mudanças sociais que despontam. Haverá empregos diferentes, e muitos de nós precisarão trabalhar até idades mais avançadas. Teremos carros melhores e menos poluentes, mas o trânsito não vai melhorar. Teremos uma redução dos níveis de violência, principalmente porque haverá menos jovens na idade mais propícia ao crime, mas essa tendência oscilará e só se confirmará totalmente a partir dos anos 2030. Viveremos mais, e gastaremos mais com saúde. Os casamentos ocorrerão mais tarde, as famílias serão menores e haverá 5 milhões de mulheres a mais que homens. Usaremos a tecnologia de forma diferente, compraremos produtos maravilhosos, cultivaremos a fama e consumiremos cultura de outras formas. Mas continuaremos sendo brasileiros no que isso tem de mais essencial. E, após sediar a Copa do Mundo de 2014, estaremos nos preparando para o oitavo ou nono título de campeões mundiais – três ou quatro à frente da Itália.

EXPORTACIONES DE MANUFATURAS DE BRASIL DEVEN CAER 35% ESTE AÑO

Estimativa feita pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) indica que as exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados devem cair 35% em 2009 na comparação com o registrado em 2008 (de US$ 119,8 bilhões para US$ 78 bilhões), informa Denyse Godoy. Se confirmada, será a maior queda desde 1980, começo da série histórica do Ministério do Desenvolvimento

Economia
Indústria paulista traça cenário ruim para 2009
25 de maio de 2009
As exportações brasileiras deverão sofrer uma redução inédita neste ano. De acordo com estimativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a queda deverá ser de cerca de 35% em relação a 2008. Com isso, a exportação brasileira somaria cerca de 78 bilhões de dólares (no ano passado, o país exportou 119,8 bilhões). Seria a primeira queda desde 1999 e a maior redução já registrada pelo governo, que mantém esses registros desde 1980.
"A principal explicação para a baixa está no encolhimento do mercado consumidor. Fortemente atingidos pela crise, nossos principais parceiros comerciais, EUA, Europa e América Latina, passaram a comprar menos", disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. Participaram do levantamento as 78 maiores indústrias exportadoras paulistas.
Os representantes da indústria citam a desvalorização do dólar frente ao real como uma das principais causas dos problemas enfrentados pelos exportadores. Com produtos brasileiros mais caros no exterior, as empresas do país perderam espaço lá fora. "Isso não se recupera do dia para a noite", disse à Folha o consultor Júlio Gomes de Almeida, do Iedi. "O câmbio não é a única dificuldade, porém. O impacto poderia ser minimizado se tivéssemos uma melhor infraestrutura."

Sunday, May 24, 2009

REDUÇÃO DO INVESTIMENTO NA INDUSTRIA

Indústria reduz investimento em 26%
Levantamento da Fiesp constata corte de R$ 25 bi até maio, sem incluir os R$ 10,5 bi (US$ 5,2 bi) da Vale
Renée Pereira
Os sinais de recuperação da economia brasileira ainda não reacenderam a confiança dos investidores para desengavetar projetos. Pelo contrário. Se em janeiro a expectativa de investimento da indústria já havia sido cortada em R$ 20 bilhões, em maio o volume foi reduzido em mais R$ 5 bilhões. Isso representa uma queda de 26% em relação ao valor previsto em dezembro de 2008, de R$ 102,5 bilhões, conforme levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com 1.204 empresas.Na prática, a decisão vai reduzir o potencial de crescimento da economia, especialmente, no médio prazo. Menos investimentos significam menos empregos futuros, menos renda e menos consumo, explicam economistas. Eles destacam que hoje o País ainda está sendo beneficiado por projetos iniciados no passado, que estão ocupando mão de obra e elevando o Produto Interno Bruto (PIB). Mas a decisão de suspender investimentos agora vai impactar não apenas este ano como os demais, já que se tratam de obras de longa maturação. Na lista de investidores que resolveram frear os projetos estão grandes companhias, como Usiminas, Gerdau, Suzano, Dow Química e Vale - esta anunciou na quinta-feira redução de US$ 5,2 bilhões em investimentos (o valor, equivalente a R$ 10,54 bilhões, não consta no levantamento da Fiesp).As pequenas e médias empresas também entraram na onda de adiar investimentos para 2009, até que o cenário fique mais claro. "Como no mercado financeiro, o setor produtivo também vive o chamado efeito manada", observou o economista Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP.Nos últimos quatro anos, o investimento foi principal motor do crescimento. Em 2008, até setembro, atingiu 20,4% do PIB. Mas, com a forte retração do último trimestre, fechou o ano em 19,3%, ainda um dos níveis mais altos desde 1994. Para este ano, a expectativa é voltar a níveis próximos de 2007, quando representava 17,5% do PIB. "A taxa só não vai cair mais porque o PIB vai diminuir", diz o analista da Gávea Investimentos, Armando Castelar.Além da demanda mais fraca, um dos fatores que pesaram na decisão das empresas de cortar investimentos foi a restrição do crédito, que praticamente desapareceu do mercado no primeiro trimestre do ano, diz o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz. Exemplo disso é que 70% dos investimentos mantidos em 2009 serão feitos com recursos próprios, segundo a Fiesp. O movimento já foi percebido pelo diretor comercial do Grupo Bener, Paulo Lerner, que vende máquinas e equipamentos. "As empresas ainda interessadas em comprar novas máquinas estão pagando à vista. Outras estão sendo financiadas por nós", diz ele, cujas vendas caíram 60%, comparado a 2008.Além de garantias elevadas, o custo dos empréstimos oferecidos pelos bancos não tem animado o setor produtivo. "Os juros estão muito altos, impossíveis de tornar qualquer investimento viável. Só estamos pegando dinheiro no banco para capital de giro", afirma Renato Maurício de Paula, diretor financeiro da companhia, que emprega 300 funcionários no polo calçadista de Franca (SP). Os planos de investimentos da companhia estão suspensos este ano até mesmo em inovação e tecnologia. "Precisamos investir, mas hoje não temos segurança na política cambial, monetária e tributária. O governo não tem feito nada para ajudar o setor de manufaturados."Mesma crítica faz o presidente da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro Cachoeira, Aguinaldo Diniz Filho. Com quatro unidades em Minas Gerais, a empresa foi obrigada a se adequar a partir do quarto trimestre de 2008, cortando o número de funcionários e congelando investimentos. "Vamos esperar o cenário ficar mais claro."A preocupação é que a paralisia nos investimentos, considerados a parte nobre do crescimento econômico, crie um hiato entre a indústria brasileira e a de outros emergentes, como a China. Roriz destaca que, enquanto o Brasil reduziu o investimento em inovação e tecnologia, a China aumentou o volume destinado a essas áreas.
var keywords = "";

Friday, May 22, 2009

AGRONEGOCIOS BRASIL

AGRONEGÓCIO: Unger destaca potencial de crescimento do Brasil
SÃO PAULO, 22 de maio de 2009 - No encerramento do 5º Congresso Brasileiro de Soja, em Goiânia, hoje (22), o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, destacou a agricultura, considerada por ele a principal atividade produtiva do país, como o enorme potencial de crescimento do Brasil, e fez comparações com os demais componentes do chamado BRIC: Rússia, Índia e China.
'Ao contrário de China e Rússia, temos uma democracia, falha, mas temos. Ao contrário da Índia, temos unidade nacional. Ao contrário dos três, não temos inimigos, e gozamos de uma simpatia universal', disse o ministro.
Segundo ele, o que falta para o país é traduzir essas 'enormes vantagens' e um 'caminho nacional'. Umas das formas pregadas por Mangabeira é usar o poder do Estado para 'instrumentalizar', em suas palavras, o empreendedorismo e a criatividade da sociedade brasileira.
Em relação ao Mercosul, o ministro disse a grande fragilidade do bloco econômico é que não foi organizado em torno de uma estratégia comum de desenvolvimento. Ao contrário da União Europeia, na opinião de Mangabeira, os países membros do Mercosul não sabem qual o modelo e a estratégia a ser seguida em conjunto.
'O Mercosul é um corpo sem espírito', comentou Mangabeira.
As informações são da Agência Brasil. (Redação - InvestNews

ALTA DEL REAL ES REFLEJO DE CONFIANZA

Para Mantega, alta do real é reflexo da confiança
SÃO PAULO, 22 de maio de 2009 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a valorização recente do real é preocupante, mas, por outro lado, mostra que o Brasil é atraente para os investidores estrangeiros, que diante dos primeiros sinais de melhora na crise mundial optaram por apostar no país. Ele disse ainda que o governo não discutiu uma eventual mudança na meta de inflação de 2011, mas que, no momento, não vê necessidade de um movimento nesse sentido. "A valorização do câmbio resulta do entusiasmo dos investidores com o Brasil, porque o Brasil oferece condições mais estáveis e seguras e as facilidades necessárias, (mas) a valorização atrapalha o setor produtor, exportador e de agricultura, e de fato é fator de preocupação", afirmou ele a jornalistas após evento em São Paulo. "Mas devemos olhar pelo lado positivo, há mais investidores externos interessados no Brasil", disse. Questionado sobre como o governo poderia resolver essa questão, ele apenas afirmou que o Banco Central já está realizando leilões de compra de dólar no mercado. Mantega disse que o crédito ainda não está em um patamar ideal e seu custo segue alto, mas que já houve uma melhora desde os picos da crise. "Tanto é verdade que na primeira melhora que ocorreu lá fora já houve um forte fluxo de capitais para o Brasil", disse ele, citando ainda o patamar elevados das reservas como razões para a solidez da economia. Mantega disse ainda que o governo quer reduzir o spread bancário, tanto dos bancos estatais como dos privados e que "vamos fazer isso nos próximos meses". (Redação - Agência JB Online)

Wednesday, May 20, 2009

PRODUCCION DE ACERO CAE 20% EN ABRIL

Produção mundial de aço cai mais de 20% em abril
SÃO PAULO, 20 de maio de 2009 - A produção mundial de aço em abril foi de 89 milhões de toneladas métricas, uma redução de 23,6% na comparação com abril de 2008, informou a a World Steel Association, associação que engloba os produtores e vendedores de aço.
Nos quatro primeiros meses do ano, a produção totalizou 354 milhões de toneladas métricas, 22,7% a menos que no mesmo período do ano passado. A recessão mundial afetou todas as regiões do planeta.
No continente americano, a produção em abril caiu 53,4% nos Estados Unidos (a 3,9 milhões de toneladas métricas) e 40,7% no Brasil (1,7 milhão).
Na Ásia, a contração foi de 3,9% na China (43,4 milhões), 43,6% no Japão (5,7) e 10,5% na Coreia do Sul (4,1).
A União Europeia (UE) registrou queda de 48,6% (a 9,5 milhões de toneladas métricas). Na Rússia e nas antigas repúblicas soviéticas a queda foi de 30,1% (a 7,4 milhões de toneladas métricas).
A World Steel Association representa 180 países, responsáveis por 85% da produção mundial.
(Redação com agências internacionais - InvestNews)
CM8ShowAd('310x40')

Imprimir
Enviar por

Monday, May 11, 2009

EL COMERCIO DE BRASIL CON AMERICA LATINA CAE A 30 % HASTA ABRIL

Comércio do Brasil com a AL recua 30% até abril
Brasília, 11 de Maio de 2009 - O Brasil registrou fortes perdas no comércio com os parceiros da América Latina e Caribe, onde o governo tem trabalhado para aumentar as vendas nos últimos anos. A corrente de comércio caiu mais de 30% entre janeiro e abril, na comparação com igual período do ano passado. O valor gerado por compras e vendas entre as partes somou US$ 15,5 bilhões, resultado de exportações de US$ 9,25 bilhões e importações de US$ 6,255 bilhões. O superávit comercial com a região caiu 40%, de US$ 5,33 bilhões para US$ 3 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, atribui a queda das vendas dos produtos brasileiros ao bloco à perda de mercado para os chineses. "O Brasil tem sido generoso com os países vizinhos", diz.
A4(Gazeta Mercantil/1ª Página - Pág. 1)(Viviane Monteiro)

Saturday, May 9, 2009

AUMENTO DEL NIVEL DE EMPLEO BRASIL

Com a divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do
MTE, observa-se melhoria no emprego formal no Brasil, apesar de haver quedas concentradas em determinados setores e regiões. O aumento geral líquido de quase 35 mil postos de trabalho pelo regime CLT no mês de março constitui dado positivo, após crescimento modesto em fevereiro e quedas de novembro de 2008 a janeiro deste ano.
Nota-se também que a diminuição do total acumulado de empregos nos últimos doze
meses vem sendo mitigada.
Com relação aos setores econômicos, notase a continuidade das demissões na indústria
de transformação, enquanto outras atividades, em especial os serviços e o comércio, vêm possibilitando a reversão no saldo negativo nos últimos meses. A indústria de transformação caiu pela quinta vez consecutiva desde novembro de 2008 e tem explicado a maior parte do desempenho recente do emprego formal (ver Painel no.
21). O subsetor que mais influenciou a queda de quase 36 mil empregos da indústria em março foi o metalúrgico, que perdeu quase 12 mil postos líquidos de trabalho. A reversão verificada nos últimos dois meses, por sua vez, pode ser atribuída principalmente aos setores de comércio, cujo saldo negativo vem diminuindo consideravelmente, e de serviços, cujo saldo positivo vem mantendo-se alto. Nos serviços, o subsetor mais influente foi o de educação, que gerou quase 19 mil empregos.
Do ponto de vista regional, a diminuição dos postos de trabalho se deu de maneira mais acentuada no Nordeste, com baixa de mais de 40 mil postos de trabalho. Houve também queda no Norte, mas o nível de emprego aumentou em todas as outras regiões, sobretudo no Sudeste, onde foram gerados mais de 50 mil empregos.

RECUPERACION DE LA ECONOMIA BRASILERA

Os indicadores de volume de vendas, publicados na Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, mostram sinais de recuperação da economia na série com ajuste sazonal.
Enquanto o nível de produção da indústria ainda se encontrava abaixo do pico verificado
no ano passado (ver Painel no. 23), as vendas no varejo ultrapassaram, em fevereiro de 2009, o nível mais alto de 2008, o que deve incentivar a retomada da produção. Explicam esse desempenho positivo o reajuste do salário mínimo, a inflação declinante, a redução de IPI para
automóveis e a sustentação da renda apesar da crise.
O índice de volume de vendas no varejo, que teve declínio moderado após o recrudescimento da crise em setembro do ano passado, alcançou 151 em fevereiro, obtendo 3,3% de aumento nesse mês com relação a dezembro de 2008. O índice para as vendas de veículos elevou-se significativamente com a redução do IPI em dezembro e chegou a 180 em fevereiro, um aumento de 20% ante novembro, o que ainda está, no entanto, abaixo do nível de setembro de 2008. O índice de vendas de materiais de construção, em queda desde julho de 2008, foi de 109 em fevereiro, crescendo 3,8% com relação a janeiro de 2009.
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA De acordo com os dados publicados pela Anfavea, verificou-se novo aumento na produção de veículos automotores em março com respeito a fevereiro de 2009. Mesmo que se observe recuo em comparação com o ano anterior, momento de grande quecimento da economia, esse setor vem demonstrando significativa recuperação.
O aumento da produção em março frente a fevereiro foi generalizado, com destaque para o
forte desempenho dos veículos leves. O volume de veículos leves, estimulado pelo
crescimento das vendas, alcançou 260 mil unidades em março, aumento de 35% com relação a fevereiro de 2009. O patamar de março é cerca de 5% inferior ao de outubro de 2008, quando a crise se tornou mais forte. Os outros tipos de veículos desse setor, por seu turno, também tiveram recuperação considerável em março, com aumento no volume de máquinas agrícolas (27,9%), de caminhões (22,7%) e de ônibus (12,6%).

Wednesday, May 6, 2009

PREVISAO DE RECUPERACAO PARA SEGUNDO SEMESTRE

Economistas preveem recuperação da economia no segundo semestre
PIB deve voltar a crescer nos próximos trimestres e registrar expansão 'saudável' em 2010, dizem analistas.
- A economia brasileira deverá começar a se recuperar a partir do segundo semestre e, em 2010, apresentar crescimento "saudável", disseram nesta quarta-feira os economistas Gustavo Loyola e Luiz Carlos Mendonça de Barros, em palestra na Associação Comercial de São Paulo. "Acho que no terceiro trimestre já teremos um PIB (Produto Interno Bruto) positivo no Brasil", disse Mendonça de Barros, sócio-diretor da Quest Investimentos e ex-ministro das Comunicações. Apesar de prever retração de 1,5% no PIB de 2009, provocada principalmente pela redução nos investimentos e queda nas exportações de manufaturados desde o agravamento da crise mundial, Mendonça de Barros se diz otimista com a economia brasileira e aposta em uma recuperação gradual ao longo dos próximos trimestres. Para 2010, o economista prevê crescimento entre 2% e 2,5%. O consumo interno, a massa salarial ainda em crescimento e a retomada gradual do crédito são elementos importantes na recuperação, disse Mendonça de Barros. "O nosso crescimento neste ano vem todo do consumo. Mas o ajuste da produção industrial para exportação e para investimento é maior do que o crescimento do PIB via consumo. Na hora em que esse ajuste na indústria se estabilizar, o PIB volta a ser positivo", disse. Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, é mais otimista. Ele prevê estabilização já neste segundo trimestre, e uma recuperação maior no PIB do terceiro e do quarto trimestres deste ano. Sua previsão é de que o Brasil feche 2009 com crescimento próximo de zero e, em 2010, registre expansão entre 3% e 3,5%. Estados Unidos Segundo os economistas, esse desempenho é prova de que o Brasil está menos vulnerável do que em períodos anteriores e deve sair mais forte desta crise. Mendonça de Barros disse que o Brasil "passou no teste da crise" comresultados satisfatórios e e hoje está "mais forte e confiante". No entanto, o desempenho da economia brasileira nos próximos meses ainda depende muito do que acontecer no resto do mundo e, em especial, nos Estados Unidos. Mendonça de Barros afirmou que a aparente recuperação registrada recentemente é fruto de uma intervenção "muito forte" do governo americano na economia. "Agora é preciso ver se vai pegar no tranco", disse. Para Loyola, "a crise ainda não terminou". "O que se questiona agora é até quando os estímulos fiscais e monetários serão suficientes para as economias do G7 (grupo formado pelas sete maiores economias do mundo) voltarem a crescer no ano que vem", disse. De acordo com Mendonça de Barros, o mundo terá de se ajustar à diminuição do nível de consumo dos americano. Esse consumo alavancou várias economias, inclusive a chinesa. A China é apontado pelos dois economistas como um dos motores que poderão ajudar a superação da crise. "A China ainda mostra sinais de robustez, dever crescer entre 6,5% e 7% neste ano, e mantém a demanda internacional por commodities", disse Loyola. Para o diretor da Tendências, a força das exportações de commodities é um dos fatores que ajudaram o Brasil a enfrentar a crise. Loyola disse que o Brasil tem um comércio bem diversificado, tanto em termos de produtos quanto de mercados, e não é dependente das exportações para nenhum país em particular. "As exportações brasileiras caíram, mas estão sustentadas pela exportação de commodities", disse Mendonça de Barros. Mesmo no caso de um agravamento da crise internacional, os economistas acreditam que o Brasil está mais preparado. "Se a crise se agravar internacionalmente, o Brasil terá suas condições de crescimento prejudicadas. Mas isso não significa que o Brasil vai parar", disse Loyola. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Friday, May 1, 2009

ECONOMIA BRASIL REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS

Economia3. Juros caem e poupança já paga mais que fundosO Banco Central anunciou ontem a redução da taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto porcentual, para 10,25% ao ano. Com esse corte, a Selic chegou ao menor nível de sua série histórica, iniciada em 1996, e fez com que o Brasil deixasse a incômoda posição de líder no ranking das maiores taxas de juros reais do mundo – com 5,8%, ficaremos atrás da China (6,6%) e da Hungria (6,4%). O Globo (íntegra para assinantes) mostra que a redução da Selic torna a caderneta de poupança ainda mais atraente para o pequeno investidor. Segundo cálculos do matemático José Dutra Sobrinho, o rendimento da poupança deve ficar em 0,58% ao mês, nível superior aos de fundos de renda fixa com taxa de administração de 1,5% ao ano ou superior.