Brasil é o 4º lugar na lista de países preferenciais para investimento estrangeiro direto Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil é O QUARTO PAIS mais atrativo para o Investimento Estrangeiro Direto (IED), segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O país subiu uma posição no ranking e levou a Rússia para o quinto lugar.
De acordo com o relatório, divulgado ontem (22), a China está em primeiro lugar, seguida pelos Estados Unidos e pela Índia. O documento foi produzido com base em pesquisa feita com 241 empresas sobre as perspectivas para o investimento mundial entre 2009 e 2010.
A Unctad prevê para o o próximo ano uma recuperação lenta dos investimentos estrangeiros diretos com retomada substancial em 2011.
O documento da Unctad ressalta que as empresas transnacionais foram fortemente afetadas pela crise financeira internacional. Os setores mais atingidos pela crise foram: automotivo, de metais e químicos. Alimentos, serviços e farmacêuticos foram os menos afetados.
Segundo o relatório, em países em desenvolvimento, a mão-de-obra barata e, em alguns casos, o acesso a recursos naturais são os principais fatores de atração de investimentos estrangeiros diretos.
Em 2008, o IED no Brasil somou US$ 45,1 bilhões, um crescimento de cerca de 30% se comparado ao ano anterior.
Thursday, July 23, 2009
Saturday, July 18, 2009
RECORD EN LAS RESERVAS BRASIL US$ 209,5 MIL MILLONES
Reservas batem recorde e chegam a US$ 209,5 bi
Investimento estrangeiro retorna ao País e fluxo cambial fica positivo
Renata Veríssimo e Fernando Nakagawa
As reservas internacionais brasileiras bateram novo recorde, totalizando US$ 209,57 bilhões na última quinta-feira, segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O valor mais alto já atingido pelas reservas, até então, havia sido de US$ 209,38 bilhões, em 6 de outubro de 2008.O aumento das reservas foi possível nos últimos meses por causa do retorno dos investidores ao País, na busca por aplicações com boa remuneração. Com o agravamento da crise financeira em setembro do ano passado, o BC teve de abandonar a política de compra de dólares para recomposição das reservas, tendo em vista que os investidores estrangeiros estavam retirando os recursos da economia brasileira para cobrir prejuízos no exterior ou para buscar aplicações mais seguras. Com a volta da confiança no País, o BC pode retomar a compra de dólares. "É claramente uma melhora da posição relativa do Brasil", avaliou o economista da Tendências Consultoria, André Sacconato. Segundo ele, a entrada de dólares é visível e tem ocorrido no que chamou de "contas estruturais". Isso significa que o dinheiro tem chegado ao País para investimentos ou como resultado das exportações brasileiras. No passado, boa parte desses recursos era capital especulativo, que vinha atraído pelas taxas de juros maiores.O BC retomou os leilões de compra de dólar no dia 8 de maio. Desde então, essas intervenções diárias já retiraram US$ 6,2 bilhões do mercado, conforme dado da autoridade monetária até 15 de julho. Nos últimos meses, o fluxo de dólares voltou a ficar positivo. Entre abril e junho, por exemplo, US$ 6 bilhões ingressaram no País e o fluxo cambial no acumulado de 2009 - que estava negativo - voltou para o azul com a entrada de US$ 3,1 bilhões até o dia 10 de julho.A valorização dos ativos que compõem as reservas também fez o montante aumentar. Os quase US$ 210 bilhões são investidos em aplicações de baixíssimo risco, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e o ouro. Em meio à crise, a procura por esses ativos aumentou porque investidores migraram das ações para opções mais seguras, o que elevou o seu valor de mercado e ampliou o rendimento das reservas.Mas a grande concentração de recursos das reservas em Treasuries é considerada um fator de instabilidade. Sacconato lembra que o volume de reservas muda conforme a variação da taxa de juros americana. O economista considera que o BC deve ter uma margem nas reservas para garantir um nível mínimo caso esse fator provoque uma redução no valor. Ele, no entanto, considera que o Brasil está chegando a um "patamar ótimo" de reservas.Logo após o agravamento da crise em setembro do ano passado, o BC passou a usar as reservas para tentar amenizar os efeitos da crise.Foram duas ações para tentar reverter a escassez de dólares no Brasil: venda de dólares no mercado à vista e empréstimo para o financiamento aos exportadores. Ao todo, o BC repassou US$ 39 bilhões das reservas para o mercado financeiro. Mas com a volta da moeda estrangeira ao País, essas intervenções não são mais realizadas porque empresas têm conseguido comprar a moeda no próprio mercado. Diante disso, US$ 20 bilhões já voltaram às reservas.No auge da crise, o BC repassou US$ 14,5 bilhões aos bancos em leilões simples de venda de dólar. Ao mesmo tempo, empréstimos para exportadores colocaram US$ 24,4 bilhões no mercado. Desses recursos, US$ 15,9 bilhões já foram devolvidos ao BC porque o prazo do empréstimo terminou.
Investimento estrangeiro retorna ao País e fluxo cambial fica positivo
Renata Veríssimo e Fernando Nakagawa
As reservas internacionais brasileiras bateram novo recorde, totalizando US$ 209,57 bilhões na última quinta-feira, segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O valor mais alto já atingido pelas reservas, até então, havia sido de US$ 209,38 bilhões, em 6 de outubro de 2008.O aumento das reservas foi possível nos últimos meses por causa do retorno dos investidores ao País, na busca por aplicações com boa remuneração. Com o agravamento da crise financeira em setembro do ano passado, o BC teve de abandonar a política de compra de dólares para recomposição das reservas, tendo em vista que os investidores estrangeiros estavam retirando os recursos da economia brasileira para cobrir prejuízos no exterior ou para buscar aplicações mais seguras. Com a volta da confiança no País, o BC pode retomar a compra de dólares. "É claramente uma melhora da posição relativa do Brasil", avaliou o economista da Tendências Consultoria, André Sacconato. Segundo ele, a entrada de dólares é visível e tem ocorrido no que chamou de "contas estruturais". Isso significa que o dinheiro tem chegado ao País para investimentos ou como resultado das exportações brasileiras. No passado, boa parte desses recursos era capital especulativo, que vinha atraído pelas taxas de juros maiores.O BC retomou os leilões de compra de dólar no dia 8 de maio. Desde então, essas intervenções diárias já retiraram US$ 6,2 bilhões do mercado, conforme dado da autoridade monetária até 15 de julho. Nos últimos meses, o fluxo de dólares voltou a ficar positivo. Entre abril e junho, por exemplo, US$ 6 bilhões ingressaram no País e o fluxo cambial no acumulado de 2009 - que estava negativo - voltou para o azul com a entrada de US$ 3,1 bilhões até o dia 10 de julho.A valorização dos ativos que compõem as reservas também fez o montante aumentar. Os quase US$ 210 bilhões são investidos em aplicações de baixíssimo risco, como os títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e o ouro. Em meio à crise, a procura por esses ativos aumentou porque investidores migraram das ações para opções mais seguras, o que elevou o seu valor de mercado e ampliou o rendimento das reservas.Mas a grande concentração de recursos das reservas em Treasuries é considerada um fator de instabilidade. Sacconato lembra que o volume de reservas muda conforme a variação da taxa de juros americana. O economista considera que o BC deve ter uma margem nas reservas para garantir um nível mínimo caso esse fator provoque uma redução no valor. Ele, no entanto, considera que o Brasil está chegando a um "patamar ótimo" de reservas.Logo após o agravamento da crise em setembro do ano passado, o BC passou a usar as reservas para tentar amenizar os efeitos da crise.Foram duas ações para tentar reverter a escassez de dólares no Brasil: venda de dólares no mercado à vista e empréstimo para o financiamento aos exportadores. Ao todo, o BC repassou US$ 39 bilhões das reservas para o mercado financeiro. Mas com a volta da moeda estrangeira ao País, essas intervenções não são mais realizadas porque empresas têm conseguido comprar a moeda no próprio mercado. Diante disso, US$ 20 bilhões já voltaram às reservas.No auge da crise, o BC repassou US$ 14,5 bilhões aos bancos em leilões simples de venda de dólar. Ao mesmo tempo, empréstimos para exportadores colocaram US$ 24,4 bilhões no mercado. Desses recursos, US$ 15,9 bilhões já foram devolvidos ao BC porque o prazo do empréstimo terminou.
Monday, July 13, 2009
MEJORA LA ECONOMIA BRASILERA
Focus: projeção do PIB anual vai de -0,50% para -0,34%
09:57 13 de Julho de 2009
Por Fernando Nakagawa
Brasília - O mercado financeiro melhorou a estimativa para a contração da economia brasileira em 2009. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, que consulta semanalmente as instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, a mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de -0,50% para -0,34%. A estimativa é melhor que a verificada há quatro semanas, quando o indicador estava em -0,55%.
Para 2010, os analistas mantêm a previsão de recuperação da economia, com aposta de que o PIB deve apresentar expansão de 3,50%. Esse cenário é repetido há 19 semanas.
A retração da economia em 2009 deve ser puxada, na avaliação do mercado, pela produção industrial. Na visão dos analistas, esse setor deve ter contração de 6% este ano, contra a previsão anterior de queda de 5,37%.Essa foi a quarta piora seguida da projeção, que há um mês apontava queda de 4,70%.
Em 2010, no entanto, o setor industrial também deve se recuperar, de acordo com a pesquisa Focus. A previsão de crescimento da indústria, no próximo ano, passou de 4,03% para 4,08%. Há quatro semanas, o indicador estava em 4,03%.
A pesquisa Focus aumentou ainda, pela segunda semana seguida, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que serve de referência oficial de inflação. A mediana das estimativas para o indicador em 2009 passou de 4,42% para 4,50%. Com o aumento, a estimativa fica exatamente no centro da meta de inflação para o ano, de 4,50%. Há um mês, o número estava em 4,39%.
Para o ano que vem, a mediana das previsões para o IPCA subiu de 4,33% para 4,40%. O número estava em 4,30% há quatro semanas. Já a projeção do IPCA para os próximos 12 meses subiu levemente, de 4,10% para 4,11%. Há quatro semanas, analistas esperavam 4,08% para a alta do índice.
No grupo das cinco instituições que mais acertam as projeções da pesquisa - o chamado Top 5 -, a expectativa para o IPCA em 2009 no cenário de médio prazo aumentou de 4,60% para 4,71%. Há um mês, essa previsão estava em 4,52%. Para 2010, a projeção deste grupo aumentou de 4,20% para 4,50%. Há um mês, essa estimativa estava em 4%.
Entre todos os analistas consultados pela pesquisa, a mediana das previsões para o IPCA em julho seguiu em 0,35%. Já para agosto, a estimativa manteve-se em 0,30%. Há um mês, o mercado esperava, respectivamente, altas de 0,34% e 0,30%.
A pesquisa também aponta que a mediana das estimativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para o ano de 2009, caiu de 4,13% para 4,10%. Esse resultado é inferior aos 4,27% verificados há um mês. Para 2010, a estimativa para o IPC da Fipe segue em 4,50% pela 49ª semana seguida.
Outros índices
As projeções do mercado financeiro para o acumulado em 2009 da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), caíram de 1,35% para 0,95%. O novo número esperado é quase a metade do que era previsto há um mês, quando a projeção do indicador estava em 1,82%.
Para a inflação até o fim de 2009 medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), também da FGV, a estimativa do mercado caiu de 0,89% para 0,50%, o que corresponde à 10ª redução seguida. Há um mês, o mercado previa elevação de 1,41% para o índice que reajusta algumas tarifas públicas e a maioria dos contratos de aluguel.
Para o ano que vem, as projeções não mudaram. Para o IGP-DI, o mercado prevê alta de 4,50%, número mantido há 59 semanas. No caso do IGP-M, a estimativa também é de 4,50%, repetida há três pesquisas.
Na pesquisa Focus, os analistas também reduziram ligeiramente a expectativa de aumento dos preços administrados (tarifas públicas) em 2009, de 4,33% para 4,30%. Há um mês, o indicador estava em 4,30%. Para 2010, a previsão caiu de 3,90% para 3,80%, ante os 3,95% de quatro semanas antes.
Dólar
O mercado financeiro elevou ligeiramente a previsão para o valor do dólar no fim do ano. No levantamento realizado pelo Banco Central, a mediana das previsões para o nível da moeda norte-americana no fim de 2009 subiu de R$ 1,99 para R$ 2,00. Há um mês, essa previsão era de R$ 2,00. Para o fim de 2010, a previsão permaneceu em R$ 2,00. Há um mês, era de R$ 2,10.
Juros
No caso da Selic (a taxa básica de juros da economia), o mercado financeiro manteve a projeção de que a taxa encerrará 2009 em 8,75% ao ano. Atualmente, ela está em 9,25% ao ano.
O levantamento mostra ainda que a redução de 0,5 ponto porcentual, para que a Selic chegue aos 8,75% ao ano, deve ocorrer integralmente no encontro de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na visão do mercado, a Selic deve encerrar o mês em 8,75%. Há quatro semanas, a projeção do mercado para o juro no fim de 2009 e no fim de julho era de 9%. No caso de 2010, a medida das estimativas para a Selic permaneceu em 9,25%.
09:57 13 de Julho de 2009
Por Fernando Nakagawa
Brasília - O mercado financeiro melhorou a estimativa para a contração da economia brasileira em 2009. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, que consulta semanalmente as instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, a mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de -0,50% para -0,34%. A estimativa é melhor que a verificada há quatro semanas, quando o indicador estava em -0,55%.
Para 2010, os analistas mantêm a previsão de recuperação da economia, com aposta de que o PIB deve apresentar expansão de 3,50%. Esse cenário é repetido há 19 semanas.
A retração da economia em 2009 deve ser puxada, na avaliação do mercado, pela produção industrial. Na visão dos analistas, esse setor deve ter contração de 6% este ano, contra a previsão anterior de queda de 5,37%.Essa foi a quarta piora seguida da projeção, que há um mês apontava queda de 4,70%.
Em 2010, no entanto, o setor industrial também deve se recuperar, de acordo com a pesquisa Focus. A previsão de crescimento da indústria, no próximo ano, passou de 4,03% para 4,08%. Há quatro semanas, o indicador estava em 4,03%.
A pesquisa Focus aumentou ainda, pela segunda semana seguida, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que serve de referência oficial de inflação. A mediana das estimativas para o indicador em 2009 passou de 4,42% para 4,50%. Com o aumento, a estimativa fica exatamente no centro da meta de inflação para o ano, de 4,50%. Há um mês, o número estava em 4,39%.
Para o ano que vem, a mediana das previsões para o IPCA subiu de 4,33% para 4,40%. O número estava em 4,30% há quatro semanas. Já a projeção do IPCA para os próximos 12 meses subiu levemente, de 4,10% para 4,11%. Há quatro semanas, analistas esperavam 4,08% para a alta do índice.
No grupo das cinco instituições que mais acertam as projeções da pesquisa - o chamado Top 5 -, a expectativa para o IPCA em 2009 no cenário de médio prazo aumentou de 4,60% para 4,71%. Há um mês, essa previsão estava em 4,52%. Para 2010, a projeção deste grupo aumentou de 4,20% para 4,50%. Há um mês, essa estimativa estava em 4%.
Entre todos os analistas consultados pela pesquisa, a mediana das previsões para o IPCA em julho seguiu em 0,35%. Já para agosto, a estimativa manteve-se em 0,30%. Há um mês, o mercado esperava, respectivamente, altas de 0,34% e 0,30%.
A pesquisa também aponta que a mediana das estimativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para o ano de 2009, caiu de 4,13% para 4,10%. Esse resultado é inferior aos 4,27% verificados há um mês. Para 2010, a estimativa para o IPC da Fipe segue em 4,50% pela 49ª semana seguida.
Outros índices
As projeções do mercado financeiro para o acumulado em 2009 da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), caíram de 1,35% para 0,95%. O novo número esperado é quase a metade do que era previsto há um mês, quando a projeção do indicador estava em 1,82%.
Para a inflação até o fim de 2009 medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), também da FGV, a estimativa do mercado caiu de 0,89% para 0,50%, o que corresponde à 10ª redução seguida. Há um mês, o mercado previa elevação de 1,41% para o índice que reajusta algumas tarifas públicas e a maioria dos contratos de aluguel.
Para o ano que vem, as projeções não mudaram. Para o IGP-DI, o mercado prevê alta de 4,50%, número mantido há 59 semanas. No caso do IGP-M, a estimativa também é de 4,50%, repetida há três pesquisas.
Na pesquisa Focus, os analistas também reduziram ligeiramente a expectativa de aumento dos preços administrados (tarifas públicas) em 2009, de 4,33% para 4,30%. Há um mês, o indicador estava em 4,30%. Para 2010, a previsão caiu de 3,90% para 3,80%, ante os 3,95% de quatro semanas antes.
Dólar
O mercado financeiro elevou ligeiramente a previsão para o valor do dólar no fim do ano. No levantamento realizado pelo Banco Central, a mediana das previsões para o nível da moeda norte-americana no fim de 2009 subiu de R$ 1,99 para R$ 2,00. Há um mês, essa previsão era de R$ 2,00. Para o fim de 2010, a previsão permaneceu em R$ 2,00. Há um mês, era de R$ 2,10.
Juros
No caso da Selic (a taxa básica de juros da economia), o mercado financeiro manteve a projeção de que a taxa encerrará 2009 em 8,75% ao ano. Atualmente, ela está em 9,25% ao ano.
O levantamento mostra ainda que a redução de 0,5 ponto porcentual, para que a Selic chegue aos 8,75% ao ano, deve ocorrer integralmente no encontro de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na visão do mercado, a Selic deve encerrar o mês em 8,75%. Há quatro semanas, a projeção do mercado para o juro no fim de 2009 e no fim de julho era de 9%. No caso de 2010, a medida das estimativas para a Selic permaneceu em 9,25%.
APLICACIONES DE LAS TRANSNACIONALES EN BRASIL LLEGA A 11 MILLARDOS HASTA MAYO
Investimento estrangeiro é o 2º maior da década
Enquanto o investimento geral da economia recua, aplicações de multinacionais no País já superam US$ 11 bi,Márcia De Chiara e Paulo Justus
O grande potencial do mercado consumidor brasileiro virou alvo do Investimento Estrangeiro Direto (IED), enquanto o investimento total na economia do País encolhe. Entre janeiro e maio deste ano, os estrangeiros aplicaram aqui US$ 11,2 bilhões na ampliação da capacidade das fábricas, no comércio, na agricultura e nos serviços. Especial: "Dólar, o fim de uma era?""É a segunda maior cifra de IED da década para o período", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. Ele destaca que os recursos equivalem ao volume total que entrou no País nos cinco primeiros meses de 1999, um ano de privatizações que atraiu grandes quantias de capital externo.A perspectiva para 2009 é de que o IED atinja US$ 25 bilhões, no levantamento com o mercado financeiro feito pelo Banco Central (BC). Essa cifra deve ficar abaixo do recorde de US$ 45 bilhões alcançado em 2008. No entanto, se a projeção para 2009 se confirmar, o investimento estrangeiro deste ano será o sexto maior desde 1947, quando o BC iniciou a coleta de dados, e o quarto mais robusto desta década, apesar da crise.O que se vê no mês a mês é uma forte reação nos investimentos estrangeiros. Em janeiro, por exemplo, a entrada de IED estava 60% abaixo da registrada no mesmo mês de 2008. Essa diferença caiu para menos de 20% no acumulado até maio. "Se esse ritmo continuar, o IED poderá superar US$ 25 bilhões este ano", prevê Lima.No início do ano, houve uma "parada tática" no investimento estrangeiro porque as multinacionais remeteram dinheiro às matrizes, que estavam em situação difícil por causa da crise global. Passada a fase mais aguda da crise, agora essas companhias retomaram os investimentos no País em busca do potencial do mercado brasileiro. "As multinacionais estão olhando para o longo prazo, já que as margens de rentabilidade estão cada vez mais apertadas nos mercados desenvolvidos." Animada com o potencial do mercado brasileiro, a coreana LG, por exemplo, começou a investir na produção de notebooks no País em meados do ano passado na fábrica de Taubaté (SP). Inicialmente, a produção era de 3 mil unidades no mês de junho, volume que saltou para 15 mil em dezembro. "Nossa previsão é fechar este ano com 200 mil notebooks fabricados. Isso vai colocar o mercado brasileiro como o segundo maior para a companhia no mundo, atrás apenas da Coreia do Sul", diz o gerente de produtos de notebooks da empresa, Fernando Fraga.Também a italiana Pirelli, fabricante de pneus, elegeu o Brasil como o principal destino de seus investimentos até 2011. A empresa vai aplicar US$ 200 milhões na ampliação da capacidade das três fábricas que tem no País e em pesquisa e desenvolvimento. "Até poucos anos atrás, as duas grandes economias da América Latina eram Brasil e México. Hoje é claro que o Brasil assumiu a liderança", diz o presidente mundial da Pirelli Pneus, Francesco Gori.Até mesmo entre as empresas mexicanas o Brasil virou um polo de atração de investimentos. Diante da forte ligação comercial com os EUA, o epicentro da crise, as companhias mexicanas estão direcionando investimentos para o País. "Elas estão empolgadas porque os efeitos da crise no Brasil não se têm mostrado tão pesados quanto em outros países", afirma Patricio Mendizábal, presidente da Associação Empresarial Mexicana no Brasil e da Mabe, fabricante mexicana de eletrodomésticos.Neste mês, a Mabe comprou a operação brasileira da BSH Continental por US$ 35 milhões. Além desses recursos, a companhia vai investir aqui US$ 30 milhões em produtos e US$ 35 milhões nas fábricas.
Enquanto o investimento geral da economia recua, aplicações de multinacionais no País já superam US$ 11 bi,Márcia De Chiara e Paulo Justus
O grande potencial do mercado consumidor brasileiro virou alvo do Investimento Estrangeiro Direto (IED), enquanto o investimento total na economia do País encolhe. Entre janeiro e maio deste ano, os estrangeiros aplicaram aqui US$ 11,2 bilhões na ampliação da capacidade das fábricas, no comércio, na agricultura e nos serviços. Especial: "Dólar, o fim de uma era?""É a segunda maior cifra de IED da década para o período", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. Ele destaca que os recursos equivalem ao volume total que entrou no País nos cinco primeiros meses de 1999, um ano de privatizações que atraiu grandes quantias de capital externo.A perspectiva para 2009 é de que o IED atinja US$ 25 bilhões, no levantamento com o mercado financeiro feito pelo Banco Central (BC). Essa cifra deve ficar abaixo do recorde de US$ 45 bilhões alcançado em 2008. No entanto, se a projeção para 2009 se confirmar, o investimento estrangeiro deste ano será o sexto maior desde 1947, quando o BC iniciou a coleta de dados, e o quarto mais robusto desta década, apesar da crise.O que se vê no mês a mês é uma forte reação nos investimentos estrangeiros. Em janeiro, por exemplo, a entrada de IED estava 60% abaixo da registrada no mesmo mês de 2008. Essa diferença caiu para menos de 20% no acumulado até maio. "Se esse ritmo continuar, o IED poderá superar US$ 25 bilhões este ano", prevê Lima.No início do ano, houve uma "parada tática" no investimento estrangeiro porque as multinacionais remeteram dinheiro às matrizes, que estavam em situação difícil por causa da crise global. Passada a fase mais aguda da crise, agora essas companhias retomaram os investimentos no País em busca do potencial do mercado brasileiro. "As multinacionais estão olhando para o longo prazo, já que as margens de rentabilidade estão cada vez mais apertadas nos mercados desenvolvidos." Animada com o potencial do mercado brasileiro, a coreana LG, por exemplo, começou a investir na produção de notebooks no País em meados do ano passado na fábrica de Taubaté (SP). Inicialmente, a produção era de 3 mil unidades no mês de junho, volume que saltou para 15 mil em dezembro. "Nossa previsão é fechar este ano com 200 mil notebooks fabricados. Isso vai colocar o mercado brasileiro como o segundo maior para a companhia no mundo, atrás apenas da Coreia do Sul", diz o gerente de produtos de notebooks da empresa, Fernando Fraga.Também a italiana Pirelli, fabricante de pneus, elegeu o Brasil como o principal destino de seus investimentos até 2011. A empresa vai aplicar US$ 200 milhões na ampliação da capacidade das três fábricas que tem no País e em pesquisa e desenvolvimento. "Até poucos anos atrás, as duas grandes economias da América Latina eram Brasil e México. Hoje é claro que o Brasil assumiu a liderança", diz o presidente mundial da Pirelli Pneus, Francesco Gori.Até mesmo entre as empresas mexicanas o Brasil virou um polo de atração de investimentos. Diante da forte ligação comercial com os EUA, o epicentro da crise, as companhias mexicanas estão direcionando investimentos para o País. "Elas estão empolgadas porque os efeitos da crise no Brasil não se têm mostrado tão pesados quanto em outros países", afirma Patricio Mendizábal, presidente da Associação Empresarial Mexicana no Brasil e da Mabe, fabricante mexicana de eletrodomésticos.Neste mês, a Mabe comprou a operação brasileira da BSH Continental por US$ 35 milhões. Além desses recursos, a companhia vai investir aqui US$ 30 milhões em produtos e US$ 35 milhões nas fábricas.
Thursday, July 9, 2009
AS RESERVAS DO BRASIL CHEGARAM A US$ 208,4 BILHOES EN JUNHO
As reservas do país chegaram a US$ 208,4 bilhões em junho, nível superior ao pico de US$ 207,5 bilhões de antes da crise
As reservas cambiais brasileiras chegaram a US$ 208,4 bilhões em junho. Esse nível já é superior ao pico de US$ 207,5 bilhões verificado em setembro, antes que as turbulências internacionais atingissem o Brasil. Anteontem, as reservas somavam US$ 208,9 bilhões. A recomposição decorreu mais da valorização dos ativos em que as divisas estão aplicadas (como os títulos americanos) do que propriamente das compras do Banco Central, que ainda não restituiu ao estoque de reservas tudo o que injetou de dólares no mercado. Há, ainda, uma margem de US$ 30 bilhões para o BC restabelecer o que foi gasto durante os piores dias da crise, considerando os dólares que irrigaram o mercado à vista e a posição comprada do BC na BM&F antes da crise, que hoje está zerada.
Isso não significa que a autoridade monetária tenha compromisso de recomprar US$ 30 bilhões. A recompra dependerá das condições de mercado e do que o governo entender que é o montante ideal das reservas cambiais. Permanece a orientação geral de comprar apenas as sobras do mercado de câmbio, que nos últimos dias têm sido relativamente pequenas.
O custo principal da acumulação de divisas continua a ser a diferença entre os juros internos e externos. Hoje, a Selic está em 9,25% ao ano, bem menos do que os 13,75% ao ano vigentes em fins de 2008, o que representa um custo menor. Mas o BC também está recebendo menos na aplicação das reservas. Em maio, por exemplo, recebeu somente US$ 474 milhões a título de remuneração das reservas, 23,3% menos que os US$ 618 milhões de maio de 2008.
Os custos financeiros são apenas um lado da equação. O outro são os benefícios, representados, sobretudo, pela resistência da economia brasileira a choques externos.
No último trimestre, o balanço de pagamentos apresentou melhora expressiva. Em março, o BC estimava que faltariam US$ 6,3 bilhões para fechar as contas externas do ano (entre as entradas e saídas no mercado). Em junho, o cálculo é de uma sobra de US$ 6,9 bilhões, numa conta que pode se mostrar conservadora.
As reservas cambiais brasileiras chegaram a US$ 208,4 bilhões em junho. Esse nível já é superior ao pico de US$ 207,5 bilhões verificado em setembro, antes que as turbulências internacionais atingissem o Brasil. Anteontem, as reservas somavam US$ 208,9 bilhões. A recomposição decorreu mais da valorização dos ativos em que as divisas estão aplicadas (como os títulos americanos) do que propriamente das compras do Banco Central, que ainda não restituiu ao estoque de reservas tudo o que injetou de dólares no mercado. Há, ainda, uma margem de US$ 30 bilhões para o BC restabelecer o que foi gasto durante os piores dias da crise, considerando os dólares que irrigaram o mercado à vista e a posição comprada do BC na BM&F antes da crise, que hoje está zerada.
Isso não significa que a autoridade monetária tenha compromisso de recomprar US$ 30 bilhões. A recompra dependerá das condições de mercado e do que o governo entender que é o montante ideal das reservas cambiais. Permanece a orientação geral de comprar apenas as sobras do mercado de câmbio, que nos últimos dias têm sido relativamente pequenas.
O custo principal da acumulação de divisas continua a ser a diferença entre os juros internos e externos. Hoje, a Selic está em 9,25% ao ano, bem menos do que os 13,75% ao ano vigentes em fins de 2008, o que representa um custo menor. Mas o BC também está recebendo menos na aplicação das reservas. Em maio, por exemplo, recebeu somente US$ 474 milhões a título de remuneração das reservas, 23,3% menos que os US$ 618 milhões de maio de 2008.
Os custos financeiros são apenas um lado da equação. O outro são os benefícios, representados, sobretudo, pela resistência da economia brasileira a choques externos.
No último trimestre, o balanço de pagamentos apresentou melhora expressiva. Em março, o BC estimava que faltariam US$ 6,3 bilhões para fechar as contas externas do ano (entre as entradas e saídas no mercado). Em junho, o cálculo é de uma sobra de US$ 6,9 bilhões, numa conta que pode se mostrar conservadora.
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