ECONOMIA NACIONAL - Indústria brasileira tem maior queda desde 1991, aponta IBGE / Daniel Gonçalves
ECONOMIA NACIONAL - Indústria brasileira tem maior queda desde 1991, aponta IBGE / Daniel GonçalvesAfetada pela crise financeira global desde o final do ano passado, a produção industrial brasileira registrou queda de 17,2% em janeiro com relação ao mesmo mês de 2008.
Estas informações foram apontadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. O decréscimo neste tipo de comparação é o maior da série histórica iniciada em 1991. No entanto, o cenário já é melhor frente a dezembro. A recuperação de 40,8% no setor automotivo impulsionou o avanço de 2,3% no primeiro mês do ano, na série com ajuste sazonal. O número segue a queda de 12,7% apurada em dezembro, que foi revisada em relação à divulgação inicial de declínio de 12,4%. Por sua vez, o acumulado nos últimos doze meses manteve a trajetória descendente e atingiu, no primeiro mês do ano, taxa de crescimento de 1% - marca mais baixa desde fevereiro de 2004 (0,2%). Segundo o coordenador de Indústria do IBGE, Silvio Sales, "a pior queda da indústria na comparação anual (janeiro 09 com janeiro 08) desde o início da série é em decorrência da crise financeira internacional, que vem afetando a maioria dos setores". "Porém o crescimento de janeiro, com ajuste sazonal, mesmo que ainda pequeno, é sinal de que alguns segmentos podem estar começando a se recuperar, como é o caso dos automobilísticos", completou. "Nós tivemos um dezembro muito ruim, com praticamente nenhuma produção. Houve essa reação em janeiro, mas é muito fraco ainda. A indústria retomou um pouco da produção, mas ainda não é como vinha antes", afirmou a economista do IBGE, Isabella Nunes. Setores Na comparação mensal, 15 dos 27 setores industriais pesquisados tiveram aumento da produção, com destaque para os veículos automotores, que refletiram "o retorno parcial das férias coletivas concedidas pelo setor nos meses anteriores", segundo o IBGE. Entre as categorias de uso, registraram expansão bens de consumo duráveis (38,6%), bens de capital (8,4%) e bens intermediários (0,8%), enquanto a atividade de bens de consumo semi e não duráveis declinou pelo quarto mês seguido, em 0,6%.
Sunday, March 8, 2009
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment